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Poin't Of View - Hermione Granger

Visto a camisa de Draco jogada no chão do quarto, assim como todas as nossas roupas. Me levanto da cama depois de dar um beijo na bochecha dele e só então deixo o quarto em silêncio para que Draco não acorde. Dou uma passada no quarto da nossa filha, que assim como o pai dorme a sono alto, e só então vou para o pequeno escritório da nossa casa. 

 Aproveito o silêncio da casa para ler os documentos que juntei depois de uma semana de muito trabalho e muitas pesquisas, tenho comigo quase tudo pronto  para enfim, acabar com meu tormento e iniciar a minha vingança. 

Já se passava das sete da manhã quando eu termino de ler tudo e guardo aquela papelada na gaveta da mesa. Selo a mesma com um feitiço e saiu do escritório fechando a porta atrás de mim, a minha sorte é que Draco nunca vem aqui, se viesse e encontrasse um daqueles papéis iria tentar me impedir de executar meu plano, e iríamos acabar tendo nossa primeira briga séria, porque nada que ele diga vai remover de mim o desejo de vingança que anda me atormentando.

Chego a cozinha e começo a preparar nosso café da manhã, Draco tem que acordar cedo para ir pra Hogwarts e eu gosto de passar as manhãs assim com ele, Draco é sempre mais carinhoso pela manhã, aquela voz rouca de quem acaba de acordar, os cabelos desgrenhados, a carinha amassada e os dedos espertos, tudo isso faz com que eu me sinta ainda mais apaixonada por ele, se é que isso é possível.

- Bom dia. - a voz rouca como todas as manhãs sussurra em meus ouvidos enquanto ele me abraça por trás depositando um beijo no meu pescoço.

- Bom dia. - eu murmuro, me virando para ele e finalmente selando nossos lábios.

As mãos de Draco sobem para minha cintura e ele aperta meus quadris com as pontas dos dedos, seus lábios pressionam os meus e ficamos completamente envolvidos um no outro.

- Já te falei que minha blusa fica muito mais bonita em você? - ele sussurra, os lábios descem pelo meu pescoço e eu fico ali apreciando as carícias.

 - Não, mas eu não concordo com isso. - murmuro.

 Ficamos alguns minutos encostados na pia apenas trocando beijos e carinhos, deixando que os gestos falem mais que qualquer palavra que porventura pudêssemos trocar.

 - Se não tomar seu café da manhã, vai se atrasar. - murmuro para ele, que apenas da de ombros. 

- Não seria a primeira vez não é? - ele murmura, dando leves mordidas no meu pescoço. 

 - Não seria... - murmuro, meio entretida na conversa, e meio entretida no beijo. - Mas prometi para a Minerva, que ontem seria a última vez. - digo finalmente me afastando dele e colocando o ovo mexido em um prato. 

 - Pode dizer para ela que fui eu quem te desobedeci. - ele me diz, sorrindo de canto de boca e olhos semicerrados que fazem com que eu sinta uma imensa vontade de cair na tentação. 

 -Não. - eu digo sendo mais racional do que realmente queria ser.

 Draco finalmente se da por vencido e começamos a tomar nosso café da manhã. Assim que Draco termina de comer, ele se levanta da cadeira, me da um selinho nos lábios e vai para o banho. Aproveito o tempo para juntar toda a louça, e com um feitiço, limpar toda a cozinha, depois vou para o quarto da Lou e  separo algumas roupinhas para a minha bonequinha.

 - Vai para algum lugar? - levo um susto e derrubo as roupas que havia separado para Louraine no chão, Draco se aproxima e falando um pouco mais baixo, ele diz: - Não quis te assustar.

 Balanço a   cabeça positivamente e digo:

 - Tá tudo bem. Vou dar uma voltinha com a Lou por Londres. - minto, sem olhar nos olhos de Draco, que aparenta não desconfiar de nada e apenas acena para mim.

- Tudo bem, já estou indo. - ele responde.

Espero alguns minutos até que Draco finalmente sai da casa e eu ouço o barulho familiar da aparatação, e só então começo a me arrumar.

