CAPÍTULO SEIS;

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         Júlia passou todo o caminho que restava até o hotel calada. Se recusando até olhar na direção de Henrique, que se esforçou para não rir dá situação.

Chegaram ao hotel, quando o relógio marcava seis e dez dá noite e assim que o moreno estacionou o carro, ela foi a primeira a descer.

Henrique travou o carro e saiu na mesma direção que a ruiva tinha ido. A recepção do hotel, que no caso estava vazia.

Esperaram alguns minutos até que um rapaz aparecesse.

— Vocês estão aqui há muito tempo? Desculpe-me é que eu fiquei enrolado na minha troca de turno - o recepcionista se explicou.

— Tudo bem - o moreno começou - Eu tenho uma reserva no nome de Henrique Marques.

O rapaz, que em seu crachá tinha seu nome escrito, olhou por alguns minutos para o monitor do computador e depois voltou à atenção para Henrique.

— Aqui está à chave do quarto de vocês, boa estadia.

— Olha Luan... - Júlia falou chamando a atenção pra ela. - Esse é seu nome, certo? Eu preciso de um quarto para passar a noite.

— Vocês não estão juntos?

— Sim

— Não.

Falaram juntos.

O recepcionista olhou confuso para os dois, que se olhavam como se fosse entrar em guerra ali mesmo na recepção.

— Eu sei que está no tempo de alta estação por causa do Carnaval e vocês provavelmente estão sem quartos, mas eu só preciso de um para passar a noite e poder descansar. - A ruiva implorou fazendo com que Henrique sentisse uma pontada de tristeza no peito.

Seria tão ruim assim passar uma noite comigo? O moreno pensou.

— Na verdade, eu até tenho quartos livres - O sorriso de Júlia se iluminou e o de Henrique se apagou. - O carnaval para nós é um período de baixa estação e não temos muitos hóspedes, mas a senhorita teria que esperar no mínimo, três horas pelo quarto.

— Como é que é? - Júlia praticamente gritou deixando o recepcionista claramente incomodado.

— Como eu expliquei para a senhora, estamos em baixa estação e por conta disso, nosso quadro de funcionários está bastante reduzido e isso faz com que a espera normal passe de uma hora e meia para quase três.

— Você só pode esta de brincadeira. - A ruiva respirou fundo tentando se acalmar enquanto puxava o cartão de crédito da bolsa - Eu vou quere.

— Bom, já que está tudo resolvido, irei para meu quarto. - Henrique, que tinha ficado todo o tempo calado, se pronunciou.

— Você vai me deixar aqui sozinha?

— Não é você que quer ficar o mais longe possível de mim? - O moreno falou, recuperando a pose e ignorância do começo da viagem. - Faça bom proveito de sua própria companhia. A gente sai amanhã depois das oito.

Dito isso, Henrique deu as costas para Júlia e foi em direção aos elevadores deixando a mala da ruiva para trás, que até então, ela não tinha nem percebido que ele tinha trago.

— Eu posso ao menos esperar no bar?

Km 70Onde histórias criam vida. Descubra agora