Entrei na cozinha e me aproximei da Fran intrigada.
— Aconteceu alguma coisa?
— Não, ainda... Eu estou tentando segurar a Camila, mas ela tenta fugir de mim o tempo todo. Eu já falei com a Ludmi e ela já está dando seu jeito para esconder o Diego da Cami. Agora é sua vez. Você precisa dar um jeito para deixar o Leon longe da Camila e tem que ser rápido!
— Mas o plano não era esse Francesca!
— Agora é Violetta. Não podemos arriscar em deixar a Camila se aproximar da Ludmi. Do jeito que ela está, é capaz de matar nossa irmã. Você quer perder mais alguém por causa dos Vargas? —perguntou entredentes.
— Não, claro que não...
— Então leva o Leon pra algum lugar longe dos olhos da Cami e o resto eu cuido.
Me deu a maior bronca e saiu da cozinha. Tentei pensar em alguma coisa para tirar o Leon daqui, mas não consegui pensar em nada.
— Ei, acabou o gelo? —uma garota me perguntou.
— Não, deve ter... —apontei para a geladeira, mas ela me interrompeu com arrogância
— Já rodei a casa toda e não achei gelo.
—Então eu vou procurar para você queridinha. —falei sorrindo falsamente e voltei para onde o Leon estava.
— Algum problema? —o Leon perguntou quando eu sentei ao lado dele.
— Nenhum importante... —respondo sorrindo.— Você pode me ajudar com uma coisa? —perguntei piscando levemente meu cílios.
— Claro, do que você precisa? —pergunta aproximando seu rosto do meu com o sorrisinho ridiculamente encantador.
— O gelo acabou e eu preciso sair para comprar mais. —recuo.— Vem comigo?
— Vou sim, só espera eu avisar a meu irmão que vou sair.
— Ah Leon, não precisa. Você já está bem grandinho pra ter que dar satisfação para seus irmãos né? —me levantei, segurei sua mão novamente -sorte que dessa vez nada aconteceu- e o arrastei para a garagem.
— Desse jeito, estou achando que você quer me sequestrar... —ele me colocou contra a porta do carro e encostou seu corpo no meu.
— Só se for para te matar. —levantei meu joelho rapidamente entre suas pernas, mas parei bem perto de suas bolas. Queria dar apenas um "sustinho" nele.
— Você não seria capaz de fazer nada comigo... —falou com a voz rouca e chegou com o nariz perto do meu pescoço e deu uma mordidinha na minha orelha. Aquele breve contato fez todos os meus músculos se contraírem e doces pensamentos me abateram.
— Nós não íamos comprar gelo? —o afastei e peguei a chave do carro no bolso do meu short.— Você dirige, eu estou um pouco zonza. —dei a chave para ele e sentei no banco do carona.
— Então quer dizer que você fica bêbada rápido? —perguntou entrando no carro e colocando a chave na ignição.— Bom saber...
— Já estou começando a me arrepender de ter te chamado! —apoio a cabeça no banco e vejo pelo retrovisor um sorriso perfeito se esboçar em seus lábios.
Quando saímos de casa, eu ligo o som do carro e estava passando Birthday Sex - Jeremih.
— Birthday sex... Birthday sex... —cantarolei baixinho o refrão e rebolei discretamente e inconscientemente no banco do carro.
Quando a música acabou olhei para o retrovisor e vi que o Leon estava me olhando, mas não era um olhar qualquer. Eu conseguia ver chamas de desejos em seus olhos. Senti um friozinho na barriga e olhei para a janela para tentar distrair minha mente.
Entramos na loja que fica dentro de um posto de gasolina e pegamos algumas sacolas de gelo. Dei o dinheiro para o Leon e deixei ele pagar, enquanto eu levava alguns sacos para o carro.
Quando eu estava voltando para a loja, alguém me agarrou por trás e tapou minha boca. Comecei a me debater, mas a pessoa que me segurava era mais forte que eu. Mordi a mão da pessoa com força e ela destapou a minha boca e gemeu com a dor.
