Capítulo 35 — Eu não vou saber viver sem você
Luiza
— Eu quero morrer por te amar tanto! Você não sabe o quanto tá doendo, porra! — Gabi gritou e eu fiquei assustada, a chuva batia muito forte no carro.
— Cuidado! — gritei vendo a curva logo a frente.
Ele pisou no freio mas o carro perdeu o controle. Capotamos. Foram seis voltas completas, estávamos a uma velocidade muito alta. Quando o carro finalmente parou eu estava de cabeça para baixo, tudo em mim tremia, eu não sentia nenhuma parte do meu corpo, minhas lágrimas caiam sem controle, mas eu estava viva. Olhei para o lado muito assustada e vi a cabeça do Gabriel toda ensanguentada, ele havia me mandado colocar o cinto enquanto mas não tinha feito o mesmo com o seu.
— Gabriel... — sussurrei enquanto minhas lágrimas caiam. Não houve resposta. Meus olhos pararam de enxergar e foram se fechando aos poucos, enquanto tudo escurecia eu via o sangue escorrendo do seu rosto. Desmaiei.
Quem e como nos tirou de lá eu não sei. Só sei que acordei na cama do hospital dois dias depois.
— Gabriel! — Gritei me levantando, tudo não passava de um sonho? Espera... mas se é um sonho porque eu estou no hospital?
Minha mãe levantou da poltrona em que estava e veio até mim me abraçando.
— Filha! — ela disse emocionada.
— Mãe... o que... o que aconteceu?
— É isso que eu quero saber... mas agora não, eu preciso chamar o médico, você acordou! — ela me abraçou mais forte.
— Mãe, espera. — peguei no braço dela. — E o Gabriel?
— Depois a gente conversa sobre isso. — ela me olhou e tentou sorrir, senti uma grande dor no peito. Minha mãe foi chamar o médico, ele entrou no quarto.
— Olha, tempos uma paciente acordada aqui! Que bom! — ele disse me animando.
— Doutor... e... e o Gabriel?
— Calma... Luiza? Certo?
— Sim, Luiza. Mas e ele? Como ele está?
— Bom, Luiza, primeiro vamos fazer uns exames para ver como você está, ok?
— Mas...
— Depois eu respondo todas as suas perguntas, ok?
— Ok... — falei desanimada.
— Acha que consegue se levantar da cama, ou se sente fraca?
— Consigo me levantar eu acho.
— Ótimo... vamos ver seus reflexos. — ele pegou um pequeno martelo e bateu nos meus joelhos. Eu senti.
— Aí...
— Ok, reflexos normais.
O Doutor ainda examinou meus olhos e meu corpo, perguntou se eu sentia alguma dor e eu disse que só doía minha cabeça um pouco.
— Só a cabeça.
— Isso é efeito dos remédios. — ele sorriu.
— Posso saber do Gabriel agora?
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Segure minha mão - MIC III (Completa)
RomansaMIC III Segure Minha Mão Ele estava se perdendo aos poucos, sua vida já não tinha mais sentido, tudo o que fazia era curtir, curtir e curtir, nada realmente tinha importância e finais felizes nunca existiram em sua vida, as pessoas que m...