∆ Vinte e Quatro ∆

78 8 0
                                    

   No dia seguinte, eu estava um pouco dolorida na região genital.

- Bom dia. - disse ele

- Bom dia. - respondi sorrindo

- Você está bem ?

- Um pouco dolorida. - eu ri, maliciosamente

- Me desculpe. - ele sorriu e me deu um selinho. Então levantou e vestiu a calça. - Vou preparar o café.

- Eu te amo. - falei lhe dando um beijo

- Eu te amo. - ele acariciou minha bochecha

- Noite passada foi a melhor da minha vida. - segui ele até a cozinha. Ele me olhou. - Sem querer cair no clichê, mas é verdade.

- Da minha também, pode acreditar. Foi a primeira vez que fiz amor.

- O que quer dizer ? - apoiei os cotovelos sobre a mesa

- As outras vezes, com outras garotas eu apenas transei. - ele me olhou. - Mas com você, eu fiz amor. Amor de verdade. E adorei aquilo.

(...)
  Uma semana se passou, e chegamos ao sábado.

Eu estava vendo desenhos esperando por Julian, ele viria para o almoço que meu pai convidou.

Ouvi baterem na porta.

- Eu atendo! - falei e fui até a porta

Abri e vi minha mãe, Theo e Fred.

- Mãe! - a abracei

- Oooi minha bebê!! Eu não consegui estar aqui no seu aniversário, então tive que vir hoje. Feliz aniversário atrasado. - ela me apertou

- Obrigada mãe. - sorri

- E o Fred queria vir encher o saco um pouco então eu deixei ele vir. E ele trouxe o Theo. Vamos ficar pro fim de semana. - ela entrou e foi até meu pai

- Feliz aniversário Ária. - disse Fred

- Obrigada Fred. - sorri

- Oi ... - Theo sorriu

- Oi Theo. - sorri e ele me abraçou, tirando meus pés do chão

- Feliz aniversário, velha. - ele riu

- Obrigada. - ele estendeu uma caixinha pra mim

- Não queria que gastasse dinheiro comigo. - falei

- Tecnicamente não gastei. Foi eu quem fiz. - abri a caixinha e vi um colar

  Era um colar de cordão, com uma lua na ponta.

- É lindo. - sorri e virei de costas, para ele pendurar em meu pescoço

- Quem bom que gostou. - ele sorriu

- Obrigada de novo. - lhe dei outro abraço e entramos

  Todos já tinham almoçado e Julian não aparecera.

Eu estava no meu quarto, tinha acabado de escovar os dentes.

Theo entrou.

- Licença. - ele encostou a porta mas deixou uma fresta aberta

- Entra. - sorri

- Você está ainda mais linda. - disse ele

- Valeu.

- Lembra do que eu te falei antes de você vir embora ? - ele perguntou

- O que ?

- Que eu ia te esperar. - ele veio até mim

- Theo, eu disse pra não me esperar. - me afastei um pouco

- Seus beijos me deixaram apaixonado, Ária. - ele deu um passo pra frente, eu recuei mais uns passos e parei na parede

- Theo eu ... - antes que eu pudesse falar, ele me beijou

- Você disse que gosta de mim. - olhei para trás de Theo e vi Julian parado

- Julian ... - dei uns passos em sua direção

- Não chega perto de mim. - disse ele. - Eu pensando que você gostava de mim, pra chegar aqui e dar de cara com você e uma relação passada interminada. - ele riu sem humor. - Por que eu achei que você era diferente ? - ele saiu

- JULIAN, ESPERA! - gritei e fui atrás dele, mas Theo segurou meu pulso

- Quem é esse ?

- MEU NAMORADO! - ele pareceu chocado e me soltou. - JULIAN!! - desci as escadas rápido, a mini cena chamou atenção dos adultos no sofá

- Ária! - minha mãe segurou meu braço

- Me solta mãe! Eu preciso ir atrás dele. - falei desesperada

- Não vai adiantar, ele está bravo! - disse ela. - Deixe-o pensar um pouco.

- Eu preciso tentar mesmo assim. - meus olhos estavam cheios de lágrimas. Minha mãe me soltou

Saí correndo, parei na frente do carro dele.

- Sai! - ele gritou, de dentro do carro

- ME OUVE! - eu já chorava

- SAI AGORA! - ele fez barulho no motor

- Por favor. - implorei e fui até a janela. Toquei seu braço. - Não é nada disso que você está pensando.

- É mesmo ? - ele me olhou. - Então ele não é seu ficante ??? Você não ficou com ele ?

Baixei a cabeça.

- Não é desse jeito. - sussurrei

- Me deixa em paz. - ele acelerou o carro

- JULIAN!!! - me ajoelhei e comecei a chorar

- Filha ... - meu pai veio até mim e se ajoelhou do meu lado. - Vem, vamos pra dentro.

  Deixei ele me levar e me sentasse no sofá.
- Mas o que houve, de fato ? - minha mãe perguntou

  Theo desceu as escadas nessa hora.

- Theo me beijou. - suspirei, controlando o choro. - Julian viu.

- Theo meu filho, por que fez isso ?! - Fred levantou do sofá. - Eu avisei a você que Ária não estava  interessada.

- A gente ficou. - disse ele. - Quando ela estava em forx. Eu disse que esperaria por ela.

- Vocês ficaram ? - meu pai indagou

- EU FALEI PRA VOCÊ NÃO ME ESPERAR! EU JÁ TINHA INTERESSE EM JULIAN BEM ANTES DE IR PARA FORX! - berrei para Theo, ignorando o meu pai

- Não importa agora, já foi. - ele estava controlado. - E eu faria outra vez, se rolasse.

- SEU CRETINO, TE ODEIO! - gritei e saí correndo pro quarto, entrei e tranquei a porta

  Liguei para Jolie e para Diego, contei à eles o que tinha acontecido.
Disseram que estavam a caminho.

 ∆ *Por Ele* ∆Onde histórias criam vida. Descubra agora