The protection of Subaru

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Shiro Shirakami's POV: On

A primeira aula acabou, e a maior parte dos alunos saíram disparados da sala, sabendo que logo o primeiro fora Laito. Olhei em volta, e decidi ir para o terraço da escola, onde não há ninguém e posso estar sozinha, sem ninguém ao meu redor.
Pode parecer estranho, mas eu odeio estar numa multidão sozinha, por minha conta. Sinto-me constrangida, como se estivessem sempre a olhar para mim. A minha mãe dizia-me que eu dependo muito das pessoas, por isso é que me custa bastante estar sozinha.

Quando caminhava para o terraço senti-me seguida, e, ao olhar para trás, vi Subaru, que me seguia, e parei de andar.

-- Precisas de alguma coisa? -- perguntei, não queria passar o intervalo com ele, por alguma razão.

-- Estou com sede, por isso... -- disse, aproximando-se.

Afastei-me, e comecei a andar para um corredor onde estavam bastantes alunos. Os dois corredores — o da esquerda são as salas do primeiro ano, e o da direita as salas do segundo ano —, ao cruzarem-se, deram um espaço enorme no meio, onde os professores aproveitaram para colocar cacifos. Subaru agarrou no meu pulso, impedindo-me de continuar.

  -- Qual é o teu problema? -- perguntou.

  -- Estamos na escola, quando chegarmos a casa, tens tempo para isso! -- sussurrei-lhe.

-- Então quer dizer que tu me devotar o teu sangue, corpo, alma e vida para mim? -- perguntou, com um sorriso malicioso.

Corei, e olhei para ele, perplexa. Eu só disse preferia que ele fizesse isso na mansão, não que me dei a ele. Geez... Vampiros são mesmo pervertidos.

-- Claro que não! ... Bom, o sangue, sim, mas nisso eu não tenho escolha. -- respondi, e virei-me para ele. -- Ainda assim, porque me seguiste?

-- Para poder te vigiar. Tu és apenas minha, e eu não quero que fales ou passes tempo com qualquer outra pessoa. -- respondeu, cruzando os braços e encostando-se à parede.

Estaria ele com ciúmes...?
Não, não me parece que o albino à minha frente seja assim. Talvez seja porque os irmãos não sejam os únicos vampiros que estudem aqui, e que Subaru não queira que ninguém — a não ser ele — consuma o meu sangue.
Ainda assim, preferia que fosse possessivo comigo, e não com o meu sangue.

Suspirei, acho que os vampiros não entendem o que é sensibilidade.

-- O que foi? Estás cansada? -- perguntou.

-- N-Não, não é isso... -- respondi.

Ficámos em silêncio, e perdi-me, deixando os meus pensamentos aleatórios tomarem conta da minha atenção. Gostaria de saber o que vai na cabeça de Subaru, porquê que ele se move pela sua fúria, ou o porquê daquela personalidade. Adoraria saber mais sobre ele, mas acho que isso não vai acontecer, duvido bastante que ele me conte da sua infância, mesmo que eu me abra para ele.
Comecei a ouvir sussurros, de vozes femininas, entre risinhos.

Aluna 1: – Ei, ei! Olha, aquele é o Subaru-kun! – exclamou. – Ahh... Ele realmente é bonitinho.

Aluna 2: – É verdade, mas ele tem aquela personalidade meio problemática... – comentou a outra.
Se Subaru estivesse a ouvi-las, ficariam irritado, mas não acho que o Subaru seja o tipo de rapaz que fosse machucar uma mulher, pelo contrário, ele tem um lado bastante meigo e gentil, apesar de não o mostrar. Ainda bem, se não todas as raparigas estariam no pé dele.... Espera, quê?

Aluna 3: -- Sim, mas... Quem é aquela garota que está com ele?

Aluna 1: -- Está na turma dele, e é transferida, eu acho. Tsc, a aproximar-se daquele jeito do Subaru-senpai, quem é que ela acha que é?

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