Dangerous Love

Entre irmãs

Cheguei em casa, coloquei o carro dentro da garagem e entrei na casa.

— Fran? Ludmi? —gritei por elas.

— Estamos na cozinha. —a Ludmi gritou de volta.

Coloquei minha bolsa no sofá, fui até elas e as encontrei almoçando.

— Ué, por que chegou tão cedo? —perguntou a Fran enquanto bebia um gole do suco.

— O Leon teve que resolver um problema com o Pablo. —falo indo ver o que elas prepararam para o almoço.— Foi você quem fez essa lasanha Ludmi? —pergunto animada.

— Claro, as que a Fran faz sempre ficam ruins.

Nós rimos e a Francesca tentou se defender, em vão. Coloco um pouco no prato para mim e me junto a elas na mesa.

— Como foi as coisas com o Leon? —perguntou a Ludmi.

— Acho que ele está já apaixonado por mim, porque me deu todas as informações, praticamente, de bandeja. —me gabei e elas esboçaram um sorriso diabólico no rosto.

— Você descobriu o que ele conversou com o Pablo? —a Fran perguntou.

— Sim, o Pablo vai passar o comando da máfia, ainda em vida, para o Leon. E do jeito que o Leon está nervoso, com certeza vai ser em breve.

— Acho que esse seria o momento perfeito para nós acabarmos com todos eles, não acham? —a Fran olhou pra Ludmi, e a mesma assentiu animada.

— Também achei que seria o momento perfeito, por isso já montei um plano e comecei a mecher meus pauzinhos. Mas vou precisar muito da sua ajuda Ludmi.

— O que você quer dizer com isso? —ela me olhou com os olhos arregalados, estava em estado de alerta. Ela sabia que algo ruim estava por vir.

— Bom, para conhecermos bem cada canto da cada dos Vargas, vamos ter que frequentá-la, certo? —elas assentiram ao mesmo tempo.— Então nós precisamos da confiança deles. Por isso estou trabalhando nesse quesito. —enrolei um pouco, a verdade é que eu estava com um pouco de medo da reação que a Ludmi pudesse ter.

— E o que isso tem a ver com você precisar da minha ajuda?

— Não sei se a Fran sabe, mas eles estão em guerra com os mexicanos...

— Verdade! —a Francesca me interrompeu.— E parece que a coisa está bem feia viu. Pelo que eu ouvi, o Pablo mandou uns homens bomba pra lá. Só que não deu certo, os mexicanos tinham algum informante dentro da máfia dos Vargas, descobriram o plano do Pablo antes e aí derrubaram o avião em que os homens bomba estavam.

— O Leon não quis entrar muito em detalhes, por isso só fiquei sabendo da história direito agora. —me expliquei.— O problema é que: o Pablo quer que o Leon resolva isso, e ele não sabe o que fazer. Daí eu me ofereci para ajudar, para tentar ganhar a confiança dele.

— E como você vai ajudar? —a Ludmila perguntou, pelo seu olhar irritado acho que ela já sabe no que eu estou pensando.

— Estava pensando em usar o poder que você tem sobre o Marco. Você sabe que daria certo, tens o coração dele na palma da mão! —falei rápido para que ela não me interrompesse.

Ela ficou muda, seu olhar ia de mim para a Fran e eu sabia que ela estava tentando sublimar sua raiva.

— Ludmila, calma! —a Francesca começou a falar.— Para e pensa: se você fizer isso, vamos ter a confiança dos Vargas rapidinho e isso vai acelerar nossos planos. Assim que exterminarmos com todos eles, você diz para o Marco que não quer mais ele.

Vi seus olhos fecharem um pouco contragosto. Isso! Ela havia escutado a Fran.

Virei meu olhar para a Fran e gesticulei um obrigada com a boca, ela me retribuiu com uma piscadinha.

— Então Ludmi, está disposta a tentar? —perguntei segurando sua mão.

— Sim, mas teremos que terminar rápido com os Vargas. Não vou suportar passar muito tempo com o canalha do Marco. —diz irritada e saí da cozinha.

— Pelo menos ela aceitou. —comentei.— Achei que seria uma luta para convencê-la a fazer isso.

— O ódio pelos Vargas falou mais alto, pode ter certeza. —a Francesca falou enquanto recolhia os pratos da mesa e ia lavar.

— Tem razão. —falei e peguei o celular, pronta para ligar para o Leon. Procurei seu número nos contatos, mas não achei. Droga, esqueci de pegar o número dele.— Qualquer coisa, estou no meu quarto viu?

— Ok. —ela respondeu e eu subi as escadas em direção ao meu quarto.

Quando passei pelo da Fran, lembrei que ele tinha dado seu número para ela no dia que a Camila atirou na perna da Ludmi.

Olhei para os dois lados, a Fran continuava na cozinha e a Ludmila estava ouvindo música bem alta em seu quarto. Entrei de mansinho no quarto da Fran e procurei pelo papel com o número do Leon.

Em pouco tempo o achei, dentro de uma gaveta que estava quase vazia no seu armário. Peguei e rapidamente fui para o meu quarto, pronta para ligar pra o Leon e contar que a Ludmila tinha topado ajudar.