Capítulo 24 Neve

4.9K 461 32
                                    

-E aí, como foi ontem?-Sam me pergunta quando nos sentamos. A janela da sala de aula mostra pequenos flocos de neve caindo.

-O Max é simplesmente extraordinário Sam!-Falo sorrindo.-Ele é muito esperto para uma criança de três anos. Estou apaixonada pelas bochechas dele.

-Quero conhecê-lo.-Sam começa com sua empolgação.-Ele gostou de você?

-Acho que sim.-Dou de ombros.-Bom, ele sorriu para mim o tempo todo e foi muito educado, então creio que sim.

-Que fofo. O Max se parece com o Thomas?

-O Max é a cara do Thomas!-Antes era só Sam empolgada, agora estamos as duas super empolgadas.-O cabelo, os olhos, o nariz pequenininho.

-Eu preciso conhecê-lo!-Sam fala e aponta o dedo para mim.

-Ok!-Faço sinal de rendição com as mãos.-Você vai conhecê-lo.

Ficamos conversando sobre Max e sobre os futuros filhos de Sam, ela se aventura em escolher os nomes e fica imaginando como eles vão nascer. Eu apenas escuto com uma pequena tristeza em meu coração, até que ela se dá conta.

-Desculpa Ingrid.-Ela fala tristemente e aperta minha mão.

-Tudo bem. Agora eu tenho o Max.-Sorrio.-E somos uma família agora. Além de tudo, eu poderei adotar.

-Verdade!-Sam volta a sorrir. Em seguida o professor entra e começa sua aula.

Os dias vão se passando, cada vez mais eu e Max ficamos próximos e cada vez mais eu me apego a ele, é impossível não gostar de uma criaturinha como Max.
O natal se aproxima e como ganhei alguns dias de folga do hospital aproveito para poder enfeitar o apartamento, desde pequena sou fanática com o natal, pisca-pisca, enfeites. Comprei uma árvore mediana e coloquei na sala enchendo com tudo o que tem direito, na porta coloquei uma guirlanda e na cozinha coloquei alguns forros com o tema.

Estou acabando de me vestir quando a campainha toca, vou atender. Quando abro a porta vejo Thomas e ao seu lado segurando um dinossauro amarelo, Max, que abre um sorriso gigante para mim. Ele ergue os braços e eu o pego.

-Oi pequeno.-Dou um beijo em sua cabeça, ele a apoia em meu ombro.-Oi amor.-Thomas se inclina e me dá um beijo.

-Oi.-Ele sorri meio sem graça.-Então...eu queria te pedir um favor, se não for incomodar.

-Claro, pode falar.

-A babá do Max não pode olhar ele hoje, eu tenho duas audiências e não tem ninguém para olhar ele para mim, tem como você ficar com o Max?

-Claro Thomas, não precisava nem pedir.

-Muito obrigado amor.-Thomas estende uma pequena mochila para mim e eu apego.-Eu tenho que ir.-Ele me dá um beijo de despedida e beija a cabeça de Max.-Comporte-se, viu Max?-Max apenas confirma com a cabeça. Thomas acena para nós e entra no elevador.

-E o que você quer fazer Max?-Pergunto ao garotinho que ainda está em meu colo.

-Assistir desenho.-Ele fala com a voz manhosa.

-Tudo bem então.-Falo e vou para a sala.

-Uma árvore!-Max dá impulso e o coloco no chão, ele corre até a árvore enfeitada e a observa admirado.-Você tem uma árvore!
-Claro que tenho! Já é quase natal, temos que ter uma árvore para o papai Noel passar e deixar os presentes.-Digo me juntando ao seu lado.

-Meu papai não comprou uma árvore.-Max diz tristonho e olha para mim.-Ele nunca compra.

-Por que, você sabe?-Pergunto me agachando para ficar da sua altura.

A Proposta Onde histórias criam vida. Descubra agora