Não demora quinze minutos e eu já estou pronta e com uma filha completamente desperta e calma nos meus braços. Verifico a bolsa para ter certeza de que não falta nenhum documento dentro dela, tem uma pessoa que está me ajudando e para que possamos realmente ter tudo em mãos para por em prática meus planos, precisávamos saber as pistas certas.

 Aparato com Louraine nos braços completamente alheia a tudo o que acontece a sua volta, ela é sempre uma bebêzinha tão calma e quietinha, quase nunca da trabalho, uma vez ou outra acorda no meio da noite, mas é só brincar um pouco com ela e nina-la nos braços, que ela logo dorme novamente. 

 Apareço em uma rua deserta não muito longe do lugar onde eu havia marcado com a outra pessoa, caminhar até lá também é relativamente rápido, e quando finalmente chego á cafeteria trouxa, não demora muito até que eu a aviste sentada em uma cadeira com um xícara de café nas mãos. 

 Caminho até onde a loira está sentada, e ocupo a cadeira a sua frente.

 - Oh, você já chegou! - ela exclama, o mesmo ar sonhador de quando a conheci. 

 - Olá Luna! - eu respondo simplesmente. A loira me lança um sorriso grande, não mudou nada o ar ingênuo e encantador que possuía ainda na nossa adolescência, mas agora posso ver o quanto ela amadureceu, e não falo só pelos traços físicos que ficaram ainda mais lindos, Luna Lovegood possui um brilho diferente nos olhos. 

  - Essa é a pequena Malfoy? - aceno com a cabeça desviando os olhos da bela mulher a minha frente, que estende os braços para pegar um pouco minha filha. - Ela se parece muito com você, embora tenha sardas como todos os Weasleys. - ela murmura distraída, sorrindo para Lou. 

 - Eu consegui o que você queria. - ela me diz, os olhos não se desviam da pequena em seus braços, mas o tom fica mais sério, e eu sei exatamente do que ela está falando. Sinto até mesmo meu coração palpitar mais rápido por conta disso. 

 - Conseguiu? Como? - não escondo o espanto, e a mulher a minha frente sorri, e mesmo não olhando em minha direção, eu sei que o sorriso é para mim.

 - Pasquim se tornou um grande jornal, durante o tempo em que você se escondeu na Grã-Bretanha, seria de se espantar se a jornalista principal não soubesse investigar as coisas não é? - não consigo conter o riso.

 - Fico feliz por saber disso, Luna. 

 - Eu sei que fica Mione, somos amigas não é mesmo? - os grandes olhos azuis brilhantes finalmente deixam minha filha para se fixarem em meu rosto. Aceno positivamente para ela que apenas sorri e volta novamente a brincar com minha filha. 

 - E onde estão os documentos? - pergunto curiosa. 

 Luna põe as mãos dentro das vestes, onde tira um papel pardo, seguro o envelope como se ali estivesse minha vida, e só depois de respirar fundo, é que eu abro o envelope e começo a ler os papéis. 

 Meus olhos se esbugalham, minhas mãos tremem e meu coração começa a bater acelerado. Não acredito nas palavras que leio. 

 - Luna, isso é... - fico sem palavras.

 - Eu sei, Mione. Eu mesma custei a acreditar nas coisas que constam nesses documentos. - aceno ainda sem fala. Não tem o que dizer diante dessas coisas. 

 - Como você...?

 - É uma questão de saber com quem falar, e quando se sabe, não há segredos que se mantenham ocultos. - a voz dela perde um pouco o timbre quase infantil que permeava na conversa, e olhando diretamente nos meus olhos, ela diz: - Agora Mione, você vai ter que entregar esses papéis diretamente nas mãos do Ministro da Magia, só assim Ronald Weasley vai pagar por tudo o que fez. 



(Olá meninas e meninos!! Esse capítulo é um bonus para comemorarmos o final do ano!! Daqui dois dias - lá pra sábado - eu vou atualizar denovo!!! Espero que gostem do capítulo, eu guardei toda a emoção para o próximo, mas não deixem de comentar!!! BEIJJOOOOS)

Consequências de um AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora