Capítulo 12 - Party, travel and New York (Parte I).

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Voltei!!!!

Eu terminei esse capítulo ontem, mas preferi manter a tradição de publicar no sábado ou domingo. Então aqui está!

Escrevi muito e fiquei com preguiça de revisar. Basicamente li por cima, mas depois eu olho e ajeito se encontrar qualquer erro. Foram mais de 9k palavras, divirtam-se!

Boa leitura! ^^

x.x.x.x.x.x.

A imagem que eu via refletida no espelho mostrava uma Camila diferente. Eu não era mais a garota das olheiras constantes, expressão abatida, que carregava o rancor por tudo que havia acontecido em sua vida até aquele momento. A Camila de agora conseguia dormir, era mais confiante, se permitia sorrir com mais frequência e, o principal, permitia ser amada e amar de volta. Estava cercada de pessoas incríveis, que mesmo nos piores momentos continuavam ao meu lado, não iam embora nem quando eu as mandava ir.

Não posso nem começar a explicar o quanto isso é reconfortante, ter pessoas ao seu lado que se importam com você e fazem qualquer coisa para te ver bem. Tudo o que eu queria era ser merecedora delas, e eu estava me esforçando muito para isso, mesmo que muitas vezes eu ainda metesse os pés pelas mãos. Ainda não havia aprendido a controlar minha impulsividade e o maldito estresse ludibriava minha razão, mas aos poucos eu chegava aonde queria.

Hoje, por exemplo, ao olhar-me no espelho para dar os toques finais em minha maquiagem, lembrava-me que o dia foi bem difícil para mim. Sabe aqueles dias que você tem vontade de jogar tudo para o alto, pois a sua mente está enevoada com uma quantidade absurda de pensamentos negativos? Não me refiro a atentar contra a própria vida, é mais como uma rebelião em protesto ao seu estado caótico.

Eu sei que provavelmente deveria estar acostumada, o caos faz parte de mim, mas hoje foi diferente. Na verdade, hoje está sendo diferente. Minha mente continua reproduzindo que este é meu último dia em Miami, que amanhã eu vou voltar para a cidade que nunca dorme, o que combina perfeitamente comigo, pois é isso que eu faço quando estou lá, nunca durmo. E só para piorar a situação, a imagem autoritária do meu pai também é reproduzida junto com os fatos, então me vem as memórias de uma vida que eu rejeito e o caos está formado.

Por esse motivo não me culpo por ter desejado meus mágicos comprimidos durante o decorrer do dia, aqueles que neutralizam todo e qualquer tumulto dentro de mim. O grande problema deles, é que sugam minha vida, me tiram a capacidade de pensar e transformam-me em apenas um corpo, não mais um ser pensante e com controle de si mesmo. Por mais que a vontade fosse grande, eu sabia que isso poderia me custar a única coisa que me deixava em estado pleno, e tornar-me incapaz de jogar vôlei seria minha ruína.

Ainda bem que eu não os tinha mais em mãos.

Dei uma última olhada em todo o meu reflexo no espelho, admirando a minha imagem com certa satisfação. Ouvi batidas na porta, passei a mão na minha roupa para deixar tudo no lugar e pedi para que entrassem. A pessoa acabou revelando ser Lucy, já completamente arrumada e deslumbrante. Minhas amigas eram um verdadeiro pecado para a humanidade, lindas de tirar o fôlego.

2Toques [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora