A viagem

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     Após a burocracia do aeroporto, embarcamos em um avião gigante. Ele tinha duas fileiras de janelas redondas, perfeitas para rostos curiosos, de cada lado. Suas asas eram quase o dobro do seu tamanho. Suas turbinas poderiam virar casas para familias medianas. Fiquei pasma com o tamanho daquele troço!

     Um certo medo tomou conta de mim, eu tinha um pressentimento que algo sairia errado, mas o encarei como minha imaginação. Sentei em minha poltrona, seguida da familia -mãe, tia, prima e irmã mais nova, os homens estavam mais na frente de nós, os quais eram meu tio e primo. Estavamos na classe presidencial pois minha familia gostava de privacidade, o que eu não entendia muito bem, afinal, eramos como uma familia comum. A decolagem foi tranquila, como também os primeiros vinte minutos do vôo.

Uma linda aeromoça me oferece snacks*, mas no momento em que ia despensa-los, meu estomago roncou como nunca antes, deixando-me sem brexas para rejeita-los. Assim que ela saiu do meu lado, me isolando com a comida, percebi uma pequena vibração na água em minha garrafa. Enquanto comia minha tigela de cereal com leite, acabei observando que todos os liquidos estavam com ondulações. Até que, tudo parou por um segundo, e então, aconteceu. O medo que eu sentira ao senter nesse avião se tornou realidade. Tudo parecia em camera lenta, mas eu sabia o que tinha acontecido. Estavamos caindo.

As crônicas de EvelynOnde histórias criam vida. Descubra agora