Um Fio de Esperança

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Poin't Of View - Draco Malfoy

Nunca tinha me imaginado subindo essas escadas. Não como a pessoa que seria presa, e não com o babaca do Weasley me seguindo pelos flancos.

Preso por atacar um ministro. Muito bem Draco Malfoy, você acaba de ser um inútil ainda maior que o Weasley.

- Vai passar uns dias aqui até o juiz decretar com quem fica a guarda da criança. - Ronald diz, seu rosto se aproxima do meu como se ele fosse me beijar, mas sei que sua intenção é apenas me estressar, me intimar e me fazer sentir pequeno. Não pode, não depois dele mostrar porque está aqui, não depois de eu ter me libertado senão de todos, da maioria dos meus fantasmas. - Agora eu vou dizer o que vai ser a partir daqui:

Ele me empurra para dentro de uma cela, um pequeno cubículo sujo e cheirando a mofo. Depois ele fecha a porta da cela e murmura um feitiço silencioso, só então ele continua:

- A partir de agora, você faz o que eu mandar, quando e como eu mandar, e sabe porque? Porque você está no meu território, e eu não só posso como vou fazer da sua vida um inferno.

- Uma surpresa, Weasley. - murmuro para ele, uma confiança nova que veio não sei da onde reverbera pelo meu corpo e eu posso enfrentar isso, eu posso porque confio no amor de Hermione por mim, confio na justiça, e acima de tudo, confio em mim mesmo. - Eu já vivi no inferno, já fiz e me fizeram coisas que nem no seu pior dia você fez ou sentiu. Nada do que você me diga ou me faça vai me assustar. Ao contrário Weasley, qualquer coisa que me fizer só vai fazer com que eu me torne alguém melhor, porque ao contrário de você, eu não me tornei uma pessoa amarga, eu me tornei alguém que todos pensaram que você seria, mas que você nunca poderia ser porque é um ser humano mesquinho e idiota.

Fico vendo a sua determinação desmoronar um pouco, mas então ele sorri diabólico pra mim e diz:

- Vamos ver por quanto tempo a sua determinação dura. - ele olha para trás, e então com um floreio da varinha um espectro azul ilumina o ambiente. Um patrono, e sei o que isso, em um lugar como esse quer dizer: dementadores.

Ronald me olha, o sorriso ainda pendurado em seu rosto, uma das mãos segura a sua varinha enquanto a outra ele põe dentro do bolso. De lá, ele saca outra varinha, e como quem está em um passeio ele começa a brincar com a minha varinha.

- Sabe, essas grades foram feitas para suportar e resistir qualquer feitiço. - ele começa. - Depois da guerra muitos aurores, inclusive eu, viemos aqui e aumentamos ainda mais a segurança desse lugar. O próprio Ministro da Magia veio aqui e pessoalmente testou os feitiços e nem ele mesmo conseguiria sair daqui. Então Kingsley queria que déssemos um fim nos dementadores, mas eu e um grupo seleto de aurores o convencemos de que nenhum cuidado é pouco quando se trata de pessoas da sua laia, e alguns dementadores permaneceram. - agora Weasley anda de um lado para outro em frente a minha cela, as mãos com as varinhas mexem para lá e pra cá como se ele estivesse explicando algo para uma criança. O sorriso ainda não abandonou o seu rosto, e tudo o que eu consigo pensar, é que eu quero assistir de camarote a sua derrota, porque eu sei que isso vai acontecer. - Tá conseguindo me acompanhar?

Quando eu não respondo ele continua:

- Recentemente eu descobri uma coisa sobre a maior parte dos Ex-Comensais da Morte que estão presos aqui. Nenhum deles, com exceção de Severo Snape conseguem conjurar um patrono. Agora veja que engraçado: - ele para novamente e dessa vez seu olhar passa a me encarar. Ele já não tenta mais se esconder atrás de um sorriso e vejo toda a loucura presente em sua face. Ronald Weasley vai sucumbir, senão pelas minhas mãos, pela sua própria loucura. - Se essas grades não podem ser abertas por feitiços, e você não pode conjurar um patrono, entregar a sua varinha de volta pra você, só vai te mostrar o quão patético e inútil você é.

Consequências de um AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora