Meu Juiz

Vinte e um

Lilian Muniz 

Algum tempo depois

Estou escolhendo meu tão sonhado vestido de noiva, o casamento está chegando. Caio quer se casar logo, e eu logicamente estou amando a ideia, então os preparativos estão a todo vapor.Chego na décima loja e Caio já está impaciente. Não me matem, mas sim, Caio veio pois Soph estava trabalhando e eu não queria vir sozinha.

- Olá, posso ajudar? - Pergunta a moça simpática até demais pro lado de Caio, pigarreio e ela finalmente olha para mim.

- Quero olhar alguns vestidos. - Digo seca e ela volta o olhar para Caio, assentindo.- Por enquanto quem usa vestido aqui sou eu, não ele. - A impaciência e o ciúme me tomam, fazendo a moça olhar para mim sem graça.

- Claro. - Diz rápido e nos leva até uma sala para provar alguns dos vestidos.Deixo Caio sentado em uma enorme poltrona e entro para o provador e coloca inúmeros vestidos, até que me apaixono perdidamente por um.

Saio e olho novamente a mulher se jogando para cima de Caio, que quando me vê se afasta dele rapidamente.

- Gostou de algum? - Pergunta sorrindo falsamente.

- Já escolhi. - Aponto para dentro e ela assente.Pagamos, tiramos medidas para ajustes e mandamos entregar na data, quando chegamos na calçada puxo Caio.

- Você estava dando moral para aquela safada, Caio dos infernos? - Seguro a gola de sua camisa e ele ri.

- Calma meu amor, tenho olhos apenas para você. - Diz ainda gargalhando, me deixando furiosa.

- Não é só você. - Sorrio genuinamente soltando-o e andando em sua frente.

- Volta aqui, Lilian. - Vem atrás batendo os pés, me fazendo rir.

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Enfim chegou o grande dia, o meu casamento, e sinceramente não só minhas pernas viraram gelatina, mas sim o meu corpo inteiro.

No momento estou em um salão cheio de loiras com nariz empinado arrumando meu cabelo e de Soph, lógico que minha melhor amiga não poderia faltar.

Estou nervosa antes mesmo de entrar na igreja. E se eu travar? Ou pior, e se eu tropeçar no vestido e dar de cara no chão? Meu Deus.

- Prontinho. - Diz a mulher que estava arrumando meu cabelo, e quando vejo a imagem dele refletido no espelho fico de boca aberta, simples e perfeito, como eu queria. Quando nos deixam sozinhas Soph se vira para mim radiante.

- Você está linda. - Me abraça com os olhos marejados.

- Você também não está de se jogar fora. - Brinco e ela ri.

- Agora vamos lá, colocar seu vestido. - Me puxa pela mão até a sala reservada para minha troca, entro e dou de cara com Ann, que sorri para mim e vejo no chão pedaços de tecidos brancos espalhados, meu vestido.

- Que merda é essa? - Meu punhos se fecham de raiva.

- Ops. - Coloca as mãos na boca de forma irônica.

- Ahh, sua safada. - Soph diz ajustando as mangas de sua blusa e indo para cima dela.

- Não Sophia, não suje suas mãos. Deixe que eu mesmo faço isso. - Sequer tenho tempo para pensar quando agarro seus cabelos falsificados, a derrubando no chão, desfiro tapas e quando dou por mim a sala já está lotada de seguranças, que me tiram de cima dela.

- Tirem ela daqui. - Grito sentindo as lágrimas rolarem pelo meu rosto e os mesmos fazem o que peço.

Sento no chão e coloco o rosto entre as mãos.

- Calma, amiga. - Soph tenta tirar minhas mãos da frente.

- Como Soph? Olha meu vestido destruído. - Soluço apontando para os tecidos no chão.Quando a porta se abre, chamando nessa atenção e revelando um Math sorridente, que quando me olha seu sorriso some.

- O que houve, princesa? - Pergunta preocupado, se abaixando.

- Meu vestido, a sem vergonha da Anne acabou com ele. - Explico e ele gargalha me fazendo levantar com raiva.

- Ô meu amor, aquilo era apenas um modelo qualquer, eles atrasaram a entrega, olha. - Balança o embrulho em suas mãos.

- Graças a Deus. - Agradeço e solto o ar, que nem percebi que estava prendendo.

- Pelo menos ela recebeu uns bons tapas. - Sophia gargalha ao meu lado.

PLÁGIO É CRIME!