Fisgando um peixão

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— Para onde vamos? —perguntei enquanto nós entrávamos no carro.

— Surpresa... —diz com um sorriso malicioso esboçado em seu rosto.

— E como vou saber qual roupa levar? —ergui uma sobrancelha olhando para ele.

— Você terá tudo o que precisar, pode ficar tranquila.

— Tudo bem, sr. Mistério.

Ele saiu da garagem do hotel pisando firme no acelerador. Em menos de cinco minutos, seu celular tocou. Ele retirou do bolso rapidamente e viu quem estava ligando.

— Estou dirigindo... —diz rapidamente.— Depois falo com você... O que aconteceu?... Já falou com o Pablo?... —a curiosidade bateu e eu torci para que a Fran tivesse grampeado o telefone dele para depois eu poder escutar essa conversa.— Ele quer a minha opinião?... Ok, em trinta minutos estou aí.

— Aconteceu alguma coisa? —perguntei.

— Infelizmente sim. Não poderei passar o dia com você. —fala super desanimado.

— O que aconteceu? —a curiosidade gritou dentro de mim.

— Problemas de trabalho. —fiquei com raiva da mínima resposta, eu preciso fazer com que ele confie em mim para contar o que está acontecendo.— Vou te levar para casa.

— Não precisa, apenas me deixe no bar de ontem. Preciso pegar meu carro.

Ele assentiu e entrou numa rua completamente deserta. Olhei para o mesmo e vi que estava com uma expressão um pouco apreensiva. Alguma coisa importante aconteceu...

— Com o que você trabalha? —fingi que não sabia de nada dele, apenas para não deixar um silêncio chato no ambiente.

Ele olhou pra mim com uma cara estranha, deveria estar com medo do que eu iria pensar dele.

— Eu sou uma assassina! —falei com um pouco de desgosto.— Nenhum trabalho é pior que o meu.

— O meu é, sem sombra de dúvidas.

— Então me fala. Antes que eu te torture só para ter a resposta.

Coloquei minha mão em sua perna e fui subindo aos poucos. Ele deu uma risada, pegou minha mão e a tirou de sua perna.

— Quieta! —falou com um tom autoritário, mas ainda com um sorriso no rosto.

— Então me fala Leon! —mesmo já sabendo de tudo sobre ele, continuei insistindo para ele não desconfiar de nada.

— Você com certeza já ouviu falar da máfia dos Vargas, certo? —confirmei balançando a cabeça.— Bom, eu sou o herdeiro dela.

Fingi a surpresa e ele me olhou com cautela.

— Você é o filho mais velho do Pablo Vargas? —ele confirmou e eu continuei fingindo surpresa.— Droga, como eu não percebi antes?! Lembra da noite que me viu pela primeira vez? —ele assentiu.— Você estava ali para matar o Nicolas não é?

— Sim, mas...

— Por isso você está comigo, —o interrompi.— com certeza você quer me sequestrar e me matar, só porque eu matei o Nicolas Stewart e não você... Olha, eu não sabia que vocês também queriam matar ele! Apenas me passaram o serviço e eu topei, eu estava precisando do dinheiro. Por favor, não me mata. —falei desesperada, tropeçando uma palavra na outra.

— Ei! Calma! —ele parou o carro no canto da rua e eu olhei para ele assustada. Sempre fui uma ótima atriz. — Eu não vou te matar.

— Como eu posso confiar?

Dangerous LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora