Blanck - Uma lembrança de amor em meio às trevas

Capítulo Um

Era uma vez uma garota chamada Aileen Blanck. Essa garota sou eu. E eu vou te contar uma história que você não vai acreditar tão facilmente, mas meu dever é justamente te fazer acreditar, te contando o maior número de detalhes e verdades possível.

Para começar eu já te disse meu nome, mas me chame de Blanck, é menor, mais fácil de lembrar e é o nome principal o qual minha mãe queria que me chamassem. O restante do nome é só um lembrete de onde eu venho. Aileen quer dizer “majestade”. Blanck quer dizer “muito claro” (leia-se: sem trevas, sem nada sombrio). Os dois nomes me foram dados para definir exatamente quem eu sou, mas como eu disse, minha mãe e eu preferimos que se você for me chamar por algum nome específico, que seja Blanck.

Lembra daquela mulher que lançou a maldição de Rumpelstiltskin e levou quase todos do reino da Floresta Encantada para uma cidade criada por ela com nome de Storybrooke? Tenho certeza de que você se lembra. Você a conhece como Regina Mills ou Rainha Má. E eu a conheço como mãe.
Sim, você leu corretamente. Regina Mills é minha mãe. E agora vamos aos esclarecimentos óbvios e necessários. Ela não fazia a menor idéia que era minha mãe naquela época. Estou aqui para te contar a minha história. A história de como eu acreditava sinceramente ser a culpada por minha mãe ter se tornado a Rainha Má ou simplesmente má. E essa também é a história de como ela descobriu que era minha mãe, ou melhor, de como ela se lembrou.

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Era uma vez uma Rainha Má. Não. Vamos voltar um pouquinho.
Era uma vez uma moça boa e bonita chamada Regina. Ela era a rainha de um reino chamado Floresta Encantada, filha de Cora, uma mulher ruim e impiedosa. Regina, que também era madrasta de uma linda menina chamada Branca de Neve, havia acabado de se tornar rainha e estava infeliz, pois, além de aquela não ser a vida com a qual sonhara, para se proteger das maldades da própria mãe, que matara seu amado noivo Daniel há pouco tempo, ela a jogara dentro de um espelho onde fora transportada para outro reino. A pequena Branca de Neve, enganada por Cora, inocentemente contou-lhe sobre o relacionamento secreto da filha. Cora, após descobrir que a filha planejava fugir com Daniel, tomada por ódio pela filha não satisfazer seu desejo de torná-la rainha, arrancou o coração dele, destruindo-o, na frente da filha. Assim, Regina casara-se com o rei e tornara-se rainha da Floresta Encantada.

Enquanto estava sendo treinada por Rumpelstiltskin Regina conheceu uma fada chamada Tinker Bell que, desrespeitando a lei das fadas para ajudá-la, a levara a uma taberna e mostrara a ela um homem com uma tatuagem de leão no braço direito, com quem deveria se casar e seria muito feliz, pois era sua alma gêmea. Mas Regina estava com medo e não entrou no lugar naquele dia, nem nos dias seguintes. Tinker Bell perdera suas asas pelo desacato e saíra da Floresta Encantada em direção a uma terra chamada Terra do Nunca, onde vivera durante muitos anos.

Mas Regina passou dias e dias angustiada, imaginando como seria se o tivesse conhecido, àquele a quem Tinker Bell chamara de sua alma gêmea. Poucas semanas depois, enquanto o rei a princesa Branca de Neve viajavam pelo reino, ela não aguentou e decidiu ir à taberna à noite, mas ele não estava lá. Voltou no dia seguinte na esperança de vê-lo, mas foi em vão, pois ele também não apareceu neste dia. Na quarta noite lá estava ele, sentado sozinho em uma mesa, tranquilo após o que ele imaginava ser um pesado dia de trabalho. Após alguns minutos na porta do lugar discutindo consigo mesma sobre como era absurdo ir até lá quatro noites seguidas e quando finalmente o encontrara ficara sem coragem de encará-lo, ela respirou fundo e, juntando essa coragem, entrou na taberna.

Como havia muitos homens e ela estava vestida de maneira mais simples para não ser reconhecida, ela sentiu-se sem graça e um tanto acuada, mas continuou seguindo em frente até chegar à mesa onde ele estava sentado de costas para ela.
Quando se virou, encarando-a, perguntou: