My favorite song (part.2)

209- You're the one in my soul

Any e Poncho caminhavam de mãos dadas, relembrando como tudo aconteceu com eles.

Any: Fala sério amor, você me odiava, eu via isso nos seus olhos.

Poncho: Acho que eu era um bom ator, porque quando te vi pela primeira vez, me senti um garotinho, foi como se algo no meu coração começasse a nascer, acho que quis impedir de alguma forma, por isso implicava com você, mas apesar de tudo sempre te protegia.

Any: Como?

Poncho: Lembra o Gustavo?

Any: Sim, ele era bem bonitinho- riu fazendo Poncho fechar a cara- sou mil vezes você amor- sorriu.

Poncho: Obrigado pela parte que me toca- falou divertido- mas aquele otário ficava falando de como você era gostosa no vestiário, de como queria te levar pra cama e mostrar paraíso- falou um pouco nervoso relembrando aqueles momentos em que seu sangue fervia e não sabia o porquê- ai um dia ele chegou com a que ia te pedir pra sair com ele, com sétimas intenções- Any ouvia atentamente a história- não sei como mas eu bati nele e o ameacei caso chegasse perto de ti- confessou mordendo o lábio e olhando para o chão- e no fim ele não tentou mais nada- ao terminar de contar Any começou a rir.

Any: Ciúmes, isso é ciúmes, mesmo antes de saber que me amava, tinha ciúmes- sorriu para ele- lindo, eu também já dei dessas- Poncho franziu a testa- lembra da Carina?- fez uma careta de nojo e Poncho confirmou- menininha irritante né? O capitão tem nossa uma pegada dos deuses, estou louca pra ir pra cama com ele- a imitou revirando os olhos Poncho riu- vocês estavam ficando e isso realmente me irritava de ínicio eu pensava que era só porque eu te odiava e queria te ver sozinho mas depois que eu vi vocês se beijando depois do seu treino, meu coração bateu tão forte que eu poderia sentir fazendo o caminho de ida e volta até a minha boca- confessou.

Poncho: Eu lembro, mas aquela vez ela realmente me pegou de surpresa, eu estava saindo do treino e ela se jogou em mim, me beijando, assim que eu consegui me livrar dela eu te vi com o olhar perdido olhando para mim, senti o chão abrir e me engolir, sério, por mais que eu dissesse todo dia a todos daquela escola o quanto eu te odiava e te achava apenas uma patricinha mimada e fútil, eu não conseguia realmente saber o que sentia no meu coração.

Any: Erámos dois bobos- sorriu- mas voltando a história, depois daquele beijo que eu vi, eu decidi te ignorar, passei a evitar ensaiar nos seus horários de treino, passei a chegar atrasada pra não te encontrar na porta da sua sala e passei a sair mais tarde, depois que todos já tinham ido almoçar, até que um dia vocês brigaram, logo depois eu encontrei ela no banheiro contando para uma amiga que o plano de ficar com você para ser popular não tinha dado certo porque você não parava de falar sobre mim e ela me odiava- olhou para Poncho que sorria a encarando- você não sabe como eu fiquei mais leve depois de ouvir aquilo, sério, saber que você estava sozinho outra vez era muito bom- sorriu o encarando também.

Poncho: Contando e ouvindo nossas histórias de ciúmes e ódio eu vejo o quanto a gente evitou esse sentimento, criamos uma barreira para que ele não saisse do fundo dos nossos corações, mas a cada briga, a cada troca de olhares, ele só crecia, cresceu tanto que ultrapassou as barreiras que nós mesmos criamos e por fim, conseguimos estar juntos.

Any: Era tão difícil brigar com você, sabia que eu quase me jogava em seus braços quando você me prendia na parede pra me dar lição de moral?- Poncho a olhou surpreso- sério, o meu coração batia tão forte que eu tinha medo que você pudesse escutar, eu olhava para qualquer lugar que não fosse seus olhos, senão eu não responderia por mim- sorriu boba para Poncho que tinha parado de caminhar para a observar.

Poncho: Tão bom saber que isso passou, é bom saber que temos um ao outro agora e eu te garanto, eu ainda sinto meu coração bater num compasso mais rápido quando você está perto- sorriu acariciando o rosto de Any de ele- eu te amo.

Any: Te amo.

Se beijaram transmitindo todo o amor que sentiam e que agora não precisavam esconder atrás de birras por pequenas coisas como antes, agora felizmente, tudo era felicidade.