Capítulo 18 Você Faz Meu Coração Funcionar

4.8K 497 60
                                    

Sexta à noite e estou em casa, tive muita sorte em conseguir evitar e não encontrar uma vez sequer o Thomas, ele ainda me liga todos os dias e deixa inúmeras mensagens, não li nenhuma.
Estou na sala comendo brigadeiro quando vejo em meu celular o anúncio de um show, clico na página do evento que contém todas as informações, anoto a hora e lugar; a cidade em que vai acontecer o evento não é muito longe daqui, no máximo quinze minutos. Resolvo ir.

Sam, vai ter um show em uma cidade à quinze minutos daqui. Vamos?

Como ela não responde de imediato vou para o banheiro começar a me arrumar, tomo meu banho e depois faço todo o ritual de hidratação, pego meu celular e vejo que há uma resposta de Sam.

Não vai dar, o Rafa está aqui em casa. Você pode vir para cá, aí a gente aproveita e pede pizza.

Não. Quero ir ao show mesmo, obrigada pelo convite.

Você vai só?

E qual o problema?

Só não bebe, ok?

Ok.

Visto um short jeans preto e uma regata cinza, jogo um casaco verde musgo por cima e calço meus coturnos, volto para o banheiro onde acabo de me arrumar. Pego minha bolsa, as chaves do carro e tranco o apartamento quando saio.

Vou cantando as músicas que toca na rádio enquanto dirijo. Entro na cidade e ligo o gps , insiro o endereço, após dez minutos estaciono o carro antes da praça para evitar multidão e bagunça na hora da saída. Caminho sem pressa e atravesso a praça que está bastante movimentada, entro em uma rua e depois que dobro uma esquina chego ao local. Compro o ingresso na porta e entro, a música está alta e o local lotado, pessoas dançam, bebem, pulam e se beijam. Vou caminhando até encontrar uma tenda que está vendendo bebida, compro uma cerveja e em menos de dez minutos já terminei, então compro outra.
O show não está nem na metade ainda e já bebi sete cervejas e três doses, me misturo na multidão e começo a dançar no ritmo da música, estou um pouco desorientada e tonta. Alguém puxa meu cotovelo com força e quando minha vista se firma reconheço Diogo.

-Olá moça bonita.-Ele grita em meu ouvido tentando superar a música. Puxo meu braço mas ele não solta.-Pera aí, acabei de te achar.

-Que pena porque eu já estou indo embora.-Falo mas acho que minhas palavras estão emboladas.

-Então deixa que eu te acompanho.-Diogo me dá um sorriso que não gosto nem um pouco.

-Não, muito obrigada.

-Vai se fazer de difícil?

-Me solta.-Tento firmar mais a voz.

-Vem cá Ingrid.-Diogo me puxa mais para si e começa a beijar meu pescoço. O desespero toma conta então dou uma joelhada na sua parte íntima fazendo com que ele me soltasse e ajoelhasse no chão.

Acho que ele me xinga mas tudo está girando e piscando rápido demais. Saio o mais depressa possível do lugar e tento fazer o mesmo percurso que fiz para chegar aqui. Ao dobrar a esquina ando depressa pela rua, tem um pequeno grupo no meio dela, eles estão rindo e conversando a toda altura. Tento andar o mais reto possível, mais na frente passo por uma garota que está agachada na calçada vomitando, a outra que está com ela, segura seu cabelo. Acabo de atravessar a rua e acho a praça- Graças à Deus- mas sinto a tontura piorar e resolvo me sentar em um banco. Não lembro onde estacionei meu carro-droga!-Mesmo se eu lembrasse não estou na mínima condição de dirigir. Estou sozinha em um lugar que não conheço e ainda por cima bêbada. Começo a chorar e ligo para Sam que atende no primeiro toque.

A Proposta Onde histórias criam vida. Descubra agora