Treze

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- Caio? Onde você está? Preciso que venha para casa, por favor, rápido.

- O que? Não, agora não dá, estou ocupado. – Respondo sem tirar os olhos de Lilian.

- Você está com aquela p...Eu me machuquei, está sangrando e doendo demais, por favor, eu.. – Sua voz agora é de dor.

- Chega, Anne. Eu já estou indo, caramba.

Chego em casa com a cabeça latejando e nervos tensos. Mal entro e um corpo se joga em mim.

- Anne? Você não estava machucada? – Afasto-a e analiso todo seu corpo, dos pés a cabeça, em busca de algum ferimento.

- Foi uma queda e..- Se explica e meu estresse parece querer triplicar.

- Você disse que estava com dor e sangrando, cadê o sangue? – Me enfureço e ela se encolhe.

- Caio, eu...

- Saia de perto de mim, por favor. – Saio, batendo a porta com força e discando o numero da minha doidinha. Eu preciso resolver isso, um mal entendido gigante.

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Horas, dias, semanas se passam e não consigo ter sequer o mínimo de contato com ela, e isso me faz decidir deixa-la em paz de uma vez, respeitar sua escolha.

Acabo de espirrar o líquido perfumado em mim e passo a mão no cabelo, ajeitando-o de forma levemente bagunçada. Estou descendo quando a assombração aparece.

- Ei, onde está indo? – Pergunta baixo, como um anjo.

- Sair, Anne. – Digo o óbvio.

- Disso eu sei...Posso ir junto? Prometo não ficar no seu pé, eu quero me divertir um pouco também. – Suspiro e nego com a cabeça.

- Estarei no carro.

Em questão de poucos minutos, graças ao pouco movimento, já estamos dentro do lugar, um novo barzinho/boate de um antigo conhecido.

Termino mais uma dose de tequila e sinto minha garganta queimar, pedindo outra em seguida.

O lugar está cada vez mais cheio, varro os olhos pela entrada, observando o grande movimento de pessoas e é quando a vejo, lá está ela, minha menina maluquinha, que parece sentir meu olhar pois me encara e sorrio, meu coração aperta quando seu olhar surpreso se transforma em um decepcionado por ver Anne, comigo.



 PLÁGIO É CRIME!

Meu JuizOnde histórias criam vida. Descubra agora