11. I Accept

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11. I accept

— O que ? - surtei — Eu não sou uma assassina, eu não vou fazer isso!, e porque você quer ele morto ? E porque quer que eu o ajude ?

— Calma criança, eu que vou matá-lo, eu só quero que me ajude, vai me dizer que você não quer se vingar?, ele abusou de você também não foi? Eu sei que sim, ele fez isso com minha filha há dois anos atrás, ele havia pegado ela para me atingir e conseguiu, o desgraçado a machucou, não só fisicamente, sua alma ficou quebrada, depois daquilo ela nunca mais foi a mesma, minha princesa - eu pude ver uma lágrima saindo dos seus olhos, mas não de tristeza e sim de raiva — agora você entende porque quero ver aquele desgraçado morto ?, ele fez isso com minha filha e ainda está tentando roubar meu legado, tentando roubar o que eu venho batalhando para conseguir - seu tom de voz era de ódio e de poder

— Eu sinto muito pela sua filha, de verdade, mas se eu fosse fazer isso, seria por mim, eu não vou me igualar a ele, eu não posso, me desculpe

— Senhorita, pense com calma, se você me ajudar, você será livre, prometo que Bieber nunca mais vai chegar perto de você

— Porque eu ? Huh?, como quer que eu pegue um traficante? Que tem mil guardas em sua cola, eu nem sei da um soco em alguém

— Eu to fazendo isso pela minha filha, por justiça, eu queria que ela tivesse essa oportunidade como você, to fazendo isso pra te ajudar, ela queria ter uma oportunidade de enfiar uma bala na cabeça dele, e to dando essa oportunidade para você, pense nisso e não se preocupe, irei treiná-la, para se defender, teremos tempo, fique calma, não vou te obrigar a nada

— E se eu não aceitar ?

— Ai eu serei obrigado a tomar decisões muito trágicas - falou com uma voz de desdém e me deixou no quarto com meus pensamentos

Minutos depois foi que eu vim perceber que havia seguranças do outro lado da porta.

Mas que merda

O que eu vou fazer da minha vida? O que eu fiz pra merecer isso? Eu não sou uma assassina! Eu não posso aceitar!

Mas por outro lado, eu poderia me defender, me proteger, proteger a minha família

Uma enfermeira entrou no quarto onde eu estava, fazendo varias perguntas; como se sente ? Aqui doí ? Como conseguiu esses machucados ? Tem alergia a algum medicamento ? ...

Ela me deu algum sedativo que me fez adormecer

[...]

Olhei para a janela daquele quarto de hospital e percebi que já era de noite, tudo meu estava dolorido, mas isso não me em pedia de levantar

Fui até a porta do quarto, assim que abri a mesma revelou dois homens altos de costa, não pensei duas vezes antes de bater a porta

Bosta de seguranças - pensei

Não tinha nada pra se fazer, então eu decide banhar, eu realmente precisava disso.

Entrei no box e liguei o chuveiro, senti a água quente escorrer pelo meu corpo me relaxando um pouco. Comecei a esfregar minha pele com força, estava ficando vermelha e ardia um pouco, mas eu só queria me livrar da sensação de estar suja, mesmo quase arrancando minha pele fora, a sensação não ia embora. Talvez eu esteja suja por dentro

Senti lágrimas escorrer pelo meu corpo ao lembrar da noite em que fui estuprada, era algo tão doentio, tão desumano, roubar e destruir a alma de uma pessoa assim, é simplesmente horrível

Demorei horas, meus dedos já estavam enrugados, mas não me importei, Terminei meu banho enquanto ainda chorava, peguei aquela terrível camisola de hospital e vesti.

Se passaram horas desde de que eu banhei, não demorou muito para o mesmo homem de manhã chegar aqui.

— Então senhorita Martin, já decidiu ? - perguntou

Como ele sabe meu nome? Não cheguei a falar pra ele, cheguei ?

— Eu...Eu não sei, eu só quero ficar segura, não quero que ele chegue mais perto de mim

— Hora, então aceite, ele não vai te machucar se você aprender a se defender, confie em mim, ele não vai te machucar - falou

— Eu... Aceito - falei, já to arrependida .

Bad Things - J.BOnde histórias criam vida. Descubra agora