- Você não pode ir até lá, Ruby! Eles vão literalmente te agarrar, te fazer um monte de perguntas e te segurar para que você não possa sair mais de perto deles! E ainda teremos sorte se não te prenderem em algum lugar para impedir que eu te encontre ou sei lá o que. – eu disse.
Ruby sabia que eu estava certa e que estávamos de mãos atadas, tentando encontrar uma maneira de chegar até Henry para saber o que havia acontecido com ele, até que ela veio com uma solução que eu achei bastante razoável e inteligente. Já que ela não poderia aparecer no hospital como ela mesma, poderíamos alterar sua aparência, o que possibilitaria que circulasse no hospital sem ser reconhecida. Mas daríamos a aparência de quem a ela? A minha? Sem chance! E qualquer outra pessoa da cidade que fosse próximo o suficiente para ir visitar Henry provavelmente já estaria no hospital. E é claro que não queríamos duas pessoas iguais passeando pelo hospital confundindo a cabeça de todos enquanto deveriam estar focados no problema do meu irmão.
Ficamos pouco mais de vinte minutos andando de um lado para outro na cozinha procurando mentalmente alguém, qualquer pessoa, que poderia servir para aquela situação e não conseguíamos ninguém. Todos em quem pensávamos não poderíamos usar por algum problema em especial. Foi então que percebi qual era nosso problema.
- Estamos focando nossa atenção em quem poderia ir até o hospital para saber como está Henry por preocupação. Precisamos de alguém que queira ir ao hospital para ter certeza do contrário, para tripudiar em cima da não recuperação de Henry.
Ruby sorriu após minha conclusão e obviamente chegamos a um nome em comum: Zelena. Precisávamos de uma poção e um feitiço para que tudo funcionasse bem e, como não era necessário que Ruby ficasse muito tempo lá, poderíamos ser rápidos, nada que levasse mais do que meia hora. Deixei Ruby encarregada da poção, já que era certo que ela faria com perfeição e ela adorava desafios relacionados a poções, e me concentrei completamente no feitiço. Tudo ficou pronto em dez minutos, um tempo até que longo para o meu gosto, mas eu com certeza nunca me deparara com uma situação daquela magnitude de stress, então acabei me perdoando pela demora.
Após beber a poção, que possibilitava maior adaptação ao feitiço e por um pouco mais de tempo, Ruby foi completamente envolta em uma nuvem branca (minha marca de mágica) e logo se transformara em uma versão muito mais adorável de Zelena. Borrifei nela algo que, ao sentir o cheiro, ela fez uma careta como se eu tivesse lhe espirrado lixo.
- Você só terá um problema com essa fantasia ridícula de Bruxa Verde Má: seu cheiro. – não tinha necessidade explicar já que Ruby entendera bem o problema, mas eu expliquei assim mesmo. – Sua avó provavelmente estará por perto e perceberá que você não tem o cheiro de Zelena. Então esse cheiro que espirrei em você, que eu sei que é bem ruim, é apenas para distrair o seu cheiro para que sua avó não perceba rápido demais que a Zelena bem na frente deles na verdade é você.
Ela concordou e discutimos o que ela faria. Primeiramente teria que entrar e sair pela mesma porta, pois desaparecer em uma nuvem, além de não ser a especialidade de Ruby e ela com certeza não teria nenhuma prática para controlar, estava fora de cogitação uma vez que a nuvem dela não seria verde, como a de Zelena era.
Outro ponto importante era não deixar que ninguém no hospital lhe atacasse, o que já era algo um pouco mais complicado, pois era algo que todos iriam querer fazer assim que ela passasse o primeiro pé pela porta. E por último, porem não menos importante, ela deveria conversar com eles como se estivesse sabendo do que acontecera com Henry e estava ali para jogar na cara de todos que estava feliz que meu irmão já não era mais problema dela, que eles o machucaram por si próprios, poupando-lhe esse serviço.
Tudo isso sempre se lembrando do ponto número dois: não se deixe ser atacada. Ruby com certeza estava com sérios problemas. Eu me voluntariei e disse que ela deveria ficar esperando enquanto eu iria ver Henry com a aparência de Zelena, mas ela não permitiu, argumentando que se me pegassem toda a missão estaria comprometida e o próprio Henry iria me matar assim que acordasse no hospital. Enquanto que, se a descobrissem, eu poderia salvá-la de alguma forma. E ela tinha razão.
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Blanck - Uma lembrança de amor em meio às trevas
FanficEscrevi este livro como parte da terceira temporada de OUAT. E se Emma não é a única Salvadora? E se quem gerou a primeira Salvadora foi Regina? E se o amor verdadeiro veio antes de Branca de Neve (Snow White) e do Príncipe Encantado (Charming) ? Há...