Me espreguiço ainda na cama, pego meu celular que tem uma mensagem nova.
Como não gostar de você? Essa é uma pergunta de difícil resposta.
Thomas. Sorrio.
Depois que me arrumo pego as chaves do carro e saio. Paro na frente de uma cafeteria e entro, peço um suco de laranja e um bolinho de blueberry, assim que pago me sento em uma mesa. Atualizo meu e-mail e navego em alguns sites enquanto como.
Vou para casa ouvindo as músicas que tocam na rádio e penso nas coisas que tem me acontecido ultimamente. Entro no saguão do prédio e vou pegar minhas correspondências, chamo o elavador e percebo que Dona Olivia se aproxima. Ela é uma viúva aposentada que mora dois andares abaixo do meu e tem três cachorros.- Bom dia Dona Olivia.
- Bom dia querida.-Ela sorri para mim.-Como vai?
-Bem, e a senhora?
-Muito bem.-Entramos no elevador. Aperto o andar dela e o meu.-Aquele homem que veio buscar você ontem é bem bonito.-Apenas concordo com a cabeça, tenho certeza que minhas bochechas ficaram vermelhas.-Não sabia que namorava.
-Não namoro, somos apenas amigos.
-Hum...ah, sim.Bom, mas para todos os casos ele parece ser um ótimo rapaz.-As portas se abrem.-Tchauzinho.
- Tchau Dona Olivia.
Tranco a porta do meu apartamento após entrar e olho para as correspondências e vejo uma carta, abro-a.
Brasil.
Calor e alegria é o que define este país. Seu avô e eu resolvemos vir para cá depois de passar duas semanas no Canadá. Neste momento estou sentada na escrivaninha do hotel vendo o mar e suas ondas.
Como estou com saudade de você minha querida! Imagino que já tenha começado a faculdade, espero que esteja feliz com a profissão que escolheu.
Depois daqui vamos visitar mais cinco lugares, mas planejo passar o natal aí com vocês.Mil beijos de quem te ama muito,
Vovó Sellie.P.s:Ouça seu coração e quando for a hora certa você saberá.
Acabo de ler a carta e pego o cartão postal que estava dentro do envelope, é do Cristo Redentor. Guardo a carta e o postal em uma caixinha na estante junto com as outras e reflito as últimas palavras que minha avó escreveu.
Pego um livro e me acomodo no sofá, uma chuva fraca começa a cair. Depois de ler metade do livro vou para a cozinha preparar algo para comer, faço um bife com purê e salada.
Estou assistindo um filme que passa na tevê quando a chuva engrossa, depois que ele acaba sigo para o banho. Estou me arrando para dormir quando ouço o interfone tocar, atendo no terceiro toque.
- Srt.Ingrid?- É Philipe.
- Oi.
- Tem um rapaz aqui na portaria querendo falar com você, se chama Simon, posso deixar subir?-Meu coração congela.
- Não, não pode.E pede por favor para ele ir embora.
- Como quiser, boa noite.
- Boa noite.
Deito-me um pouco pertubada com a questão do Simon aparecer aqui, já é a segunda vez que ele tenta falar comigo. Demoro um pouco a pegar no sono.
A chuva cai durante o domingo e eu resolvo ficar em casa estudando, de noite assisto um filme e peço pizza.
*
Estou na sala de aula mexendo no celular quando Sam se aproxima e senta na cadeira ao lado. Ela me conta todos os detalhes do casamento e como foi maravilhoso, começa a idealizar o seu com Rafa mas o professor entra na sala e interrompe na hora que ela ia escolher o lugar.
Depois de três aulas seguidas peço um café forte na lanchonete e me sento na mesa de costume, estou distraída com meu livro quando Sam se senta na minha frente. Ela pega meu café e eu protesto, depois disso ficamos caladas, eu leio meu livro e ela mexe em seu celular.
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A Proposta
RomanceApós uma decepção amorosa e um acontecimento marcante, Ingrid agora está focada em seus estudos e na carreira. Com o coração ainda machucado e sem conseguir confiar em ninguém, o seu foco é fugir de qualquer envolvimento que se possa parecer com mai...