The Consequence Of a Lie

328 23 8
                                    

Assim que a albina acordou, sentiu uma pontada no pescoço e no ombro; não foi assim à tanto tempo que descobriu que Laito era um vampiro.

Desde criança, tinha medo dos monstros que se escondiam de baixo da sua cama ou espreitavam pelo armário, mas agora temia uns bem piores.

"Laito...!" -- praguejou.

                   (...)

Sther andava pelos corredores da casa, enquanto o telemóvel que vibrava no seu bolso de trás dava música aos seus fones brancos. Apesar de continuar com dores no pescoço e no ombro –que não eram tão fortes como antes – não queria deixar de se divertir ou muito menos esconder-se de Laito.

Afinal, do que lhe valeria? O ruivo iria enfrentá-la de novo.

Caminhou até ao jardim; estava um dia ensolarado, o céu estava limpo, e havia um certo cheiro a carmesim. A relva aparada estava húmida e brilhava com o sol que aquecia o corpo de Sther.

  Apesar de estar a ouvir música, por estar distraída ouviu passos, mas estes eram rápidos, tão rápidos e pesados que pareciam estar a lutar pela vida. Olhou em volta, e antes que pudesse cumprimentá-la, Elaine pegou-lhe no braço, e fez com que os auscultadores e o telemóvel caíssem na relva verde.

- Eiii! - gritou, correndo com ela, pois era puxada, e via o telemóvel e os auscultadores ficarem cada vez mais inalcansáveis.

A morena parou assim que viu um esconderijo. A albina estava prestes a reclamar com ela, e gritaria, com certeza, então a morena tapou-lhe a boca, e Sther fez sinal de paz.

-- Ainda bem que te vejo! Desculpa não ter acreditado em ti... -- pediu.

- Estás perdoada, mas Ayato anda atrás de mim, estou na merda se ele me encontrar! - disse, sussurrando, e olhou para os lados, para ter a certeza de que o ruivo não estava por aí.

-- O que fizeste? -- perguntou, preocupada.

-- T-Talvez tenha entrado no quarto dele sem permissão... -- disse, omitindo a parte de ter vasculhado.

-- Oh rapariga, tu e as merdas em que te metes. -- lamentou-se Sther, -- E para piorar, arrastas-me sempre, também.

-- Eu sei, mas por favor, ajuda-me! Pelo nosso amor de irmãs? -- perguntou, estendendo o dedo mindinho.

Sther revirou os olhos, suspirou, e ficou siente de que estava prestes a mergulhar em maus lençóis, mas aceitou.

-- Pelo nosso amor de irmãs, eu ajudo-te. Mas só desta vez. -- avisou, e percebeu que os barulhos que vinham de todos os cantos, e o simples som de pássaros assustava a morena, que se encolhia cada vez que imaginava Ayato à sua frente.

(...)

O ruivo andava pela casa, pisava forte no chão, e ignorava todos os que via. Pensava em uma só pessoa: Elaine.

Nunca passou por ali uma noiva tão atrevida como a morena, e isso fazia com que Ayato ficasse vermelho como o cabelo da irritação que sentia.

-- O que foi, Ayato? -- perguntou Laito. -- A Elaine deu-te com os pés? -- gozou.

Antes que dissesse mais alguma coisa, o ruivo foi até ao irmão e deu-lhe um murro. Laito estava prestes a retribuir, mas Ayato desviou-se.

-- Foi só uma piada! -- reclamou.

-- Anda! Tu vais ajudar-me a encontrar a Chichinashi! -- gritou, e mesmo que Laito não tivesse haver com aquilo, seguiu o irmão sem questionar.

           (...)

VampiresOnde histórias criam vida. Descubra agora