— Leon!!! —gritei desesperada, mas parece que ele não escutou, pois nem olhou na minha direção.
— Parece que o príncipe encantado não quer mais saber da princesinha... —disse ironicamente e me arrastou para os fundos da loja.
Tentei me acalmar e pensar em fazer alguma coisa. Mas, quanto mais eu me debatia, mais o cara me apertava.
— Fique quietinha. —falou baixo apontando uma faca para mim.
Eu o obedeci e comecei a pensar em algum jeito de pegar a faca dele. Ele me jogou no chão com muita força e me prendeu no mesmo, se jogando em cima de mim e me deixando imóvel em baixo dele.
Enquanto eu pensava no que fazer, ele me acariciava e beijava meu pescoço. Aquilo estava me dando muito nojo, eu não conseguia pensar direito e um medo estava começando a tomar conta de mim. Então eu comecei a chorar silenciosamente.
— Por favor, para com isso... —falei chorando, tentando apelar para o último recurso que me veio a mente naquele momento: o psicológico.— Para por favor! —continuei pedindo enquanto lágrimas e mais lágrimas escorriam pelo meu rosto.— Você iria gostar que alguém fizesse isso com sua irmã, ou com sua filha?
— Cala a boca!! —gritou e cortou meu braço com a faca.
Na mesma hora, soltei um grito agudo. Olhei para meu braço e vi o sangue jorrar do mesmo. Uma raiva enorme tomou conta de mim e eu só quis matar ele, da forma mais dolorosa que eu pudesse.
Ele se sentou em cima de mim, rasgou minha blusa e puxou para baixo o meu sutiã sem alças. Então começou a massagear meu seios e beijar os mesmos. Senti meu estômago começar a embrulhar e senti vontade de vomitar. Respirei fundo várias vezes e tentei acalmar minhas emoções.
Escutei passos se aproximarem e o barulho de alguém sendo chutado e, logo em seguida, caindo no chão. Abri os olhos e vi que o Leon tinha aparecido. Ele estava batendo descontrolavelmente no cara que estava tentando me estuprar.
— Leon, para... —falei baixo e chorando.
Assim que ouviu me voz, ele deu um último soco no rosto do cara e veio até mim.
— Calma, está tudo bem. —ao ouvir sua voz, eu me atirei em seus braços e o abracei com todas as minhas forças.
Naquele momento eu sentia que alguma coisa tinha mudado em relação aos meus sentimentos por ele. Eu não o odiava tanto como antes. Afinal, ele me salvou de uma coisa terrível: ser estuprada.
Nos afastamos e ele olhou nos meus olhos, enquanto enxugava minhas lágrimas. Levantei meu sutiã as pressas tentando esconder meus seios dele. Nesse instante, ele tirou seu casaco e colocou sobre meus ombros.
—Muito obrigada. —coloquei a mão em seu rosto, o acariciei e dei um sorriso tímido.— My superman... —brinquei com o meu horrível sotaque inglês e ele sorriu.
— Não precisa me agradecer. —ele beijou minha testa e se levantou.— Melhor nós irmos antes que ele acorde. —ele me ajudou a levantar.
— Ele não vai mais acordar. —falei com raiva, pegando a faca e indo na direção do cara que estava desmaiado um pouco longe de mim.
— Você tem certeza disso Violetta? —perguntou com a voz baixa.
— Isso é por mim, e por todas as mulheres que esse homem deve ter violentado. —cai de joelhos, cravando a faca em seu coração.
Sem querer, o Leon tocou no meu braço machucado e eu estremeci.
— Desculpa! —falou ao perceber que eu estava machucada.— Vamos embora daqui, precisamos dar um jeito nesse braço mocinha. —sorri e fomos para o carro.

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Dangerous Love
RomantizmVioletta Castillo é uma assassina de aluguel, como suas irmãs Ludmila e Francesca Castillo. Elas estão nessa vida desde muito jovens, com apenas um plano em mente: entrar na vida dos Vargas e destruir tudo e todos. Mas isso não será uma tarefa fácil...