Olá pessoal, demorei para postar porque dia 23 foi meu aniversário de 18 anos e eu viajei para Beto Carrero com as minhas amigas, mas aqui estou eu de volta! E vejo que tem muita gente revoltada com as atitudes do Cider! Fiquem calmas, a parte ruim nem chegou ainda kkk
POV. Bora
Saí de Homeland irritada e humilhada, acho que nunca senti tanta raiva na minha vida como passei no dia de hoje. E só achar que por alguns segundos eu me senti atraída por Cider. Olhei no espelho do meu carro e vi as marcas de dedos que tinha no meu pescoço, eu precisaria de muita base e corretivo para esconder aquilo.
Enquanto eu dirigia para meu apartamento comecei a pensar se realmente valia a pena trabalhar em Homeland. Minha vida correria sempre risco fora dos muros de Homeland, eu não poderia sair mais, e ainda tinha Cider que ao que parece teve alguma mania comigo. Mas eu não podia simplesmente desistir do emprego, eu demorei tanto para conseguir um, e ainda mais um que pague bem.
Assim que cheguei no meu prédio, já saí do carro ligando para o caminhão de mudança e marcando horário para ele buscar minhas coisas amanhã. Ao entrar no apartamento, já fui separando todas minhas roupas, depois a parte higiênica e por fim coisas de decoração que eu gostaria de levar. O resto eu tentaria vender para conseguir algum dinheiro, mesmo sabendo que Homeland tinha horário de almoço de graça e que eu não precisaria pagar contas de luz nem de água, pelo menos algum dinheiro na minha conta eu precisava ter. Quando terminei de arrumar e encaixotar tudo, liguei para minha mãe dando as boas notícias. Óbvio que ela ficou meio chocada ao descobrir o lugar que eu trabalharia, mas ela estava mais desesperada do que eu para que conseguisse arranjar um emprego. Quando ela me perguntou sobre como eram os Novas Espécies, preferi dizer que eles eram somente muito intensos. Não queria preocupá-la.
***
Na manhã seguinte acordei às 8h, me arrumei rapidamente sabendo que 8:30h o caminhão de mudanças chegaria, comi uma maçã como café da manhã, eu teria que ser rápida porque eu ainda tinha que dar um jeito de esconder as marcas roxas no meu pescoço com muita maquiagem. Quando terminei dei uma última olhada no apartamento que foi só meu por todo o tempo que fiz a faculdade. Quando o porteiro ligou para meu apartamento avisando que o caminhão havia chegado, pedi para que ele me ajudasse com as caixas, já que no meu carro elas não caberiam.
-Nem acredito que você está indo embora, pensei que moraria aqui para sempre. -ele diz e sorrio enquanto colocava as coisas na caçamba.
-Chega um momento na qual eu preciso tocar minha vida. Aquele apartamento era o lar de uma estudante, agora sou uma profissional, preciso de um lugar maior. -respondo lhe entregando a chave.
-Mas você nem me disse para onde conseguiu o emprego.
Abri um sorriso e resolvi não comentar sobre eu estar indo trabalhar para os Novas Espécies, por mais que eu soubesse que o porteiro era uma pessoa confiável, não queria que logo meus ex-vizinhos soubessem de tudo.
-Continuarei aqui na Califórnia, só vou para outra cidade, que nem é tão distante assim daqui.
-Bem, boa sorte no seu novo emprego. Venha me visitar de vez em quando!
-Eu virei, e obrigada.
Dei o endereço para o motorista do caminhão e fui com meu carro na sua frente. Eu não sabia como definir meu sentimento no momento, se era de felicidade, nervosismo, ou medo. Eu só sabia que qualquer coisa que acontecesse eu não poderia desistir, estudei demais para deixar coisas bobas me fazerem largar meu sonho.
***
POV. Cider
Bem de manhã eu estava na academia malhando e acabei escutando a conversa de dois machos.
-Soube que já é hoje que a nova arquiteta vai se mudar.
-Será que Vengeance vai continuar no pé da menina? Sabemos que nenhuma fêmea gosta dele, impossível essa gostar também.
-Espero que ela goste de primatas, será que se eu pedir para compartilhar sexo ela aceita?
-Eu vi ela ontem, ela é toda magrinha e pequena, parece que se passar um vento ela voa. E ela tem os olhos diferentes, são puxados.
Abro um sorriso só de pensar no apelido que dei para a pequena fêmea ontem. Hoje ela se mudaria de vez para Homeland e começaria seu primeiro dia de trabalho, talvez eu faça uma visita à ela para que ela não se esqueça de mim e tente se engraçar para outro macho.
-Que horas são? -pergunto para um dos machos.
-9h da manhã.
Paro de fazer os abdominais e levanto, Bora já devia ter chegado em Homeland à essa hora. Tomo um banho rápido na academia já pensando em ter a pequena fêmea em meus braços novamente. Eu encheria bastante seu saco hoje, o cheiro dela de quando ficava com raiva era cativante, mas não melhor do que o cheiro de sua excitação. Por mais que eu tenha sentido por um curto período de tempo, ele se impregnara em meu nariz.
Caminhei lentamente pela área humana de Homeland e não demorou muito para eu descobrir onde Bora moraria. Alguns NE carregavam caixas para dentro da casa que até ontem estava vazia. Bora estava do lado de fora conversando com Smiley que entregava a chave da casa para ela. Me escondi entre as árvores e fiquei esperando até que todos saíssem e que ela ficasse sozinha. Não demorou muito para Smiley e os NE saírem.
Fui até a porta e bati duas vezes.
-Pode entrar! -escuto sua voz e sorrio ao pensar no quão inocente ela é em achar que ela está totalmente segura em Homeland.
Entro lentamente na casa vendo caixas espalhadas em todos os cantos, mais a frente estava Bora segurado várias camisas em suas mãos. Ela se vira com um sorriso para ver quem chegou, mas ao perceber que era eu seu sorriso logo some e as roupas caem de suas mãos.
-O que você quer? -pergunta andando para trás e levando a mão ao pescoço. Olho para onde deveria estar as marcas de minha mão, mas não estão mais lá.
-Vim te ver, te dar as boas vindas.
-Ok, já deu, pode ir embora.
-Eu posso te ajudar a organizar suas coisas. Prometo que serei bonzinho. -digo piscando e vejo suas mãos fecharem. -Prometo não fazer nada que você não queira.
-E se eu não te quiser aqui?
-Então você vai ter que arrumar isso tudo sozinha.
Ela olha em volta ainda indecisa e olha novamente para mim.
-O que você é?
-Como assim o que sou? -pergunto confuso.
-Canino, felino ou primata?
-E isso importa?
-Importa quando eu for fazer qualquer boletim de ocorrência caso você tente algo comigo.
-Sou canino. -digo rindo. -Você vai me reconhecer quando eu estiver inchando dentro da sua boceta.
-HEY! Você disse que se comportaria! -reclama e vejo suas bochechas ficarem vermelhas.
-Eu disse que não faria nada, mas nada me impede de falar o que eu quiser. -com isso lhe jogo um beijo e pego uma das caixas e subo as escadas.
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Cider - Novas Espécies
RomanceUm dos mais novos Novas Espécies foi achado, em um subsolo em algum lugar do Oriente Médio a ONE conseguiu resgatar o mais jovem NE. Com apenas 20 anos, 321 foi resgatado e levado para Homeland onde poderia conhecer pessoas como ele, o problema é q...