Blanck - Uma lembrança de amor em meio às trevas

Capítulo 3

Poucos meses se passaram e a maldição de Regina chegou à Floresta Encantada. Blanck lançou um poderoso feitiço em cima de si, para que não fosse arrastada para Storybrooke como o restante dos habitantes do lugar. Estava perto de Cora quando esta também lançou um parecido, o qual salvou da maldição ela, Capitão Gancho, Lancelot, Mulan, Príncipe Philip, Aurora e poucos outros por conta do local onde sua querida avó estava e protegera. Zelena sumira. Havia retornado no dia seguinte procurando por Blanck, com a intenção de lhe contar a mentira que ela ouvira a respeito de ser Regina quem teria matado Alma, mas como não a encontrou, acreditou que a menina fugiu. Não conseguiu encontrá-la desde então por conta de um escudo protetor que Blanck colocara em torno de si, protegendo-se exatamente de Zelena e Cora. Outras bruxas e criaturas malignas não eram problema para ela, nem sua preocupação.

Blanck havia decidido não ir com a mãe para onde a maldição a levaria. Algumas razões especiais lhe ajudaram nessa decisão: queria vigiar de perto tanto Zelena quanto Cora para saber quais seriam seus próximos passos em relação a sua mãe e observá-las no intuito de aprender como realizar certos feitiços mais poderosos do que ela jamais tentara até aquele momento. Mas seu maior desafio era como fazer os feitiços de Cora e Zelena funcionarem em suas mãos, sendo que o feitiço de Regina a impedia de cometer qualquer maldade propositalmente. Ela sabia que a maldição de sua mãe seria quebrada dali aproximadamente vinte e oito anos ou quem sabe um pouco mais, então resolveu que precisava muito destes anos para aprender, treinar e desenvolver tudo o que pudesse para ajudar sua mãe e destruir quaisquer planos de Cora e Zelena.

É claro que precisava ficar o mais longe possível de Cora, pois com sua aparência, sua querida avó a reconheceria de qualquer forma, mesmo sem saber a verdade, mesmo sem precisar de Regina para confirmar. Blanck era muito parecida com a mãe quando era mais jovem. Aos dezessete anos, era uma moça de cabelos compridos castanhos escuros quase pretos levemente ondulados. Tinha a pele branca e delicada e um sorriso lindo, exatamente igual ao de Regina há anos atrás. Seus olhos também eram da mesma cor e sua capacidade e facilidade para a mágica eram impressionantes.

Os vinte e oito anos foram se passando e Blanck se mantinha com dezessete anos por conta da preservação de idade que vinha da maldição lançada por Regina. Assistiu a guerras dos residentes contra os ogros e outras criaturas, ajudou-os de longe algumas vezes, sem que eles soubessem de onde vinha a ajuda. Aprendeu todos os feitiços que pôde e criou muitos deles, desenvolvendo-os sem que ninguém tivesse acesso. Leu e estudou todos os livros que havia no reino, inclusive os da biblioteca particular que Rumpelstiltskin criara para Bella antes da maldição ser lançada. Conhecia sobre quase todas as plantas da floresta e seus frutos também. Olhava-se no espelho todos os dias logo quando acordava, durante o dia pelo menos uma vez e antes de dormir, pois alegrava-lhe saber que era muito parecida com a mãe, como dissera Alma antes de morrer. Isso enchia seu coração de amor, alegria e determinação. Salvaria sua mãe. A traria de volta. E nada nem ninguém, nem mesmo Cora ou Zelena a impediriam. Pelo contrário, seus planos fracassariam bem na frente de seus olhos. E a melhor parte era que nenhuma das duas nem ao menos esperava ou imaginava o que as estaria esperando. Principalmente Zelena.

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Trinta anos depois de a maldição ser lançada, Cora conseguiu ir a Storybrooke junto com Killian, o Capitão Gancho. Blanck sabia, por suas observações, que Cora não faria mal a Regina e decidiu que ainda não era hora de encontrar sua mãe. Nesta época, viu Emma e Branca de Neve, que vieram parar na Floresta Encantada através de um portal aberto para transportar um spectro, mas o plano deu errado e elas vieram junto. Soube então que sua mãe estava bem e deixou Cora ir ao encontro de Regina, esperando que sua mãe não fosse contaminada com a maldade de sua avó.