Marília e Olívio saíram do apartamento, dei tchau na porta enquanto eles andavam pelo corredor. Walter continuava com o copo na mão no sofá. Fechei a porta e me encostei contra ela e de frente para Walter. Sorri.
H: Walter, você está patético! – comecei a rir me aproximando do sofá – Nunca pensei que você fosse tão fraco assim pra beber...
W: É que quando estou com você todo cuidado com álcool é pouco, só você já me embriaga! – rimos juntos, me sentei do lado dele e ficamos um momento breve em silêncio.
H: Vamos, venha se deitar! Tenho que ir pra casa...
W: Nada disso! A essa hora da noite? Você vai ficar aqui! – ele falava com a voz meio tonta
H: Tudo bem, só venha se deitar. Você não consegue nem se levantar, olhe isso! – gargalhei
W: Então você quem vai ter que me ajudar por hoje...
H: Ok. Vamos!
Ele se apoiou em meu braço, levantou-se e passou o seu braço sob meus ombros e fomos caminhando até o quarto dele, cambaleando mas conseguimos.
W: Aqui é meu ninho... Da solidão! – ele disse enquanto eu o sentei na cama e tirava os sapatos
H: Walter, vou pegar algum chá ou remédio pra você, se não, amanhã esse meu funcionário nem aparece, né?
W: Você sempre se vendo no papel de somente minha chefe, não é, Helena? – pegou em meu braço
H: Walter...
W: Não diga nada, por favor. Por favor.
Walter me puxou, fazendo-me sentar na cama ao seu lado. Aproximou o seu rosto do meu, eu estava ofegante enquanto ele se aproximava olhando fixamente em meus olhos. Aproximou-se mais e roçou o comecinho de barba que teimava em crescer em meu rosto, me fazendo arrepiar.
W: Era isso que eu queria ter feito desde o primeiro dia em que te vi, Helena. – sussurrou ao meu ouvido
Voltou o rosto e me beijou, se apoiou em meu ombro me fazendo deitar na cama, um beijo desesperado e veloz. Ele ficou por cima de mim, apoiando as duas mãos na cama ao lado de minha cabeça, parava o beijo por poucos segundos e olhava em meus olhos. Apertava a lateral do meu corpo, revezando entre cintura e quadril, me virou de costas e desabotoou os botões do meu vestido com minha ajuda.
W: Os botões da blusa que você usava... Iam pouco a pouco me deixando ver, no meio de tudo, um pouco de você... Nos lençóis macios amantes se dão... – ele tentava cantar a música enquanto sorria pra mim sob meu ombro e eu sorria de volta.
Me ajoelhei, virei pra frente dele e desabotoei os botões de sua camisa e tirei sua calça. O empurrei nos ombros e ele deitou-se. Me deitei sobre ele e senti seu membro já enrijecido e, enquanto o beijava, rocei nele. Walter apertou minha bunda com vontade e passou a mão sob meu sexo e o sentiu úmido. Tirou minha calcinha com facilidade. Suas mãos passeavam em meu corpo enquanto me beijava e dava uma atenção maior aos meus seios, onde parava e os apertava.
W: Você me deixa louco, Helena. Louco! – sussurrou em meu ouvido enquanto eu dei uma risada proveitosa e mordi meu lábio inferior.
Deu uma palmada em minha bunda e eu gemi baixo. Se posicionou e ficou por cima de mim, deu um beijo em meu ombro e colocou o seu membro de uma vez. Passava a mão em meus seios e cheirava meu pescoço e aumentava constantemente a velocidade enquanto eu me contorcia em meio à gemidos. Levou uma mão ao meu clitóris e o massageou, agora eu gemia com frequência e respirava ofegantemente. Ele viu que chegamos ao ápice e logo parou as estocadas e deitou-se ao meu lado. Walter sorriu, desceu a mão pelo meu corpo e me deu um selinho.
W: Você não imagina o tanto que eu quis isso, Helena. Eu sempre quis você. Eu só preciso de uma chance. – me abraçou e me aconchegou em seu peito
H: Já estou dando, Walter. Você sabe. Espero que amanhã você pelo menos lembre...
W: Eu não vou esquecer nunca, Helena. Nunca. – mexia em meus cabelos e beijou minha testa
Adormecemos ali mesmo. E pontualmente, às 7:00 da manhã, meu celular tocou, estava na mesinha ao lado da cama, pestanejei em acordar, cocei os olhos, saí do abraço de Walter que ainda dormia e alcancei o celular, sem nem mesmo olhar quem era, atendi.
H: Alô?
R: Cadê você? Tô aqui na sua casa pra pegar a Laura e você simplesmente não dormiu em casa!
H: Oi, Ricardo. Bom dia pra você também! Depois eu te ligo.
R: Porque você tá sussurrando, Helena? Não tô gostando nada disso! – saí da cama enrolada num lençol e fui até a sala
H: E desde quando você precisa gostar de algo, Ricardo? Eu e você não temos nada, ou temos? Porque se sim, eu não estou sabendo.
R: Eu só quero saber onde você dormiu, Helena! Laura certamente também quer.
H: Ah, mas ela não quer mesmo... Eu ensinei minha filha a não se intrometer na vida alheia, coisa que o pai dela sempre soube fazer.
R: Almoço às 12 na sua casa. Sem mais nem menos. Tchau.
Ele desligou. Quando virei me contorcendo de raiva, Walter estava encostado na parede do corredor olhando pra mim.
W: Já é ele? À essa hora? Eu não queria ter que preparar café da manhã à essa hora, ainda mais depois de digerir uma dessas...
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Paralelas [CONCLUÍDA]
FanfictionDuas linhas paralelas que podem até se cruzar. Helena, uma mulher desimpedida há 17 anos. Walter, um colega de trabalho. Ricardo, o pai de Laura.