Capítulo 49

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Capítulo 49 — Um verdadeiro amor jamais morre

Luiza

Entrei, dei banho no Matt e tomei um também, o problema é que aquele banho fez ele perder um pouquinho o sono, então sentei com ele no sofá e liguei a TV, uns vinte minutos depois o interfone tocou.

— Sim?

— Dona Luiza, você tem visita.

— Quem?

— Senhor Kauã.

— O Kauã? — pensei alto para mim mesma, — pode mandar subir. Obrigada.

— As ordens.

Eu estava com uma blusinha azul e um shorts curto, coloquei um casaquinho por cima. O que o Kauã veio fazer aqui essas horas? Será que ele e a Vic brigaram?

Estava voltando do quarto e então a campainha tocou, fui até a porta para atender pensando no que o Kauã estaria fazendo ali, mas assim que a abri, paralisei, senti meu coração bater tão forte e minha respiração acelerar, meu corpo inteiro se aqueceu.

Gabriel estava ali, paralisado assim como eu. Nossos olhos se encontraram e então eu senti uma lágrima escorrendo pelo meu rosto, sem poder controlá-la.

— Gabriel? — falei quase num sussurro.

Ele não disse nada, apenas pegou minha cintura e me beijou.

Quanta saudade naquele beijo, quando amor guardado, ele me prensou contra a porta e nós continuamos nos beijando, segurei forte seu cabelo, nos beijávamos como se o mundo fosse acabar a qualquer instante, como se fosse a única coisa no mundo inteiro. Era tão bom, como era bom estar nos braços dele outra vez, quanta saudade eu senti daquele beijo, quantas vezes eu chorei lembrando, quantas vezes eu quis largar tudo e correr para ele. Eu não tinha mais ar já, mas não queria parar de beijar ele nem que o chão se abrisse aos meus pés. Todo o meu corpo respondeu a ele, e finalmente, eu me senti viva.

Aos poucos fomos parando o beijo, segurei seu rosto com as duas mãos, ele fez o mesmo com o meu, ficamos nos encarando, uma lágrima escorreu pelo rosto dele, o meu já estava molhado. Quanta saudade dele, do beijo, do toque. Ninguém me fez esquecê-lo. Nunca. Só Gabriel sabia como me fazer mulher.

— Eu te amo, te amo mais que tudo nesse mundo, quando você foi embora... eu... eu achei que fosse morrer, eu... fiquei sem vida, não sabia por onde andar, eu preciso de você comigo, preciso do teu abraço, do teu sorriso, do teu carinho, preciso dos teus beijos, da tua fala, do teu toque, preciso do amor que só você pode me dar, eu te amo com todas as forças do meu coração, Luiza. Eu te amo. — Ele disse rápido, as palavras apressadas saindo da boca dele.

Minhas lágrimas caiam e eu não podia contê-las. Ele é o homem da minha vida, eu não posso, não quero e não vou negar.

— Idem. — respondi lembrando de quando falamos sobre o significado do "idem", que era da mesma forma, na mesma intensidade e medida.

Nos beijamos intensamente outra vez. Como eu precisava daquilo para me manter viva. Como eu senti falta daqueles lábios, daquelas mãos, como eu senti falta do seu cheiro.

Paramos o beijo, ele ficou segurando meu rosto com as duas mãos ainda. Era como se nunca tivéssemos nos separado.

— Nunca mais me deixe. — ele disse me selando.

Segure minha mão - MIC III (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora