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Point of View Katherine Williams

1 mês depois.

Era incrível como o mundo do crime era igual ao que víamos em filmes: guerra pelo tráfico, chacinas, torturas. Tudo o que eu sempre temi havia começado a fazer parte da minha vida.
Durante essas 4 semanas, eu tive um rigoroso treinamento de como mentir, como manusear uma arma, como fazer alianças, usar todas as armas de uma mulher para ter um homem em suas mãos.
Daniel não havia entrado a fundo no assunto de facções inimigas, disse que era para não me assustar logo no começo.
Era assustador e ao mesmo tempo excitante estar no topo da máfia americana.
A única coisa que meu melhor amigo havia dito, era que eu devia, neste momento, me preocupar em apenas destruir todas as alianças de uma gangue chamada Thugz Dadz, que comandava todo o Canadá, e foram os maiores inimigos de meus pais.
Coloquei uma calça flare branca com sequências tribais pretas, calcei um salto Pump preto e um cropped amarelo com decote V profundo; finalizei com um rímel e delineador para os olhos e um batom vermelho escuro para os lábios; coloquei um colar e deixei meu cabelo solto, fazendo cachos longos em suas pontas.

Flashback on

Eu não acredito que você vai me ensinar como seduzir um homem! - Ri debochado. Eu estava exausta e era só minha primeira semana de treinamento.
— Não é "qualquer homem" - Riu debochado, fazendo aspas com os dedos. - Ou é um homem que pode te ajudar na sua vingança, ou que pode te deixar mais rica. Um belo par de seios deixa qualquer homem louco! - Daniel fez gestos com as mãos, como se estivesse apertando um par de peitos.

— Certo, então qual seria a primeira dica?
—Sempre use decote quando for fazer alguma aliança ou atrair um inimigo. Ele ficará vidrado em seu decote e assinará até sua sentença de morte, se você desejar.
— Entendi. - Disse me aproximando dele e colocando minhas mãos ao redor de seu pescoço. - Mas será que eu posso mostrar ao meu amigo o que tem por debaixo do decote? - Entrelacei minhas pernas em sua cintura, sentindo sua ereção em contato com minha intimidade e uma de suas mãos apertando minha bunda com força, enquanto a outra me puxava pela nuca para um beijo feroz e cheio de desejo.

Flashback off

Eu amava minha amizade colorida com Daniel, assim como o amava.
Nunca fui de confiar em ninguém, meus pais sempre me ensinaram que o mundo é uma grande montanha russa e quando você menos esperar, seu colega de carinho te empurra do topo, fazendo você cair em alta velocidade.
Mas com Anne e Daniel era diferente, eu os conhecia desde criança e meus pais os amavam.
Terminei de colocar meus acessórios, logo, desci as escadas e fui até o meu Audi, indo ao caro restaurante.
Dei minha chave para o manobrista e me dirigi à recepção, dando meu nome para o funcionário, que disse que o Sr. Garnell já estava a minha espera.
Peter Garnell é um homem que beirava seus 40 anos, com cabelos loiros, olhos azuis e tatuagens por todo seu corpo. Ele era uma tentação, pena que trabalhava para o inimigo, bem, até a noite de hoje.
Cumprimeitei-o e logo me sentei, com ele olhando descaradamente para meu decote.
Daniel, afinal, tinha razão ao me dar todas as dicas de como ter um homem em minhas mãos.
Comemos em silêncio. Eu estava em alerta, conseguia perceber o quão nervoso ele estava.
Peguei um contrato e os termos de sigilo, entregando a ele junto de uma caneta.

— Espero que tenha feito uma boa escolha, espero que tenha vindo para o lado que, obviamente, ganhará no final. - Sorri forçado.

Meus olhos se arregalaram quando vi, um por um, dos meus seguranças caírem no chão, mortos.

— E eu espero que você tenha sido esperta o suficiente para trazer uma arma consigo. - Peter sorriu, jogando minha bolsa - onde estava meu revolver para longe

O restaurante começou a pegar fogo e as pessoas corriam para fora desesperadas. Só lembro de ver Peter assentindo para alguém, e quando fui me virar, senti uma forte dor em minha cabeça e depois tudo ficou preto.

Point of View Justin Bieber

Repassei o plano mais duas vezes só pra ter certeza que todos sabiam. Reuni 50 homens, fora os de minha equipe pessoal para conter todas as pessoas do restaurante, colocar fogo no local, matar todos os seguranças com um silenciador e pegar Katherine.

Camuflados pela escuridão da noite e por nossas roupas pretas, dirigimos até o restaurante que ficava no centro de Atlanta e era bem visado. Deitamos de barriga para baixo perto de algumas moitas e atiramos em cada um dos seguranças de Katherine, que estavam ao redor do restaurante, com um silenciador.

— Katherine já percebeu que há algo de errado, fiquem alertas. Ela está próxima a janela, junto com Peter, que acabou de empurrar sua bolsa, onde provavelmente estava sua arma. Hora de atacar, meus amigos.

Danielle havia ficado na mansão, onde havia entrado na central de câmeras do restaurante e nos daria as coordenadas por lá.

— Chaz, dê a volta no restaurante e comece o fogo pela cozinha, faça ele se alastrar rapidamente.

Chaz foi, enquanto Chris e Ryan retiravam, com alguma desculpa, as pessoas mais próximas à cozinha. Podíamos ser traficantes, mas não matávamos a toa.
Quando começou a gritaria eu soube que era a minha deixa. Quebrei o vidro que me separava de Katherine e ouvi um gritinho assustado da mesma por estar desarmada. Mexi os lábios, sussurrando um "trabalho feito" para Peter e o mesmo assentiu. Antes que Katherine pudesse se virar, dei uma coronhada em sua cabeça, fazendo a mesma cair mole em meus braços. A carreguei até meu carro e a coloquei, adormecida, no banco de trás. A essa altura, os garotos já deveriam estar voltando.
Me dirigi para Peter, que estava encostado em uma árvore, do outro lado da rua.

— Bom trabalho, seu carregamento especial chega essa noite, esteja na interestadual, sem atrasos. - Dei para ele um papel com uma senha para identificação.
— Obrigado, Bieber. É muito bom fazer negócios com você.

Fazer a cabeça de meus aliados era fácil, nada como atrair minha inimiga, que estava a procura de alianças, para um grande aliado, que jamais recusaria um grande carregamento de cocaína.

Comecei a dirigir em alta velocidade, retornando a mansão. Quando cheguei, mandei levarem Katherine para o sótão e a trancarem com apenas água. Tudo o que eu mais queria agora era dormir. Deitei na cama e logo apaguei.

Horas depois...

Acordei, olhei meu relógio de cabeceira e já eram 14:00hrs. da tarde,  tomei um longo banho e desci, logo, almoçando e indo até o sótão encarando Katherine acordada e me olhava com raiva. Quando ela veio pra cima de mim, agarrei seus braços e a prensei contra a parede, ficando a centímetros de seu rosto.

— O jogo só está começando, gatinha.

***

Olá, amores! Desculpe a demora, mas eu estava fazendo uma mudança das personagens e também vim avisar a vocês que não existe mais a co-autoria, ou seja, apenas eu, Paula, escrevo agora. Os capítulos, provavelmente sairão ao domingos! Até o próximo.

Fate or Chance [J.B.]Onde histórias criam vida. Descubra agora