225- I want someone to need me, is that so bad?

726 36 1
                                    

Estamos parados no sinal, ele está concentrado no trânsito, já eu, olho curiosa pela janela, vejo uma menina loirinha segurando um balão rosa de mãos dadas com sua mãe, as duas sorriem e caminham aparentemente em uma conversa muito animada.

Lembro da minha mãe e do quanto eramos amigas, a vida me deu um golpe tão duro, tão cedo, as vezes penso se o acidente não tivesse acontecido se minha mãe aprovaria minha carreira musical, se meu pai aprovaria meu romance com o Poncho, sinto a mão de Poncho na minha perna e me viro para ele.

Poncho: Tá com o pensamento longe- ele afirma enquanto faz um leve carinho na minha coxa.

Any: Foram só algumas lembranças que eu tive- sorrio de canto.

Poncho: Lembranças boas?- ele me pergunta enquanto volta a andar com o carro.

Any: Muito boas- afirmo e ele sorri.

Poncho: Espero que eu esteja incluido nessas lembranças- ele comenta rindo.

Any: Não diretamente- ele me olha rapidamente- estava lembrando de alguns momentos que passei com a minha mãe, de como eramos amigas e tudo mais- ele dá um leve sorriso, parecendo mais relaxado- pensei também em como seria sua relação com meus pais.

Poncho: Eu não os conheci infelizmente, mas eu os agradeceria toda vez que os visse por terem colocado você no mundo- sorrio boba, em que filme o Poncho aprendeu a falar assim?- acho que iriamos ter uma boa relação.

Any: Com mamãe talvez, mas já com o papai- ele me olha intrigado- você acha o Ucker protetor?- ele afirma- imagina umas trinta vezes pior- ele ri.

Poncho: Ihh acho que eu iria sofrer nas mãos do sogrão- ele fala de um jeito engraçado que me faz rir.

Não demora para chegarmos na casa dele, já está de noite, próximo a hora do jantar, ele abre a porta e joga sua mochila em um canto da sala, vamos até a sala de jantar onde Lurdes já deixou um jantar pronto, ele sorri para mim e puxa a cadeira para que eu me sente, assim que sento ele desliga as luzes e ascende as velas do castiçal que está no meio da mesa, nos serve vinho e se senta na minha frente.

Any: Armou isso também?- pergunto assim que ele se senta.

Poncho: Penso em tudo- ele ri- hoje o dia foi especial, a noite não pode ficar para trás.

Any: Concordo com você, a noite não pode ficar para trás- mordo o lábio e o encaro- e não vai.

Poncho: Não faz assim- e eu continuo o olhando- posso não responder por mim.

Any: Deixe para não responder por ti mais tarde- pisco para ele.

Poncho: Me aguarde- ele declara depois de um suspiro.

Jantamos um maravilhoso risoto de camarão, Lurdes caprichou mesmo, estava uma delícia. Coloco a mão sobre a mesa e Poncho enlaça nossos dedos, olho para as nossas mãos enlaçadas e pela primeira vez depois do pedido olho o anel de noivado que ganhei.

My favorite song (part.2)Onde histórias criam vida. Descubra agora