Capítulo 14 Gaivotas

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Acordo e vejo a luz do sol entrar pela janela, me viro e vejo que Thomas já se levantou. Pego meu celular e percebo que já passa das oito da manhã, me levanto e vou para o banheiro me arrumar, visto uma jardineira que trouxe e por baixo coloco um blusa verde e calço uma sapatilha. Dobro os lençóis e arrumo a cama, em seguida saio para o corredor e desço as escadas, quando estou nos últimos degraus ouço Anne falar:

-Você já contou para Ingrid sobre ele?

-Ainda não mãe, quero esperar um pouco mais.

Faço um barulho na escada para avisar que estou descendo, entro na sala de jantar e os vejo tomando café, os dois me avistam e abrem um sorriso. Fico pensando sobre quem eles estavam conversando. Me sento à mesa e sorrio para eles.

-Dormiu bem querida?-Anne me pergunta segurando sua xícara de chá com ambas as mãos.

-Dormi.-Sorrio e pego um pedaço da torta de maçã, dou uma garfada e mesmo que seja de ontem o sabor e a crocancia continuam os mesmos.

-Que maravilha! Bom, fiquem à vontade, vou subir para poder me trocar.-Ela coloca a xícara no pires e sai, Kok a segue balançando seu rabinho.

-Você devia pentear seu cabelo, sabia?-Pergunto com tom atrevido para Thomas. Ele está iluminado por causa da luz que emana atrás de si, seus cabelos castanhos estão todos amontoados e despontam para todos os lados.

-Você feriu meus sentimentos Ingrid. Achei que esse look despojado iria te agradar.-Ele diz jogando seus cabelos para o lado como um modelo.-Pensei em darmos um volta pela cidade, o que acha?

-Acho legal.-Sorrio e levo outra garfada da torta direto para minha boca.

-Ótimo, só vou me trocar.-Thomas se levanta e fica atrás de mim.-Estou pensando seriamente em usar esse penteado super estiloso.-Sussurra em minha orelha e me beija na bochecha. Começo a rir e ele sai.

Continuo meu café observando os pássaros cantarem lá fora, quando termino recolho as louças e as levo para a pia, onde lavo.

-Vamos?-Me viro acabando de enxugar minhas mãos no pano de prato e vejo Thomas encostado no batente da porta. Confirmo com a cabeça guardando o pano.

Sigo até onde ele está e deposito um leve beijo em seus lábios, esse gesto o faz sorrir. Ele pega minha mão e me guia até a porta por onde saímos. O dia está ensolarado e um pouco quente, entramos no carro e deixamos as janelas abertas, o vento faz meu cabelo se agitar. Thomas dá voltas pela cidade e percebo que ela é tranquila e com poucos habitantes, vejo crianças brincando em seus quintais, mais a frente sorrio ao avistar um casal de velhinhos na praça de mãos dadas. Após um tempo Thomas estaciona o carro em frente ao que parece ser um parque, então descemos. Ele segura minha mão e caminhamos juntos pela calçada até atravessar os portões, seguimos pelo calçamento de pedra do jardim. O lugar é lindo e está movimentado, famílias estão sentadas embaixo das árvores, com seus piqueniques montados. As crianças correm soltas umas atrás das outras e os cachorros acompanham. Continuamos andando até sentarmos em um banco sob uma árvore. Observo todo o jardim, as árvores com suas cores alaranjadas iluminam ainda mais o céu e a grama verde está por toda parte.

-Meu pai me trazia aqui quando eu era pequeno.-Thomas passou o braço por meu ombro e me puxou para perto.-Ficávamos brincando de bola até o sol se pôr e antes de irmos embora ele comprava um sorvete de casquinha para mim.

-E sua irmã? Porque nunca me falou dela?

-Mina mãe já te contou ein?! Devia ter previsto.-Ele está sorrindo.-Bom, eu nunca falei dela porquê não surgiu oportunidade, me desculpe.

-Tudo bem.-Encosto minha cabeça em seu ombro.-Ela vinha com vocês?

-Às vezes, ela prefiria ficar em casa fazendo doces com nossa mãe. Você vai adorar conhecer ela. Minha mãe já te convidou para o natal?

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