O título é de uma música da Placebo chamada Bright Eyes <3 e o poeminha citado de é autoria desse serumaninho magavilhoso named Frank Iero.
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"I'm a sucker for when the heavens so angry they attack the earth with a forceful downpour.
I lock myself inside. I can hear their pownding.
Ah, and the lightning.
The sky cracks open. A celestial misstep, a momentary glimpse behind forbidden curtain.
But they can't touch me.
No matter how hard they try
Nothing gets in
I'm only a witness
Not involved, far removed
(Daydreaming)
Wishing for the worst, hoping for the best
Watching. Soaking in the serenity through chaos.
Constantly moving all while standing still.
Bated breath
Listen
(Stop)"Havia três anos que eu tinha escrito aquilo mas, incrivelmente ainda me satisfazia. Uma raridade. Quando me dedicava e produzia um poema jurava que estava soando bem e por algumas semanas realmente soava, mas depois de um certo tempo, meu desgosto por aquilo engolia todo o trabalho que acabaria esquecido em alguma gaveta misturados a outros mais.
Graças ao Gerard aproveitei o fim de semana para revirar as caixas de papelão que jaziam no comodo - projeto de escritório que eu agora deveria chamar de "pilha-de-não-sei-o-que-lá" pois era a mais perfeita definição que eu poderia atribuir. Após um café rápido eu me dispus a por a mão na massa e procurar, ler e selecionar o tal top 5 que meu psicólogo havia me solicitado e merda, eu sabia que ele pediria aquilo uma hora ou outra. É de se esperar. Na sua arte há cem por cento de você. Psicológicos gostam de cem por cento de seus pacientes. Se eu não tivesse criado tamanha afinidade com Way, eu provavelmente continuaria com o pensamento fixo que de eles são, na verdade, um bando de fofoqueiros, isso sim. Mas já que minha opinião havia mudado - vivendo e aprendendo - eu quis enfrentar isso e deixar a vergonha de lado.
Jamia, a única pessoa que metia a mão em meus arquivos e lia minhas coisas costuma dizer que eu sou bom, embora isso seja coisa de amigo... Eu acho. Já Gerard, provavelmente por não ser um linguista e sua avaliação seria mais voltada para mim, não julgaria e provavelmente iria sorrir e dizer que eu sou bom, até porque ao que parece essas pessoas focadas na mente humana e blá tem um lado bastante sentimental e filosófico, talvez ele até de um sentido mais interessante a toda aquela coisa estranha que saia de mim.
Guardei (daydreaming) - esse era o nome do poema antigo e ainda adorável - junto com mais outro que achei digno de ser mostrado, eu realmente estava tentando parecer neutro e escolher o que achasse bom, mas algo dentro de mim me corroía na questão:
"Mostro os mais mórbidos" pois assim ele sentirá toda a intensidade real e as coisas que de fato, as vezes eram violentas de mais, como dentro de mim
versus
"Não mostro os mais mórbidos" e dessa forma eu poderia parecer mais normal ou inofensivo na visão dele.
E sim, era uma questão e tanto.
Obviamente, não é porque você escreve de alguém que mata alguém que você realmente cometerá um assassinato, ou não é porque você escreve sobre assombrações que você de fato já viu algo do gênero. Tudo tem haver com sentimentos internos e algumas hipérboles ou radicalizações- é, radicalizações soa melhor - e toda uma ladainha infinita do psicológico e tudo resumia num estado de espírito: Eu me sentia assim.
De qualquer forma, não era nem um pouco cômodo, em minha visão, observar uma possível reação da minha mãe, ou do próprio Gerard lendo algo mais pesado vindo de mim. Imagine Quinn, ou de Márcia, da recepção, ou um colega mais aleatório possível, lendo sobre as minhas agonias mais profundas. Rá, de jeito nenhum.
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[Frerard] Volcano
Fanfiction"Foi-me ensinado por muitas vezes, antes mesmo da faculdade, que traumas passados não se apagam com o tempo, assim, tão facilmente. Acha-se que tem superado e leva-se a vida, porém nunca se sabe onde esses traumas estão escondidos e quando podem se...