202- High of the love, drunk from my hate

757 33 1
                                    

Mai por sua vez, seguiu de volta para o hotel, estava um pouco cansada, chamou o elevador e apertou o botão no 9° andar, quando o elevador para no 7° andar, ela suspira e a porta se abre, revira os olhos ao ver Chris entrando no elevador, ele aperta o botão do térreo e as portas se fecham.

Chris: Você não pode me ignorar a vida toda- falou ao ver que ela tentava ignorar sua presença.

Mai: Posso não conseguir ignorar a vida toda, mas agora eu estou ignorando- falou sem ao menos olhá-lo.

Chris: Mai, o que eu faço pra você acreditar que eu mudei? Que eu quero você?

Mai: Você não mudaria Chris, sabe porque? Porque você é assim, é da sua essência ser assim, entende? 

Chris: Gostaria de entender.

Mai: A questão não é essa, a questão é que você não sabe o que sente por mim, não sabe o que quer, você só me quer na sua cama mais algumas vezes e deu, vou virar mais um número na sua agenda, isso se você salvar meu nome na agenda.

Chris: Não é assim Mai, eu quero mudar, mudar por você, mudar por nós, por esse sentimento que eu não tenho como explicar, apenas sinto- suspirou derrotado.

Mai: Acho que é tarde demais pra isso- as portas do elevador se abriram- quando você realmente mudar, realmente crescer, me procura- falou o olhando antes das portas se fecharem mais uma vez.

Mai seguiu para o seu quarto, onde depois de um longo banho acabou adormecendo, e Chris saiu para beber alguma coisa, pensando em cada palavra que tinha ouvido de Mai.

Por mais que falasse que tinha tudo que precisava na vida, mulheres, dinheiro, poder, não se sentia completo, pelo contrário, a cada dia que passava se sentia mais sozinho. Via seus amigos de farra encontrando pessoas que os faziam mudar, os via formando famílias, serem felizes sendo de uma pessoa só, as vezes se perguntava se um dia teria a sorte de encontrar alguém assim.

Sorriu sozinho bebendo um copo de whisky no bar do hotel ao lembrar de quantas vezes falou para Poncho seguir a vida, deixar Any para lá e sempre recebia a mesma resposta "Como posso esquecer dela, se eu a amo, se ao acordar meu primeiro pensamento é ela, se ao dormir meu último pensamento é ela?". Gostaria de saber o que era isso, o que era amar alguém que mesmo com mais de mil motivos para abandonar, para esquecer no fundo da gaveta, para virar a página e começar uma nova história do zero não o fazia, porque o sentimento era mais forte. 

Já era madrugada, quando Poncho e Any chegaram no hotel, ao passarem pela entrada do bar, Poncho viu que Chris estava bebendo e conversando com o garçom que parecia cansado de ouvi-lo, não podia deixar o amigo nessas condições.

Poncho: Amor- Any o olhou- vai subindo, vou ajudar ali- virou seu olhar para Chris, Any seguiu seu olhar.

Any: Tá bom, acho que ele precisa de você- sorriu e deu um selinho nele- não demora tá bom?

Poncho: Não vou demorar princesa- beijou a testa dela- até mais- Any seguiu para o elevador e ele foi ao encontro de Chris.

My favorite song (part.2)Onde histórias criam vida. Descubra agora