Helena, Laura e eu tiramos dois dias para irmos fazer as compras, não entendia muito disso, mas elas fizeram uma lista de compras e me levaram às lojas. Elas estavam mais animadas que eu! Laura então... Compramos tudo que meu garoto iria precisar. Laura quis que o quarto dele fosse com tema de urso marinheiro, eu apenas concordei. Montamos o quarto, conjunto de mamadeiras, fraldas, tudo! Eu estava ansioso, mas Laura me ajudava quanto à isso, Helena também. O tempo foi passando vagarosamente, mas conforme ele ia se passando, as coisas foram se acertando. A casa de Susana era pequena, tinham apenas dois quartos, então ela preferiu colocar o berço no quarto dela, assim foi feito. A loja de móveis foi montar o berço e a pequena cômoda que havíamos comprado.
Em um jantar em família, onde estávamos eu, Helena, dona Ivanir, Virgínia e Walter – que, aliás, havia se tornado uma boa pessoa depois de desencostar da Helena –, lançamos uma proposta à eles.
H: Então, Virgínia, eu e o Ricardo andamos pensando... Você e mamãe não gostariam de vir morar aqui no Rio? – Virgínia e Walter se entreolharam e ele sorriu
W: Eu adoro a ideia!
V: Ai, minha irmã, já estamos praticamente morando aqui, não é? Eu acho uma boa ideia, mas, onde nós moraríamos? Não é bem assim... E você, mamãe, o que acha?
I: O que vocês decidirem!
R: Virgínia, eu tenho uma casa na Barra, então havíamos pensado em nos mudar pra lá. Mas como Helena não quer se desfazer desse apartamento, vocês poderiam vir pra cá.
V: Meu Deus! Que maravilha! Eu não havia pensado nisso!
H: Então, feito?
I: Sim! Sim! Adoro olhar pela janela e ver o mar...
V: Que pressa, mamãe! Sim, minha irmã, por hora, sim. Depois falamos sobre as burocracias, certo? Aluguel, condomínio, essas coisas...
R: Perfeito!
Isso também se acertou conforme o tempo, Virgínia conseguiu vender a casa em Curitiba e apurar um bom dinheiro para se manter no Rio. Eu, Helena e Laura logo nos mudamos para minha casa na Barra. Como o Andrézinho ainda não tinha um quarto na sua casa, reformamos um quarto livre que havia lá. As paredes eram azuis, móveis brancos... enfim, todas essas coisas que Helena e Laura haviam pensado. Susana já estava na reta final da gravidez.
L: Ah, mas esse meu irmão já é muito amado... – falou diante da porta do quarto dele
H: Ah! O quarto ficou tão lindo, né, amor? – a abracei por trás e dei um beijo em seu pescoço
R: Ficou mesmo! Essas minhas mulheres são demais! E eu não vejo a hora de ter o meu homenzinho aqui. – falei com um sorriso no rostoNarrado por Helena
Eu e Ricardo há muito tempo não tínhamos um momento pra nós dois, com tantas coisas para resolver: mudança, enxoval do pequeno André, Susana e os problemas que nos trazia... Em um feriado, Laura havia viajado e nos sentíamos em paz, a casa estava em silêncio e fazia um estranho e esperado friozinho no Rio de Janeiro. Ricardo me esperava no quarto enquanto eu preparava uma bebida quente na cozinha. Assim que a máquina despejou a última gota de chocolate em uma das xícaras, coloquei as duas sob uma pequena bandeja da cor branca, senti o aroma do líquido saboroso e sorri sem mostrar os dentes. Caminhei equilibrando as bandejas na mão, entrei no quarto e fechei a porta com o pé. Ricardo segurava o controle remoto com uma mão e a outra estava guardada no bolso do roupão.
H: Isso tudo é frio, meu amor? - sorri enquanto coloquei a bandeja sob a cama. Eu também estava de roupão -
R: Sim - ele disse - Estava esperando você pra esquentar essa cama comigo - riu -
H: Eu trouxe um chocolate quente. O cheiro está delicioso.
Sentei na cama e lhe entreguei uma xícara. Demos o primeiro gole juntos e pela expressão dele, o chocolate estava uma delícia.
H: Há quanto tempo não tínhamos um tempo só pra gente, hein?
R: Faz tempo - ele sorriu e pegou na minha mão, entrelaçando nossos dedos - Não sei se só esse chocolate é o bastante pra me esquentar.Comecei a rir e ele riu com a minha risada. Coloquei minha xícara em cima do criado mudo e esperei que ele fizesse o mesmo, eu já entendi o que ele estava querendo. Era a mesma coisa que eu. Ricardo passou o polegar em meu rosto e fechei os olhos sentindo o toque macio dele. Virei um pouco a cabeça e meu rosto encaixou entre seus dedos. Encostei o nariz na palma da mão dele e ainda com os olhos fechados, senti seu cheiro. Ele aproximou o rosto do meu e pôs uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. Senti meu corpo arrepiar por inteiro e segurei em seu braço quando começou a explorar meu pescoço com a boca. Sua língua tem um toque suave e capaz de me levar ao paraíso.
