Meu Juiz

Bônus

Caio Mkaby

Sou taxado por muitos de amargurado, doente, frio e sem sentimentos, mas se cada um parar para pensar quase, eu disse quase todas essas pessoas julgadas por tais quesitos não são assim atoa.

Eu era um jovem normal, sempre com visão de futuro e em busca do meu felizes para sempre.

Se eu já amei alguém? Infelizmente sim, ou pelo menos eu acho, aquilo pode ser chamado de amor? Da minha parte talvez. E se for, tive uma amostra de amor totalmente fracassada.

Cinco anos atrás

Estou terminando de vestir meu terno e ajeita-lo em meu corpo animadamente, é o dia do meu casamento, meu coração salta no peito por tamanha ansiedade, vou me casar com a mulher da minha vida.

Conheci Marcela no segundo ano da faculdade e caramba, me apaixonei perdidamente de primeira, logo eu que nunca quis ou acreditei em um amor para vida toda, encontrei o meu tão rápido.

Termino de dar o nó da gravata grafite e percebo o pouco movimento de pessoas dentro de minha casa, grande parte já no caminho para igreja.

Checo algumas mensagens quando ouço alguns barulhos vindo do quarto ao lado e sigo rapidamente até lá, talvez algum funcionário que tenha esquecido algo, caminho até a porta e o barulho agora soa mais alto, toco a maçaneta e quando a destravo me deparo com uma cena nada legal para alguém que iria se casar em algumas horas, lá estava ela, a mulher que eu julgava como apenas minha com meu melhor amigo, juntos, na cama.

-Que porra é essa, Marcela? -Grito sentindo meus nervos tremerem.

- Me...meu amor, eu posso explicar. – Gagueja tentando cobrir seu corpo despido.

- Calma cara, não é o que você está pensando. – Diz o meu grande amigo que tem o corpo empurrado para trás quando lhe acerto um soco, o sangue escoa de seu nariz de imediato.

-Saiam daqui. – Mal enxergo minha frente por tamanho ódio.

- Se acalme, meu amor, vamos conversar e...- Marcela tenta caminhar até mim se enrolando no lençol e quase tropeçando no caminho.

- AGORA, CARALHO.

E ali os meus felizes se foi, para o sempre.

PLÁGIO É CRIME!!