Capítulo 1 - The New Beginning.

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Primeiro de tudo: A altura das meninas estão longe de serem as reais. Essa fic é de vôlei, então óbvio que elas terão altura de atletas profissionais de vôlei do país em questão.

Segundo: Nesse primeiro não usei tanto, mas eu irei usar alguns termos técnicos do esporte. Quem não conseguir entender, é só perguntar que eu explico. Geralmente eu falo e acabo explicando na história mesmo.

Terceiro: Digam se gostaram para saber se eu continuo ou não. Caso contrário, desistirei da fic hahahahah.

Só isso... Boa leitura! ^^

x.x.x.x.x.x.x.x.

Camila's pov

Você já teve a necessidade de se sentir no limite? Se esgotar ao máximo só para ter a certeza que chegara no final, que nada existe depois daquela linha?

Eu vivo com esse pensamento enraizado na minha mente desde os meus 5 anos de idade, quando eu errava qualquer atividade que meu pai mandava eu fazer. Ele dizia que eu errava por não ter me esforçado o suficiente, mesmo quando meu corpo implorava por descanso. Ele me condicionou a sempre atingir o limite em tudo que eu era colocada para executar. Posso abrir a boca para reclamar que meu pai era abusivo, mas eu não tenho certeza que seja algo que eu queira reclamar, não mais.

Consequentemente eu aprendi a me acostumar com o limite, eu vivia a todo instante naquela linha final. A constante cobrança do meu pai para que eu me esgotasse fisicamente e mentalmente já se tornava um tipo de música. Aquela música que por mais que não gostamos, sempre volta para a nossa cabeça nos momentos mais inusitados. Então eu canto. Eu repito várias vezes o mesmo sermão que me acostumei a ouvir desde pequena.

Posso afirmar que desenvolvi sequelas dessa educação rígida e militar. Me tornei uma pessoa extremamente arrogante e perfeccionista. Eu não conseguia admitir um erro sequer cometido por mim, muito menos por outra pessoa. E se esse erro me prejudicasse de alguma forma, eu faria aquela pessoa entender a sua fraqueza, eu mostraria o quão incapaz essa pessoa era.

O erro não é permitido.

Alejandro Cabello, meu pai, CEO da empresa de produtos esportivos Greenway Sports, se considera uma pessoa vencedora. Deu início à uma pequena empresa e transformou em um grande império. Não é de se espantar que ele seja dessa forma, obcecado pela vitória. Meu pai uma vez me disse que "um Cabello de verdade já nasce ganhando. Perder durante a vida, é algo inaceitável". Eu não tinha o que fazer além de baixar a cabeça e assentir. Ele era meu pai, saberia o que era melhor para mim, uma criança sem experiência na vida. Bom, pelo menos era isso que eu pensava na época em que minha preocupação deveria ser apenas brincar, não me esforçar para ser a melhor em qualquer coisa que meu pai decidisse que eu faria.

Cresci ao lado do meu irmão gêmeo, Jacob. Ele não recebia metade das exigências e reclamações que o Sr. Alejandro me dava. Jacob realmente tinha nascido um vencedor, ele era um gênio. Nosso pai o colocou em diversos cursos avançados assim que percebeu a aptidão para o conhecimento que meu irmão tinha. Jacob não precisava se esforçar, quando tudo para ele era fácil demais. Nem nosso pai conseguia achar o limite para o meu irmão, o que tornou a vida dele mais fácil que a minha. Ele não tinha culpa das coisas serem como são, mas mesmo assim eu o odiava por ter nascido perfeito aos olhos de Alejandro.

Minha mãe, Sinuhe Cabello, sempre burlava as regras do meu pai para me dar o mínimo de carinho possível. Ela nunca concordou com a educação que eu recebia, porém ela era apenas uma mulher, vivendo em um relacionamento em âmbito machista, não tinha voz. Diferente dele, minha mãe fazia questão de exaltar todas as minhas qualidades e conquistas. Sinu nunca escondeu o orgulho que sentia não só por mim, mas o meu irmão também. Com apenas um olhar, ela reconhecia quando eu havia chegado ao limite. Sempre com um semblante triste e preocupado, temendo que eu surtasse.

2Toques [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora