Shiro seguiu o albino pelos corredores da mansão, e não se imaginou a conseguir orientar-se lá, porque aquilo mais parecia um labirinto.
- Subaru-kun, onde vamos? - perguntou, para o rapaz que estava a andar à sua frente, de mãos nos bolsos.
- Não, onde eu vou. Tu é que me estás a seguir. - corrigiu.
- É que eu não conheço esta mansão, e iria perder-me cá... - explicou, encolhida.
- E eu com isso... - respondeu, indiferente.
- Por favor, deixa-me ir contigo..! Nem me vais notar, eu prometo. - pediu. - Eu só não quero estar sozinha... - disse, com lágrimas nos olhos.
Ambos pararam no caminho, e Shiro já soluçava, enquanto Subaru supostamente pensava no que decidir, visto que estava bastante habituado a estar sozinho.
O albino, já farto do barulho de Shiro a chorar, puxou-a pelo pulso, e seguiu em frente. A mesma limpou as lágrimas.
- Podes vir comigo, mas não fiques aí a chorar, baixinha. - disse, sem olhar para ela.
- O-obrigada... - disse, sorrindo.
Eles continuaram a andar, sem dizer uma palavra, andaram até onde Subaru ia. Shiro sentiu o telemóvel vibrar na sua perna, e lembrou-se que o tinha trazido e os fones também. Afogada pelos seus desvaneios, sobre qual música ouviria agora, acordou ao sentir o brilho do sol queimar o seu rosto, e olhou com dificuldade para o pequeno jardim onde vieram dar.
Impulsivamente, sorriu. Adorava ouvir música, mas o melhor lugar para o fazer era definitivamente num jardim lindo como aquele, com o sol a brilhar e com uma brisa leve como aquela.
Soltou o seu pulso de Subaru e caminhou pelo jardim, havia uma àrvore enorme com a sombra das suas folhas, perfeita para descansar lá.
Virou-se para Subaru, e perguntou:
- Passas muito tempo aqui? Isto aqui é muito lindo! - disse, e sorriu-lhe amigávelmente.
O albino, pela primeira vez em anos, recebeu um sorriso amável, algo que não vinha de ninguém, nem mesmo dos supostos irmãos. Foi até Shiro, e respondeu-lhe:
- Sim, especialmente com a minha mãe.
- Na minha casa, a nossa mãe ia muitas vezes connosco para o jardim, mas eu preferia dormir no colo dela do que correr com as minhas irmãs. - disse, virada para a enorme àrvore, com as mãos atrás das costas, e com o vento a dançar com os seus longos cabelos.
- A minha mãe morreu quando eu tinha uns dez anos... - soltou Subaru.
O albino disse aquilo inconscientemente; nunca diria tão rapidamente sobre o seu passado, o que o surpreendeu. Shiro amoleceu com a resposta, virou-se para ele, e abraçou-o.
- Sinto muito... A minha mãe também morreu, mas foi à dois anos, ela estava muito doente, e o nosso pai não quis contribuir. - disse, com lágrimas nos olhos.
Subaru não retribuíu o abraço, mas deixou-a ali, e mesmo que não quisesse admitir, estava a adorar o abraço dela. Por fim, decidiu abraçá-la também, e a mesma afogou-se no seu peito.
...Quebra de Tempo...
Olhava pelo canto do olho para Subaru, que estava sentado num ramo da àrvore, enquanto ela estava deitada à sombra da mesma àrvore a ouvir música.
Fazia o maior esforço para não cantar a música que ouvia.
- E na hora que eu te beijei foi melhor do que eu imginei... - cantou baixinho, quase a sussurrar, e tentou alcançar o céu com uma das mãos.
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Vampires
VampireAs irmãs Shirakami não esperavam mudar a sua rotina tão rapidamente, mas quando deram por isso, viviam com seis vampiros! Deixem o seu comentário e votem! 💘 Se não gostarem ou tiverem algo a criticar, o Wattpad fornece-nos chat privado. Obrigada...