Cinco

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Caio Mkany

A semana passa feito uma tartaruga manca, mas enfim é sábado, estou almoçando com meus pais quando Nanda chega, com sua bolsa rosa choque chamativa, cumprimenta todos ali e caminha até mim, deixando um beijo estralado em meu rosto.

- Oi priminho, quanto tempo não é mesmo? – Diz sorridente tocando meu braço.

- Fala logo o que quer, esse carinho todo não combina com você. – Sorrio, puxando-a para um abraço.

- Aí credo. - coloca a mão no coração. – Me leva em uma loja, meu carro ainda está no conserto e nem vou lembrar que quero matar aquele mecânico safado. -Termina fazendo uma careta.

- Nanda, você sabe que não tenho paciência de... – Ela me interrompe tampando minha boca com uma das mãos.

- Nunca mais te peço nada, amoreco, juro de dedinho. – Diz fazendo bico como uma criança pidona.

- Vamos logo antes que eu me arrependa. – Me rendo.

Chegando na tal loja ela me obriga a acompanhá-la até no meio da boutique, e logo de entrada percebo diversos olhares direcionados para meu lado. É mais um rostinho bonito, queridas.

Nanda corre até uma prateleira e eu a perco de vista, estou tentando encontrá-la quando trombo com uma pessoa que de imediato cai, com o impacto da pequena colisão. Quando olho para baixo vejo ela, a pessoa que me deu um fora bem certeiro na semana passada.

- Ei, não vai levantar? – Pergunto sorrindo e estendo minhas mãos para ela, que as agarra e se levanta rapidamente.

- Olha por onde anda, seu ogro. - Esbraveja e começo a rir.

- A senhorita que devia prestar mais atenção. Por que o culpado sou eu? – Implico.

- Aaah, cale a boca.

- Sabia que posso lhe prender agora, Senhorita Muniz? – Digo tentando parecer sério.

- Tá esperando oque? Me prenda. – Me desafia estendendo os punhos unidos implicante.


Lilian Muniz

Um silêncio constrangedor reina naquele momento e quando começo a planejar uma fuga daquela cena, talvez eu finja um desmaio, ou saia correndo como uma louca, sou puxada bruscamente pelo braço e seus lábios se colam nos meus, envolvendo-nos em um beijo caloroso.

- Amoreco, achei a... – Me afasto, interrompendo o beijo de imediato. – Opa, desculpe. – Diz uma moça sorridente.

Essa hora devo estar parecendo uma pimenta de tanta vergonha.

- Já terminou? – Caio pergunta para a mulher na nossa frente.

- Já sim. – Responde ainda sorrindo e eu fito meus pés para fugir do seu olhar.

- Vamos então. – Se vira para mim que gelo. – Até mais, Lili. – Sai, mas antes me dá um sorriso que me deixa sem chão por alguns segundos.

Droga, eu beijei o maldito juiz.


Estou olhando pela janela com minha amada xícara de café na mão, quando a campainha toca me fazendo dar um pulo e quase derrubar o líquido quente.

- Já vai. - Ando preguiçosamente até a porta abrindo-a.

- MATH!!!! – Grito e pulo no pescoço do cara que está na minha frente, que é nada mais, nada menos que meu melhor amigo.

- Que saudades, garota.- Retribui o abraço, apertando-me ainda mais contra seu corpo forte.

- Hum, temos mais músculos aqui. – Aperto a ponta do indicador em seu abdômen.

Entramos e ele me conta sobre suas viagens, aventuras e quando me fala, ou melhor, avisa que vai passar um tempo comigo quase choro de felicidade, é sempre bom ter alguém como ele por perto.

- Nós temos que sair, princesa. – Me chama pelo apelido dado por ele

- Huum. – Reclamo -Não estou com muita vontade de sair hoje – Digo enfiando um pedaço de chocolate na boca. Quantos desses comi hoje?

- Não, não e não, faz isso pelo sua purpurina aqui- Se levanta me pegando pelas pernas e puxando.

- Tudo bem, me solte – Gargalho.

- Isso ai garota, vou me arrumar e ficar uma perdição, – Diz me mandando um beijo no ar e entrando no quarto me fazendo sorrir ainda mais.

Math era um cara super bonito e simpático, um tipo que faria quase toda mulher se apaixonar, se não fosse por seus gritos por algumas vezes, sequer dava para perceber que era gay.


PLÁGIO É CRIME!!

Meu JuizOnde histórias criam vida. Descubra agora