Narrado por Ricardo
Helena estava completamente entregue. Passei o rosto entre seu ombro e pescoço e por ali fiquei durante alguns minutos. Sei que ela gosta de atenção nessa região. Senti agora as duas mãos dela envolverem meus braços e foi inevitável sentir meu membro crescer. Por ora, deixei seu pescoço e encostei nossos narizes. Sorri com o sorriso dela e invadi seus lábios com um beijo que aos poucos ficou intenso. Senti ela me agarrar pelo pescoço e aumentei também a intensidade das carícias. Segurei sua cintura com uma mão, e, sem parar o beijo, desfiz o nó de seu roupão com a mão que ficou livre. Por baixo da peça, ela não usava mais do que uma calcinha da cor preta. Seus seios estavam livres e quando parei o beijo, nossos olhares se encontraram e eu rapidamente entendi o que deveria fazer quando, timidamente, ela acariciou o próprio seio. Aproximei o rosto de seu colo e intercalei com beijos e lambidas até chegar ao meu destino. Segurei o seio esquerdo com uma mão, apalpei de leve e enquanto estimulava os mamilos com os dedos, levei a boca até o seio direito. Ela apertava meus cabelos com força e pude sentir quando ela arqueou um pouco as costas, deixando os cotovelos apoiados na cama. Helena soltou um gemido baixinho me dando o sinal que eu precisava. Apertei o mamilo do seio esquerdo com um pouco mais de força e comecei a chupar o outro. Senti suas pernas envolverem minha cintura num abraço caloroso e agora nossos corpos estavam ainda mais colados um no outro. O contato era quente e intenso. Eu queria que isso durasse pra sempre.
H: Ah, Ricardo... - resmungou baixinho enquanto apertava minhas costas - Preciso do seu corpo agora... - disse ofegante e de olhos fechados -
Não falei nada. Puxei o mamilo direito com os lábios e antes de soltar, mordo de leve. Ela soltou outro gemido e ao mesmo tempo deslizou a mão até o meu ponto de prazer. Sorri de canto e ela retribuiu o gesto, apalpando e o estimulando do jeito que eu gosto. Fechei os olhos e fiquei de joelhos na cama. Ela recostou no estofado que servia como cabeceira da cama e sorriu sem mostrar os dentes. Segurei suas coxas e joguei a cabeça pra trás quando ela massageou a parte superior com o polegar e o indicador. Ela afastou a mão do meu sexo e eu voltei a olhá-la, abri suas pernas com as mãos e senti meu coração acelerar quando a vi completamente pronta.
Narrado por Helena
A cada toque e sensação que Ricardo me proporcionava, eu podia sentir os músculos da minha intimidade se contraírem. Quando larguei sem membro, notei o olhar que ele me lançou quando abriu minhas pernas e senti minhas bochechas arderem. É fato que eu devo ter ficado um pouco vermelha. Mordi meus lábios e deixei a boca entre aberta quando ele me tocou com o dedo maior. Segurei com as duas mãos no lençol e olhei Ricardo, agora ele segurava o próprio membro e de leve o roçava contra a minha intimidade. Joguei a cabeça pra trás quando senti a penetração e na medida em que Ricardo acelerava os movimentos, segurei firme em suas costas e lhe arranhei forte com as unhas. Não consegui me conter e comecei a gemer com mais frequência. Agarrei outra vez seu pescoço e o puxei para mim, colando nossos corpos e aumentando meu prazer. Beijei entre gemidos o pescoço de Ricardo e soltei um risinho quando ele me pegou com força pela cintura e sussurrou algumas palavras no meu ouvido. Ricardo sentou na cama sem desconectar nossos corpos e me trouxe junto, fazendo com que eu ficasse sentada em seu colo. Joguei os braços em volta de seu pescoço e enquanto ele segurava minha cintura, me movimentei sobre ele. Meus seios roçavam no peito de Ricardo e ele não parava de apertar minhas costas. Encostamos nossos rostos e senti sua barba espetando minha bochecha. Ricardo também gemia em meu ouvido e encostei nossas testas. Passamos os narizes um no outro e sorrimos juntos. Apertei uma última vez as costas dele e pude sentir ele se libertar dentro de mim, no mesmo momento em que eu cheguei ao ponto máximo de prazer.
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Paralelas [CONCLUÍDA]
Fiksi PenggemarDuas linhas paralelas que podem até se cruzar. Helena, uma mulher desimpedida há 17 anos. Walter, um colega de trabalho. Ricardo, o pai de Laura.