Acordei no dia seguinte com uma dor de cabeça enorme. Não me lembrava muito bem da noite anterior, só me vinha a mente alguns flashes de estar bebendo sem parar com Juan Hernández, o Leon aparecendo e me dando o maior susto, eu mordendo a mão do Leon e saindo correndo como uma criança.
Abri meus olhos lentamente, para acostumar com a claridade do ambiente. Aquele não era meu quarto! Olhei em volta e vi o Leon dormindo do meu lado. Olhei para mim e estava vestindo uma camisa dele. Arregalei os olhos assustada e me afastei dele, mas eu já estava na ponta da cama, então caí com tudo no chão.
— Violetta? —ele perguntou com a voz rouca e preocupada. Eu gemi baixinho de dor, tinha caído por cima do meu braço.
Ele levantou da cama rápido e veio até mim. O observei e achei que estivesse no paraíso. Ele usava apenas uma calça moletom cinza, sem camisa nenhuma, seu corpo era todo definido e musculoso, enquanto seu cabelo era uma perfeita bagunça.
Ou eu morri e estou no céu, o que é bem difícil... Ou eu estou sonhando.
O pior de tudo era que eu não conseguia tirar os olhos dele, e ele tinha percebido isso. Então me pegou em seus braços com um sorriso de canto de boca e me colocou de volta na cama.
— Tá tudo bem?
— S-sim, claro. —e, finalmente, eu consegui tirar os olhos daquele corpo tentador.— Onde eu estou?
— Em um hotel. —falou voltando a deitar na cama, mas, dessa vez, virado para mim e me observando.
— Como eu vim parar aqui?
— Você estava completamente embreagada e não queria voltar para casa. Tive que te trazer para cá.
— Hum... N-não rolou nada entre a gente né? —perguntei com o rosto corado.
— Infelizmente, não. —disse com um sorriso de malandro no rosto, enquanto eu dei um suspiro aliviada.
Levantei para ir até o banheiro, porém uma forte dor começou em minha cabeça e eu tive que fechar os olhos e sentar na cama novamente.
— O que foi?
— Dor de cabeça! —gemi baixinho. Eu não deveria ter bebido tanto.
Ele levantou da cama rapidamente e pegou um comprimido dentro de uma mochila, que supostamente era dele. Depois pegou uma garrafinha de água do frigobar e me entregou junto com o comprimido.
— Beba e fique deitada, logo fará efeito. —disse pacientemente.
— Eu preciso ir ao banheiro! —falei. Eu precisava muito fazer xixi, não iria aguentar segurar por muito mais tempo.
— Não dá para segurar um pouquinho?
Eu balancei a cabeça negativamente em resposta. Olhei para ele e ele estava realmente preocupado. Seus olhos verdes me fitaram por um breve momento.
— Quer ajuda para ir até o banheiro? —eu tentei levantar sozinha, mas minha cabeça doía muito, eu não estava conseguindo pensar direito.
O Leon entendeu o que se passava comigo, sem eu precisar falar nada, e me ajudou a ir até o banheiro.
Não me importei de estar ou não em sua frente, abaixei a calcinha e sentei rápido na bacia sanitária.
— Não deveria fazer isso na frente de um homem... —o Leon me repreendeu. Olhei para o mesmo e tive muita vontade de rir, ele estava já estava de costas para mim.
— Aqui não tem nada que você não tenha visto em outras por aí.
Fiz o que precisava, me levantei e vesti minha calcinha. Sua camisa ficava grande em mim, mas ainda mostrava um pouco da minha bunda, já que eu estava sem short nenhum. Ele me levou de volta para a cama e deitou logo em seguida.
— Foi você quem tirou minha roupa? —perguntei curiosa. Ele me olhou com uma expressão divertida e eu fiquei com medo de ter feito alguma besteira.
— Na verdade, você quem tirou suas próprias roupas. Tirou as roupas e ainda ficou me provocando. —coloquei as mãos no rosto envergonhada, eu não lembro de nada disso.— Ei, calma. Não aconteceu nada mais que isso. E você estava bêbada, não estava em seu juízo perfeito. —ele segurou minhas mãos delicadamente e as tirou do meu rosto.
— Você deve estar achando que eu sou uma vadia.
— Não, claro que não! —falou rindo.— Você só estava bêbada... —ele ficou calado um tempo.— Afinal, o que você foi fazer naquele bar? —perguntou desconfiado.
— Eu só queria esquecer um pouco os problemas. Briguei com minhas irmãs ontem e saí de casa sem rumo. Daí eu vi aquele bar e decidi parar e ficar lá um pouco. —menti.
— E de onde você conhece o Juan Hernández?
— Você não acha que está se intrometendo demais na minha vida?!
— Calma, nervosinha. Só queria saber se ele era seu namorado.
— Eu não tenho namorado. —um sorriso travesso começou a se esboçar em seu rosto. Levantei da cama, a dor de cabeça já tinha diminuído consideravelmente.
Passei o olho por todo o cômodo em busca das minhas roupas, mas não as encontrei.
— Eu poderia passar o resto da minha vida olhando para essa cena. —falou justamente quando eu estava abaixada pegando meus sapatos que estavam jogados de qualquer jeito no chão.
— Para de ser tarado! —peguei um travesseiro que estava na ponta da cama e joguei nele. Ele riu e agarrou o mesmo.— Onde estão minhas roupas?
— Vai ter que procurar.
— Aí Leon, por favor, diz logo onde está. —cruzo os braços.
— Só se me der uma coisa. —ele se levantou, foi até onde estava a sua mochila e pegou minhas roupas que estavam atrás da mesma.
— O que você quer? —me aproximei dele.
— Se eu falasse que quero um beijinho, você me daria? —balanço a cabeça negativamente.
— A gente ainda não se conhecesse, não sou do tipo que saí beijando um carinha que acabou de conhecer.
— Ok... Então passa o dia comigo.
— O dia todo? —pergunto arregalando os olhos e ele apenas afirma com um leve balançar de cabeça.— Tá, tudo bem.
Ele arregala os olhos e parece estar surpreso.
— Sério mesmo?
— Claro! —pego minhas roupas da mão dele, fico na ponta dos pés e dou um beijo em sua bochecha.— Mas vamos ter que passar na minha cabeça, preciso pegar um par de roupas.
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Dangerous Love
RomanceVioletta Castillo é uma assassina de aluguel, como suas irmãs Ludmila e Francesca Castillo. Elas estão nessa vida desde muito jovens, com apenas um plano em mente: entrar na vida dos Vargas e destruir tudo e todos. Mas isso não será uma tarefa fácil...