Capítulo 15 - Our first time.

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Voltei!!!

Quero dizer que vocês são os leitores mais fofos desse site, pqp. É cada mensagem de apoio e elogios que eu recebo, sério mesmo, eu tenho muita sorte. Eu sempre leio todos os comentários, morro de rir com vocês.

Eu estou que nem uma louca sem tempo de viver, eu até falei para quem veio atrás de saber do meu sumiço. Eu to trabalhando agora, tudo para conseguir ir ao show da Camila hahaha e minhas aulas começaram também, daí to só viva. 

Consegui finalmente finalizar esse capítulo e espero que se divirtam com ele. Nem acredito que já estou no capítulo 15, parece que comecei a escrever essa fic ontem... Enfim, amo todos vocês e muito obrigada por todo o carinho que venho recebendo.

Boa leitura! ^^

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 Imagine estar às 11:30 da manhã em uma sala de aula, assistindo um professor baixinho, careca, gorducho e com um péssimo senso de moda, tentando explicar a realidade do privilégio em uma faculdade particular nos Estados Unidos. O que ele esperava obter com isso, era um mistério para mim. Afinal, eu era o exemplo perfeito de privilégio - mesmo não sendo uma cidadã norte-americana branca - e por isso sabia que não nos víamos como privilegiados na maior parte do tempo, talvez só quando realmente nos dávamos o trabalho de refletir.

Entretanto, confesso estar pela primeira vez intrigada com a aula, curiosa por saber o ponto de vista dos meus colegas de turma. Estes eram formados em sua grande maioria por brancos, depois latinos, seguidos de negros e outras etnias em sua minoria. Era uma amostra interessante, por assim dizer.

- Então, depois de tudo o que eu falei aqui, gostaria de perguntá-los. - Deu as costas para a turma e escreveu "mérito x privilégio" no quadro. - Vocês acham que são privilegiados? Ou acreditam que todas suas conquistas foram por mérito?

Aí está uma ótima pergunta. Aonde exatamente fica o limite entre privilégio e mérito? Um anula o outro? Os dois coexistem? Eu não tinha tanta certeza disso.

Observei uma mão levantar. O Sr. Medina deu permissão para que prosseguisse.

- Acredito que estou aqui por mérito. Estudei, consegui boas notas e entrei para a Universidade de Miami. Foi tudo fruto do meu esforço. - Um garoto disse em bom tom, orgulhoso de sua fala.

- Alguém discorda dessa visão? - Sr. Medina voltou a perguntar. Muitos murmuraram que concordavam, nenhuma contestação. - Srta. Cabello, qual sua opinião a respeito disso? Está muito calada.

Ah, esqueci de contar. Digamos que meu professor de Economia tinha certa admiração pelo meu pai, usa ele como modelo em muitas de suas aulas. Como se não bastasse eu ter que lidar com ele em minha vida, eu também tinha que lidar com ele em sala de aula.

Agora toda a atenção estava em mim. Inacreditável.

- Minha opinião... - Ele acenou, encorajando-me a continuar. - Seria inocência minha acreditar que meus privilégios não influenciaram onde estou agora. Para começar, meritocracia não existe. Vocês se enganam ao acharem que a diferença de vocês estarem aqui para alguém que está lá fora, se resuma puramente em esforço.

- Claro, vindo de alguém que é milionária pode até ser verdade. A maioria de nós não nada em dinheiro, não somos herdeiros de um dos maiores empresários do país. - O mesmo garoto de antes rebateu. Idiota.

Resolvi ignorar seu comentário. Pediram minha opinião e eu dei, fim de papo.

- Aprofunde-se em seu argumento, Cabello. - O maldito professor pediu.

2Toques [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora