Por trás da heroina

Encontro

Kara Zor-El, vulgo eu, vim enviada a terra, com a missão de proteger meu primo que ainda era um bebê, momento antes da destruição do meu planeta, Krypton. Com o impacto da destruição, minha nave entrou em uma sombria Zona Fantasma Atemporal. Anos se passaram e após tanto tempo adormecida, a capsula se moveu ate a orbita da Terra, onde fui resgatada por meu primo Kal-El, já adulto e revelado ao mundo como o Superman. Entregue por ele a uma família de cientistas, fui adotada como Kara Danvers, ganhando também uma irmã chamada Alex Danvers.

Após isso, tive que esconder meus poderes, aprender o idioma terrestre da região, a controlar minha força e graças aos óculos feitos de chumbo, dado por Jeremiah Danvers, meu pai terrestre, tive minha visão impedida de ver cada osso humano ao olhar as pessoas.

Agora levava uma vida bem humana, trabalhava na CatCo como secretaria de uma das mulheres mais influentes da mídia, Cat Grant, junto com meu amigo nerd, Winn. Passava muitas horas nesse lugar e como a Terra não precisava de outro super-herói, eu me contentava com isso.

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Após um longo dia de trabalho e de demorar longos minutos no metrô, finalmente cheguei ao meu apartamento. Perda de tempo no transito ainda me irritava um pouco, pois ao lembrar que eu poderia simplesmente vim voando e chegar em um minuto, me desestimulava muito a pegar metrô ou simplesmente ir de carro aos lugares. Abri a porta, adentrei pela sala, joguei minha bolsa no chão e tomei um gole do meu maravilhoso frappuccino. Realmente comida humana era muito boa e cafeína também me animava, apesar de não me sentir nem um pouco cansada, acho que seria necessário eu dar a volta na Terra umas mil vezes, ou lutar contra aliens igual meu primo pra que isso realmente acontecesse.

Tiro meus sapatos e vou pra frente da televisão ver qualquer coisa que esteja passando, assim que me sento no sofá a campainha toca. Abaixo meus óculos para ver através da madeira da porta, era Alex. Ela estava muito bem arrumada, com um vestido maravilhoso, e um lindo sapato nos pés. Dou um impulso e em menos de um milésimo de segundo abro a porta.

- Oi Alex! – abraço minha irmã.

- Oi Kara! – ela me retribui o abraço e entra no meu apartamento.

- Então, o que minha irmã que quase não vem mais me ver faz aqui, tão elegante? -Falo enquanto fecho a porta e faço bico pra ela.

Alex para na minha frente e faz aquela cara de quem iria me pedir um favor que provavelmente eu não iria querer fazer.

- Vai Alex, pode falar o que você tanto quer desse maravilhoso ser que sou eu?- Falo rindo pra ela, que faz o mesmo.

- Minha irmãzinha querida do meu coração, hoje tenho que ir a um evento na mansão dos Luthor, porem como Maggie não poderá me acompanhar, vim pedir pra que sua ilustre presença seja concedida a mim, com minha humilde pessoa, é claro.

Eu não sabia muito dos Luthor, só que Kal-El ajudou a prender um dos filhos deles; que eram muito ricos e que nenhum deles eram pessoas de bom caráter.

- Poxa Alex, eu não conheço ninguém nesse lugar o que eu iria fazer lá?

- Me acompanhar, oras. Vamos! Eu preciso estar lá por causa do trabalho e você não iria me deixar ir sozinha, não é mesmo?

Vontade era nenhuma de enfrentar uma festa de ricos, mimados, mau caráter e sabe-se mais o que, mas como precisava sair de casa, pois já me sentia parte da mobília, eu resolvi aceitar.

Alex me ajudou a escolher a roupa e em cinco minutos já estava com uma maquiagem para a noite, um vestido preto e um louboutin nos pés, a final, já que não posso usar meus superpoderes por ai, eles me ajudam pelo menos a me arrumar super rápido, o que já é uma vantagem.

Entramos na Mercedes de Alex e saímos rumo à mansão mais conhecida de National city, a mansão dos Luthor.

Ao chegar ao evento, fomos recebidas por dois homens de terno que abriram a porta do carro para nós e pegaram a chave nas mãos da Alex, a fim de estacionar o seu carro. A mansão estava impecável, cada parte da decoração da festa foi milimetricamente colocado nos seus respectivos lugares. Havia muitas luzes decorando todo o local, mesas espalhadas pelo ambiente, garçons servindo champagne, um palco montado com um tapete vermelho que seguia ate o campo de pouso.

Nesse momento um enorme helicóptero começa a sobrevoar o local, as luzes são direcionadas ao objeto preto voador. Ao pousar todos os olhares se encontram sobre ele, descendo uma senhora de cabelos brancos, presos em um coque perfeito em um terninho executivo, um senhor de terno perfeitamente moldado no seu corpo. Depois desse momento meu cérebro simplesmente parou de funcionar, uma mulher com um corpo perfeito moldado por um vestido longo, vermelho, caminhava com seus saltos delicados em direção ao palco; dona de uns cabelos pretos, perfeitamente liso, olhos verdes, com um rosto totalmente perfeito e bem desenhado que mostrava poder, autoridade e um monte de sentimento que eu não sabia ainda descrever, Lena Luthor.