Violet andava já a dois dias entre a floresta junto a Tyresse, Lizzie, Mika e Carol, a última acabaram esbarrando nela e a loira pôde perceber a tensão que ficou entre os dois adultos, Tyresse e Carol. Não sabia o motivo e estava curiosa, mas dado o momento e local que estavam decidiu não causar nenhum conflito.
— Pega um pouco.
Tyresse oferece para Violet uma garrafa de água, ela acaba bebendo um pouco para passar a sensação de arranhado na garganta, estava morrendo de sede mas teria que racionar por conta das meninas mais novas.
Violet não tirava sua mente em cima do seu grupo, queria saber se todos conseguiram escapar bem e a salvo, se estavam vivos... sua consciência a todo momento querendo voltar para a prisão e ir atrás deles. De Carl.
Aúltima vez que viu o menino tinha sido a três dias atrás antes do ataque e depois não mais, soube por Beth que ele andava ocupado.
Hershel... a dor ainda estava grande no peito de Violet. Mais um nome.
— Vamos parar um pouco.
Tyresse finalmente fala e eles se estabelecem sentando no chão, Violet encosta suas costas na árvore e ajeita Judith – adormecida – em seus braços. Por sorte a amarra que tinha feito tinha sido uma ótima ideia, como um canguru.
Carol resolveu ficar de guarda, Violet percebeu que a mulher estava diferente, mudada, com um olhar mais duro. A loira respirou fundo e fechou os olhos meio zonza, apesar de estar bem melhor da doença, ainda não estava 100%.— Você está bem?
Lizzie pergunta sentada ao lado da mais velha. Tyresse olha as duas garotas e nota Violet estar mais pálida, se aproxima checando a temperatura de Violet, nota estar quente.
— Está queimando de febre.
— Eu só preciso descansar um pouco.
Apertou Judith nos braços.
— Carol, precisamos achar um abrigo, Violet ainda não esta recuperada e está queimando de febre.
Carol olha para Violet preocupada e se aproxima dela, coloca sua mão na testa e suspira olhando ao redor.
— Vamos andar mais um pouco, talvez achemos algo útil nas redondezas.
Por fim falou e todos voltaram a andar. O maior medo de Carol era anoitecer e eles tivessem que dormir entre a mata.
[ ... ]
Carl andava no meio da rua, furioso, com o pensamento de que tinha falhado ao não proteger sua irmã, nem Violet, ele não cumpriu a promessa de que voltaria para sua amiga. E agora, elas estão mortas!, pensou.
Hershel estava morto, provavelmente Beth também – não tinha a visto desde que ela se juntou a luta contra os homens do Governador –, agora Judith e Violet. Quantos mais entrariam na lista?
Carl já estava esgotado de perder pessoas, pensava a todo momento que tudo que tinha acontecido era culpa do seu pai, ele não avisou que estavam sendo ameaçados, eles poderiam ter se preparado e evitado tantas mortes.— Carl, mais devagar.
Rick pede ainda fraco, fisicamente e mentalmente. Carl andava mais a frente e descontava sua raiva chutando as pedrinhas no meio do caminho, Rick sabia que o filho estava enfurecido e ele tinha toda a razão, mas no momento era bom ficarem juntos.
— Temos que ficar juntos, olhos atentos à qualquer lugar, precisamos de um abrigo, água e comida.
Carl bufou com a ordem de seu pai, fingiu que não ouviu e apressou os passos, mesmo assim continuou atento ao seu pai atrás afinal ele parecia querer cair a qualquer momento. Finalmente eles alcançaram as casas e Carl escolheu a que tinha melhor aparência, com toda certeza aquela teria coisas boas. Ficando em frente a porta e Rick segurando a maçaneta, Carl com a arma em punhos caso precisasse.
— Fique de vigia, me dê cobertura.
Rick fala.
— O quê? Você está mal, quase não se aguenta de pé, eu devo ir no seu lugar!
Rick resmungou diante o protesto do filho mas aceitou, ele estava certo, Rick ainda estava muito machucado e mancava, se tivesse que lutar contra um zumbi com certeza ele perderia.
Infelizmente daquela casa não conseguiram muita coisa, apenas duas garrafas de água e um pacote de bolacha, foram em outra casa e no caminho viram um zumbi, Carl preparou sua arma.— Carl, não. Essa bala pode ser útil lá na frente, não a gaste.
Suspirando frustrado com as ordens do pai, Carl apenas guardou a arma e rodeou o zumbi, foi até a próxima casa a abriu a porta.
— Carl!
Mais uma vez Rick repreendeu.
— O que foi? Já estava aberta.
— Poderia ter um zumbi te esperando.
Carl olha ao redor da casa e vai para a parede, fecha as mãos em punhos e começa a distribuir socos.
— Hey cuzão! Hey idiota!
Os socos faziam barulhos altos, Rick rapidamente se aproxima do filho e segura seus braços.
— PARE QUE COM ISSO, olha a boca.
— Se tivesse zumbis, já estariam aqui. — se desvencilha do pai. — Vou ver os quartos.
Sentindo a mão latejar ele as observa e os nós dos dedos estavam vermelhos e tinha feito pequenas feridas, ele sobe a escada e respira fundo antes de abrir a primeira porta, era um quarto masculino, tinha uma televisão grande grudada na parede, revistas em quadrinhos e jogos de vídeo game. Sorriu.
— Carl.
Rick chama e o garoto revira os olhos antes de descer a escada.
— Que foi?
— Me ajude a procurar algo para fechar a porta.
Carl vai para a cozinha e vasculhando as gavetas encontra uma corda que parecia ser bem resistente, acaba tendo uma ideia.
Ele amarra a corda na maçaneta da porta e depois na grade da janela, assim impediria de qualquer um entrar.— Licença.
Rick pede e Carl o vê arrastando um sofá para colocar na porta.
— Pai, não precisa. Já amarrei a porta.
— Segurança a mais nunca é demais.
Suspirando mais um vez, Carl o ajuda a empurrar o sofá, assim que termina Rick se joga no sofá e fecha os olhos, o que ele mais precisava era descansar um pouco e Carl volta novamente para o quarto indo ler os quadrinhos enquanto pensava em seu grupo.
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I Promise
FanfictionQuando se comenta algo sobre apocalípse zumbi todos pensam em Hollywood, mas o que ninguém esperava era que se tornasse realidade. Monstros podres voltam a vida, pessoas desesperadas tentando sobreviver, pessoas... matando pessoas. Violet Becker, co...