Hey, Why Are Your Teeth So Strange?

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 A rosada dormia na sua cama, com Marcy em seus braços, e estava destapada. Para além de não ter mudado de roupa, estava descalçada, e o seu rosto demonstrava tristeza.

 O arroxado, que estava entediado, encaminhou-se sem pressa nenhuma ao quarto da rosada, onde a mesma dormia. Poderia tê-la acordado, poderia ter ido embora, mas preferiu ficar a observá-la, em pé, a seu lado.

 - Natasha-san, estou entediado. - disse, e a rosada foi abrindo os olhos lentamente.

 - Kanato-kun, o que fazes aqui? - perguntou, sentando-se na cama, e coçou os olhos. 

 - Estou entediado, e tu acordaste depressa. - disse, calmamente e de um jeito mórbido, mas que não afetava a rosada.

 - Tenho sono leve. - respondeu, e levantou-se. - Porquê que não ficaste a falar com o Teddy? Quando estou entediada, eu e a Marcy conversamos sobre várias coisas! - disse, sorridente.

 Contudo, isso irritou Kanato, que a prendeu contra a parede, e olhou-a de um jeito que assustou Natasha pela primeira vez. Os seus olhos transmitiam, claramente, a raiva a ferver em seus olhos, e encolheu-se.

 - Tu és da minha propriedade, por isso, eu faço o que eu quiser! - gritou.

 - E-Eu não tinha intenções de... 

 Kanato riu-se, e o seu sorriso era sombrio e sem felicidade qualquer; largou o Teddy, e olhou-a nos olhos.

 - Os humanos são criaturas muito tolas. - disse, rindo-se.

 Levou uma mão ao seu pescoço, e outra, à sua cintura. Tirou os cabelos rosados de um dos lados do pescoço, e as suas presas cresceram, a mesma fechou os olhos com força, mesmo não sabendo – ainda – que Kanato era o que Elaine lhes avisara antes.

 O arroxado pressionou os finos, mas aguçados dentes contra a pele da rosada, e provou o sangue de Natasha. A mesma contorsiasse de dor, e pedia para que ele parasse, mas o mesmo ignorou-a, concentrando-se no sabor do sangue da rosada.

 Largou-a no chão, e ela deixou-se ficar lá, imóvel.

 -- Ela tinha razão... -- murmurou, com lágrimas nos olhos.

 -- Achavam o quê? Que vieram aqui para decorar a casa? -- perguntou, rindo-se. No segundo seguinte, a sua cara ficou num tom sombrio. 

 -- Pensei que gostasses de mim, Kanato-kun.. A Marcy pensou que ela e o Teddy eram amigos... -- disse.

 -- Humana Tola! Tu és apenas um divertimento! -- disse, e pegou no urso de peluche novamente. 

 -- Se não passo de um divertimento, então nunca mais brinco contigo, nem eu nem a Marcy. -- disse, sentando-se.

 Kanato parou de andar, analisou as palavras de Natasha, e virou-se para ela, com um ar ainda mais assustador do que antes, e a rosada estremeceu. O mesmo ajoelhou-se até ela, pegou no seu pulso, e apertou-o com força, apertando-o com mais força a cada momento.

 -- E-Estás a magoar-me! -- disse.

 -- Pede desculpa. - ordenou. -- Agora!

 -- ... Desculpa, Kanato-kun! -- pediu, e fechou os olhos com força.

 -- Então agora rasteja em torno da sujeira um pouco mais e chore como a rapariga patética que tu és. -- disse, com um sorriso. -- Então eu posso perdoar-te.

 O mesmo levantou-se, e saiu do quarto da rosada, que o olhou confusa até ele sair da divisão. Tentou processar o que ele queria que fizesse, e deixou-se adormecer no chão frio de madeira.

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