Descubro a razão de Jacob ter um corpo Anoréxico

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Eileen me ensina técnicas básicas da esgrima,- Como se eu fosse duelar com algum marmanjo que também soubesse duelar- ela me ensina como ataque e me ensina que não é somente força mas também estratégia.
-É tudo uma questão de esperar o momento certo- Ela me diz isso com um brilho no olhar, como se algum dia, eu fosse a deixar orgulhosa

Reclamo que eu não gostara da espada que ela havia me dado, me sentia desconfortável ao usa-lá, era pesada e curta, feita de Prata-celeste, alguma coisa haver com poeira estelar, sei que esse metal matava quase tudo, bom, pelo menos isso que Eileen me disse. E as pessoas que tinham conhecimento de... Coisas até então surreais sempre usavam Prata-celeste.
-Desculpe-me ter sido dura com você Louis, você é um saco de banha bem persistente, embora, tenha bom coração. Você merece até uma arma melhor, me diga, qual arma você mais gosta? Espada, lança? Espada-Longa?

-Eu realmente não gosto de nenhuma, mas dada as circunstancias eu tenho que escolher alguma... -Disse pensativo- Um machado... quero um machado para cortar quem quiser me ferir.- Eileen da um sorriso como se eu mesmo fosse seu filho e ela estivesse se sentindo orgulhosa e para a minha surpresa diz:
-Eis a prata, eis o molde, eis o martelo, e eis... A Forja- ela me apresenta a forja como se fosse um marco na vida dela, era uma forja, seria até comum se eu já tivesse visto uma outra forja com meus olhos- Essa forja é especial, fora construída por serafins guerrilheiros... Ela faz derreter o aço como nenhuma outra forja faz, as lâminas que saem dela são as melhores. Siga meus passos e você mesmo fará um machado digno e a sua altura-
Eu fiquei inspirado no começo, mas você já parou pra forjar um machado? É MUITO CANSATIVO! seus braços começam a doer de tanto martelar o metal quente e moldar... Tende piedade de mim... Alguém que esteja me ouvindo.
Depois de horas martelando e Senhora Azuos me dizendo que eu estou martelando errado e isso e aquilo... Eu termino minha obra... de merda.
Era um machado horrível, meio queimado, com o cabo torto e com a lâmina cega, sem dúvida o pior trabalho do mundo. Eu pensei que Eileen ia me mandar derrete-la e fazer-la de novo, mas me surpreende dizendo:
- Perfeito Louis, perfeito.
-Como assim, Senhora Azuos? Isso obviamente está tão bom quanto um lixo.- digo isso com tom normal, mas por dentro estava triste por não ter feito um bom trabalho-

- Louis querido...-Me diz com o mesmo tom doce de quando me conhecera- Eu sabia que você não iria conseguir fazer um machado descente.- Eu a olho com uma sombra-celha franzida- Levasse anos para conseguir ser um um bom Ferreiro, e mais anos para forjar alguma coisa boa. Eu queria ver se você era mesmo digno e sua perseverança e determinação me provaram que sim- Ela dá dois passos e pega um baú guardado no canto da sala da forja- Esse foi meu melhor espólio, Jacob não quis e já eu não mais o uso... Vejo que o melhor destino pra ele seja com você.-Ela me da o baú e o abro, meus olhos se saltam e contemplam o único objeto que lá residia... Um machado de dois lados, de lâminas escuras e o cabo detalhado em couro cor de ouro- Se chama Fúria de Gaia, ou Quebra-Terra, quando estiver em perigo, encrave uma das lâminas dele no chão e você causará um terremoto.- Quase choro, ele é muito lindo, e é um ótimo presente de Eileen, fico comovido. Tanto que... Desmaio. Não comia a exatos quatro dias.
Eileen e Jacob se esqueceram que eu ainda era mortal. Acordo no Mc'Donalds.
-Foi mal cara, devia ter te trazido umas batatinhas, mas você sabe que não gosto muito de sair- Jacob me diz sentado a minha frente na mesa.
-Como vim parar aqui?-Perguntei - Cadê minha Quebra-Terra?

-Desculpe-me, querido. Peguei um pouco pesado com você. Coma seu lanche-Olho para a mesa e vejo dois big mac's e um big tasty com uma coca gigante. "Hora de atacar" pensei- eu acabei de comer o meu enquanto você dormia.-

- E você J? Não vai comer- dei uma dentada que lá se foi metade de um big mac

- Eu não como Louis, Eu nunca gostei de comer.- Lembrei-me de todo nosso ano letivo, nos intervalos em que eu e todos os "normais" comiam, Jacob era o único que só ficava olhando, sempre o chamava pra comer nos dias gloriosos que serviam cachorro-quente, ou oferecia a ele um croissant que vendia na cantina da escola... Sempre recusara.-

Jacob & Louis - O Luar AbsolutoWhere stories live. Discover now