Capítulo 22

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Hey, eai, como foi a virada de ano de vocês? Se divertiram muito? Obrigada pelos comentários no capítulo anterior, ri muito com o sofrimento de vocês em saber se Cider está vivo ou não.


POV. Cider

   Olho para trás a tempo de ver o mar de fogo explodindo na minha direção e fecho os olhos me entregando.

Jogo meu corpo para trás e caio na passagem secreta que havia no chão. Bati com as costas no chão e solto um gemido de dor, vendo o fogo passar pelo andar de cima. Mesmo com dor nas costas não consigo conter um sorriso. Eu estava certo. Me arrisquei demais, mas estava certo ao final. Eu lembrava que na minha antiga instalação havia uma abrigo anti-bombas para caso qualquer acidente ou ataque acabasse acontecendo. Então seria óbvio que nessa instalação também tivesse um. Assim, qualquer coisa que acontecesse, os médicos podiam esconder os Novas Espécies e a si mesmo. Eu podia sentir o cheiro forte da fumaça e escutar o som do fogo destruindo tudo acima de mim, mas aqui em baixo eu estaria seguro. Me levanto e olho em volta, o local estava todo escuro. Fico em silêncio e posso escutar várias respirações mais a frente. Vou andando devagar e seguro a arma com mais força em minhas mãos.

      Por estar escuro, não percebo quando sou atacado. Alguém me dá um soco no rosto e logo vários rosnados surgem ao redor de mim:

-Não me machuquem! Vim aqui para libertá-los! Sou como vocês! -grito e quando minha visão começa a se acostumar com a escuridão, consigo interceptar um soco que vinha em minha direção.

-Não escute ele! Ele veio aqui para matá-los! -um dos médicos diz e meu corpo paralisa ao escuta aquela voz.

-Doutor Crapper... -rosno seu nome e percebo que os Novas Espécies haviam parado de me atacar e ficaram parados. -Pensei que estivesse morto.

-321? -ele me chama e solto outro rosnado de ter que escutar esses números novamente, ainda mais saindo de sua boca. -Voltou para mim, animal?

A luz do subsolo se acende e posso ver todos ali de baixo. Havia cinco Espécies, três machos e duas fêmeas, todos me olhavam com cuidado. Eu podia ver a desconfiança em seus rostos. Junto com Dr. Crapper havia mais quatro outros doutores.

-Sabe que a vida de vocês acaba neste instante né? O local está cercada por soldados Novas Espécies. Assim que as chamas diminuírem vocês serão levados daqui e presos. -digo andando na direção daquele Doutor... Esse exato Doutor que sempre me mandava fêmeas, o que enchia minha cabeça dizendo que eu mataria todas as fêmeas que eu tocasse. O que me tacara aquela maldição de que eu nunca poderia ser feliz, e que se eu arranjasse uma companheira, ele iria achá-la e matá-la. Por alguns segundos me sento nervoso em ter de levá-lo para Homeland, aonde Bora morava comigo.

   Antes que ele dissesse mais qualquer coisa lhe dou um soco fazendo com que sua cabeça batesse na parede e ele desmaiasse. Faço a mesma coisa com os outros quatro médicos. Assim que estão todos desmaiados no chão, olho para meus futuros irmãos e abro um pequeno sorriso.


POV. Bora

   -Bora, eu juro que não consigo fazer isso. Eu não consigo nem andar normalmente em cima de saltos altos, imagina dançar. -Trisha reclama e suspiro.

-Eu sei que é difícil, mas você precisa aprender. Ainda temos que ensaiar com a roupa que iremos usar, e pode ter certeza de que dançar com roupa apertada e pequena é pior do que dançar de salto. -digo e ela joga a cabeça para trás.

Estávamos descansando, todas sentadas no chão suadas. Para a minha felicidade e para a felicidade de Yooa, outras companheiras quando descobriram nossa ideia de fazer uma apresentação de dança no Ano-Novo resolveram se juntar à nós. Agora Jessie e a fêmea presente Bela estavam entre nós, suadas e com os pés doloridos de dançar. As sete treinando desde às nove da manhã até meio dia, que era o horário que Trisha trabalhava no Centro Médico. As vezes até depois que Trisha ia embora nós continuávamos com os ensaios. Tirando Yooa e Jessie, todas nós estávamos solitárias sem nossos companheiros que tinham ido na missão de resgate no Iraque. Era horrível ficar aqui, do outro lado do mundo sem saber o que estava acontecendo e se eles estavam bem.

-Quem está fazendo nossas roupas? -Jessie pergunta massageando seus pés e tacando os saltos pretos para longe.

-Breeze disse que havia aprendido a costurar, e quando eu comentei com ela sobre a nossa ideia e de que precisávamos de roupas, ela se ofereceu para criá-las. Expliquei mais ou menos como queria que fosse e ela disse que faria tudo rapidamente. -explico.

-Eu estava aqui pensando... Já iremos começar com uma dança sexy e tudo mais, e se nós os enganássemos?  E começássemos com uma música calma com coreografia calma, e quando eles achassem que fosse só aquilo, a gente começasse com essa que estamos ensaiando? -Bela indica e todas olham para ela.

-Você está querendo aprender mais uma música? Eu estou quase morrendo só com uma! -Zandy diz se esticando pelo chão do estúdio.

-Eu acho uma boa ideia... Depende de vocês. -Yooa diz e o local fica em silêncio por alguns minutos.

-Ok, por mim tudo bem. -Trisha aceita. -Mas por favor, sem salto alto!

   As outras meninas aceitam.

-Bom, então assim que escolhermos a segunda música, teremos que avisar para Breeze que ela terá que fazer mais roupas. -falo levantando e calçando os saltos.

-Vamos, último ensaio. Já estamos craques nessa dança, temos que ter energia para aprender uma nova!




Olááá, para todas que por algum motivo acharam que eu teria coragem de matar o Cider. ELE TA VIVO! E agora, os machos que já iam enfartar com uma dança só, irão enfartar e ser enterrados com duas danças dessas garotas! Espero que tenham gostado. Isso foi um capítulo mais calmo, pois no próximo os machos já estarão voltando para Homeland.

Cider - Novas EspéciesOnde histórias criam vida. Descubra agora