Capítulo 13

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There's loving in your eyes, that pulls me closer.

Jack foi o primeiro a sair do banheiro para se certificar de que não havia ninguém por perto que me pudesse ver saindo do banheiro masculino, mas voltou logo para anunciar que eu podia voltar para a festa e perguntando se eu iria mesmo para sua casa. Eu apenas confirmei antes de lhe dar um beijo e sair do banheiro de volta para a pista de dança com os meus amigos.
- Onde estava? – Ane perguntou me olhando com os olhos semicerrados enquanto parava de dançar.
- Tentando pegar bebidas junto comigo. – respondeu Corey logo atrás de mim, envolvendo suas mãos ao redor da minha cintura e sorrindo para Anelise. – Por quê? Está com ciúmes?
- Não. – respondeu ela, dando de ombros. – Apenas não a vi em lugar nenhum, achei que estava com algum garoto por ai.
- E eu sou o quê? Um alienígena?- Corey perguntou e Anelise gargalhou.
- Não está longe disso. – respondeu ela entre risos e eu tentei não rir junto.
- Vá à merda, Anelise. – respondeu ele enquanto soltava minha cintura. – E é melhor não rir, senhorita Mia.
- Não ia rir. – respondi erguendo as mãos na altura dos ombros em sinal de paz. – Nem achei graça.
Corey fez uma careta.
- Bom mesmo. – disse ele.
- Mas voltando ao assunto, conseguiram?
- Conseguimos o quê? – eu e Corey perguntamos em uníssonos, completamente confusos.
- Pegar as bebidas. – respondeu Ane como se fosse óbvio. E confesso que era mesmo.
- Ah! Não, não conseguimos. – respondeu Corey fazendo um enorme bico e uma cara que triste que não convencia nem ele próprio. – Por isso preciso fumar. Acompanha-me, Mih?
- Claro. – respondi sorrindo. – Ane?
- Não quero fumar hoje. – respondeu ela dando de ombros. – Divirtam-se.
Eu apenas dei de ombros, entrelacei meus braços nos braços de Corey e fui puxada por ele para fora do salão.
Havia uma parte descoberta na parte de trás, um grande jardim onde haviam alguns conhecidos se pegando.
- Aquela é a Judy? – Corey sussurrou para mim enquanto andávamos em direção a um dos bancos do jardim. Eu olhei na direção que ele olhava e vi Judy, uma menina que estudava com a gente, aos beijos com um rapaz que não consegui reconhecer já que ela estava quase engolindo a cabeça dele. Aquilo nem podia ser chamado de beijo, era até nojento de se ver.
- Sim. – respondi fazendo cara de nojo e Corey gargalhou enquanto se sentava no banco. – Mas me diga, porque você me trouxe para esse local cheio de gente se pegando? – perguntei erguendo a sobrancelha e o fazendo sorrir ainda mais.
- Para te pegar, Mia. Você é irresistível até para a massa homossexual do planeta. – respondeu ele, batendo a mão no banco, me pedindo para se sentar ao seu lado.
Eu sorri e me sentei, envolvendo os braços ao redor do seu pescoço e lhe dando um beijo no rosto.
- Desculpa, Corey, mas sinto que por mais atraente que eu seja, não sou capaz de te satisfazer sexualmente. – respondi e ele me deu um leve tapa na perna, sorrindo.
- Cale a boca, vadia. – disse se virando para mim enquanto o sorriso sumia do seu rosto. – Eu vi o pai da Anelise e você se pegando naquele canto escuro perto do palco.
Acho que fiquei pálida na hora e quis me bater. O que eu esperava afinal?
Nós tínhamos agindo sem pensar no meio da metade das pessoas da minha escola. Tentei sorrir como se aquilo que ele estava dizendo fosse um grande absurdo, mas não consegui. Minha risada saiu nervosa e trêmula. Foi uma das poucas vezes que eu não consegui mentir.
- Olha, Corey, não foi isso que você viu. – falei e ele balançou a cabeça, mostrado um pouco de decepção.
- Minha rainha, você é uma mestre das mentiras, mas dessa vez você sabe que não vou cair. – disse ele levando uma mão ao meu rosto. – Não vou contar a ninguém, apenas me conte a verdade de como entrou nessa confusão.
- Não vai contar para a Ane? – perguntei desconfiada.
- Quando na vida te dedurei, até mesmo para a Ane? – ele perguntou parecendo ofendido com a minha pergunta.
- Nenhuma. – respondi sorrindo e fazendo um biquinho. – Você é meu soldado mais fiel.
- Isso aí. – disse ele, concordando com a cabeça. – Agora conte para o seu soldado como é beijar aqueles lindos lábios do senhor Gilinsky.
Sorri, o apertando ainda mais num abraço e lhe contei tudo.

Your Father - J.G.Onde histórias criam vida. Descubra agora