"Ela não sai da minha mente"

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Leonard narrando;

Estava no meu quarto, olhando pela janela e lembrando daquela garota misteriosa, arrogante e incrivelmente sexy.

— Leon! —Diego grita no meu ouvido e me assusta.

— O que é?! —grito de volta irritado.

— Estou aqui te chamando na boa e você me ignorando.

— Não estava te ignorando, só não escutei quando você entrou.

— Você está bem? —pergunta preocupado.

— Estou, por quê? —respondo rindo.

— Você é sempre tão atento a tudo... Achei estranho não perceber que eu tinha entrado. Mas vamos deixar isso pra lá! —falou rapidamente.— Cumpriu a missão que nosso pai mandou?

— Sim... Não... Quer dizer... —me embolei com as palavras e tentei reorganiza minhas ideias quando a figura daquela mulher voltou na minha mente.

— Fez ou não fez? —pergunta irritado.

— O Nicolas morreu, mas não fui eu quem o matou, foi outra pessoa.

— O quê? —arregala os olhos com increludidade.

— Pois é, outra pessoa o matou. —falei frustrado e me lembrando daquela mulher novamente.

Meu deus, tira ela da minha cabeça! É tão frustrante não conseguir passar um minuto sem lembrar daquele rosto adorável.

— Leon!! —Diego grita mais uma vez para me tirar do meu devaneio.

— Para de gritar Diego!

— Cara, você não está bem... O que aconteceu nessa missão hein? —fala totalmente impaciente.

— Nada demais. —saio de perto para tentar por fim no assunto, mas o Diego é insistente demais e vem atrás de mim.

— Ahh, alguma coisa aconteceu! Você nunca deixa alguém fazer o seu trabalho por você, e nunca fica tão desatento como está agora.

— Não fizeram meu trabalho... —reviro os olhos.

— Leon, sou seu irmão! Quantos e quantos segredos nós confiamos um no outro?

— Não é nada demais Diego. Foi só uma mulher que atraiu o Nicolas para um lugar e lá matou ele. Eu cheguei antes dela fugir e vi ele morrendo, ela só me disse que era o trabalho dela. Acho que tinha mais gente odiando o Nicolas do que nós imaginávamos.

— Ah rapaz, agora entendi tudo! —falou rindo.— Está pensando nessa mulher não é? —pergunta como se estivesse lido minha mente.

— Claro que não! —sem querer, acabei sorrindo e ele sabia que eu estava mentindo.— Eu nem a conheço Diego! —tentei me explicar, mas meu irmão fica chato demais quando cisma com alguma coisa.

— Não me venha com essa não Leon. Eu te conheço muito bem. —continuou rindo como um babaca.

Enquanto o Diego implicava com aquilo e eu me irritava por ele estar fazendo isso, nós escutamos o barulho de alguma coisa quebrando no quarto da nossa irmã, Camila.

— Você ouviu isso? —perguntou sério.

— Sim... Vamos ver o que está acontecendo.

Saímos do meu quarto e vamos até o quarto da Cami. Batemos na porta e logo ela abre. Ela estava chorando, seu quarto estava a maior bagunça e sua mão direita estava cheia de sangue.

— O que vocês querem? —perguntou friamente com os olhos queimando de raiva.

— Escutamos o barulho de algo quebrando e viemos ver o que estava acontecendo. —falei abraçando-a.

Diego entrou no quarto e afastou os cacos de vidro para perto da parede. Levei ela para a cama e pedi para o Diego pegar a caixa de primeiros socorros que tinha no meu quarto. Ele voltou logo e começou a fazer um curativo na mão da Cami.

— Vai nos contar o que aconteceu? —perguntei.

— Hoje eu fui humilhada, na frente de todo mundo. E o pior: não pude fazer nada! —voltou a chorar.— Eu estava na minha, só me divertindo como sempre. Mas uma loira demoníaca apareceu e começou a me humilhar na frente de todos.

— Você fez alguma coisa pra ela agir assim Cami? —perguntou o Diego a olhando com uma sobrancelha arqueada.

— Não... —disse sem muita convicção, e eu a olhei dando um leve sorriso.— Tá... Eu, sem querer obviamente, caí no colo do cara que ela estava ficando e derramei bebida na blusa dela.

— Você não tem jeito mesmo Camila... —falou o Diego num tom de desaprovação.

— Não comece a me julgar Diego! Você deve fazer coisa pior com as mulheres que saem contigo.

— Camila, não importa o que eu faço. As pessoas por aí não vão sair me julgando, mas se você ficar caindo no colo dos homens por aí vão te chamar de coisas horríveis.

— Não comecem a brigar. —falei para tentar interromper a discussão dos dois.— Sabe que ele está certo não é Cami? —ela me olhou com cautela e depois suspirou.

— Sim, o Dih está certo. Mas por favor, não me julguem por causa disso.

— Só falei porque quero seu bem. —disse o Diego na tentativa de se explicar.

— Eu sei, e eu amo vocês por sempre cuidarem de mim. —ela dá um de seus sorrisos que sempre mexe comigo e com o Diego e nos abraça.— Vocês podem fazer um favor pra mim?

— Ah não... Não inventa de começar a pedir favores Camila. —Diego fala exaltado.

— Sim, nós vamos fazer um favor para você. —falei encarando o Diego bem sério.

— Fale por você, não faço mais favores pra ela. Da última vez que ela me pediu um favor, eu me dei muito mal! Não vai acontecer de novo.

— Diego, fica quieto e escuta o que ela tem pra falar primeiro. —falei e ele calou a boca contragosto.

— Bom, eu descobri que a loira demoníaca vai dar uma festa na casa dela. E eu quero a ajuda de vocês para eliminá-la. —diz dando um sorrisinho de lado.

— Camila, você precisa aprender a relevar as coisas. Não é porque nós vivemos de matar os outros que você vai sair matando todas as pessoas que fizerem alguma coisa com você. —falei com calma, tentando tirar aquela ideia da cabeça dela.

— O Leon está certo Cami... —diz o Diego mais calmo.

— Ou vocês me ajudam ou eu faço tudo sozinha. —ela começa a olhar para as unhas. Eu encaro o Diego e ele faz o mesmo lembrando da última vez que ela falou isso.

Da última vez que ela arranjou uma briga e disse que mataria a garota sozinha, quase ia sendo presa. Então o papai deu a maior bronca em mim e no Diego por deixar ela fazer o que quiser.

Abaixei a cabeça e suspiramos juntos. Ele olhou pra Camila com raiva, mas ficou calado.

— Quando é essa festa? —pergunto.

— Sábado. —respondeu sorrindo maliciosamente.

— Essa é a última vez que vamos ajudar você com alguma coisa. Depois de sábado, eu mesmo vou falar com nosso pai e você vai sofrer as consequências. —diz Diego irritado e levanta para sair do quarto.

— Não Dih! —a Cami correu atrás dele e pulou em suas costas.— Você não faria uma coisa dessas com a irmãzinha que você tanto ama não é? —disse sorrindo, jesto que ele retribuiu.

Dangerous LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora