Fate or Chance [J.B.]

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Point of View Justin Bieber

Pensava que ela não se entregaria tão fácil. Ela é a dona de grande parte da máfia americana e Daniel seu melhor amigo. Ela havia se entregado por um mero jogo de prazer.
Optei por deixá-la livre pela mansão, só não poderia entrar em meu escritório, claro; ela poderia saber de todos os meus esquemas e delatar tudo para Daniel. Todos os seguranças estavam avisados que ela jamais, sob circunstância alguma, poderia sair daquela casa, a menos que eu esteja a acompanhando.
Estava jogado no sofá da sala, esperando pelos meninos quando ela desceu, vestindo um shortinho curto da Adidas, que aparecia metade da polpa de sua bunda, me deliciando com aquela visão, e um cropped branco liso. Se jogou ao meu lado e perguntou:

— Você era o menino do bar?
— No The Rick's? Sim. - Respondi, simples.
— Eu não me lembro muito bem daquele dia, apenas alguns borrões, por isso não lembrei de você logo de cara.
— Sua mente jamais apagaria um rosto tão irresistível quanto o meu, gatinha. Estou no seus piores pesadelos, basta procurar. - Dei uma piscadela para a mesma que riu alto.
— Você se garante tanto, não é mesmo? Mas nem é tudo isso.
— Você aceitou apunhalar seu próprio melhor amigo pelas costas com alguns simples toques de dedo. Eu sou incrível.

Ela nem teve tempo para responder, os meninos chegaram, fazendo a maior bagunça.

— Fala aí, Drew! - Ryan e todos os outros me cumprimentaram.
— Tá comendo até as inimigas agora, Bieber? Não sabia que seu estoque de putas havia acabado.- Danielle, como sempre, alfinetou.
— Como é que é? Escuta aqui, meu amor, eu não sou sua amiguinha pra tu me chamar assim, a não ser que queira uma bala enterrada no meio da tua testa! - Katherine levantou e fez uma arminha com as mãos, fingindo dispará-la em direção à testa de Danielle.
Isso era o resultado de duas mulheres fortes, empoderadas e inimigas estarem na mesma casa.
— Ow, ow, ow, ela é bravinha mesmo! - Chris caçoou, fazendo Katherine bufar.
— Enfim, Bieber, estamos aqui para discutir o assunto da semana passada, então, escritório agora. - Chaz ordenou à todos.

Coloquei um segurança na porta do escritório, caso Katherine resolvesse escutar e me joguei em minha cadeira. Retirei da gaveta alguns itens necessários e enrolei a maconha no papel de seda, logo, os meninos fizeram também, tragando em seguida. O espaço se encheu do odor da maconha, logo eu estava calmo e Danielle reclamava do cheiro, abrindo as janelas. Ela era a única que nunca havia colocado uma grama de nenhuma droga ilegal no corpo, seu irmão havia morrido de overdose, ela tinha pavor a tudo isso.

— E Então? - Resolvi ir logo ao assunto.
— Caitlin ligou para mim hoje, ela disse que Daniel a acusou de traição e acabou sua aliança com ela, sem mais nem menos. - Chris falava rápido. O assunto Caitlin era algo delicado para ele. Ele amava sua irmã, assim como amava a máfia.
— Não podemos aceitá-la, não tão rápido. Ela sempre foi apaixonada pelo Daniel. Pode ser só mais um plano pra tirar Katherine da casa. - Ryan acusou. Ele sempre esteve certo, mas Caitlin não seria capaz disso, ou seria?
— Temos que chantagea-la, só assim, só tirando algo de precioso dela, para que ela não queira nos dar um golpe. - Danielle, claramente, era o cérebro desse grupo.
— Eu não vou deixar vocês fazerem isso com a minha irmã! - Chris elevou seu tom de voz. Por mais que a maconha o deixasse calmo, anestesiado, família é família.
— Ou é isso, ou ela derruba a gente, você decide, Bieber. - Dani se jogou no sofá, cruzando as pernas.
— Podemos oferecer uma grande carga de Purple-X para ela, não seria problema pra nós, a droga é nova e tem um ótimo desempenho, já ganhamos milhões só com ela. Alguns quilos não fariam falta. - Idealizei.

Purple-X era uma droga nova, ainda em fase de teste por nossos fornecedores, uma droga que vinha da Ásia, mas até então tinha um baixo custo de compra por ser nova, mas claro, vendíamos pelo triplo do preço. Suas pequenas quantidades deixam a pessoa calma e anestesiada, semelhante à maconha, mas grandes quantidades podem matar de forma silenciosa.