22. Pain

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22. Pain


A dor era horrivelmente insuportável, o braço do Justin já estava todo ragasdo, de tanto eu afundar minhas unhas lá, para "diminuir" a dor.

Ele lavou bem o ferimento com álcool, segundo ele, se não limpasse iria infeccionar.

A pior parte foi a da custura, Justin definitivamente não sabia fazer isso.

— Eu vou ficar com uma cicatriz horrível - falei mordendo minha boca por causa da dor.

— Melhor do que morrer.

— Você deveria praticar mais isso.

Ele não disse mais nada, apenas focou na sua bela custura.

— Justin - Jazmyn o interrompeu — Deixe-me tentar - ela pediu.

Ele saiu do meu lado, e sua irmã logo tomou o seu lugar.

Ela era melhor do que ele.

Até que não ficou tão feio, mas estava doendo para caralho.

— Você vai me deixar em casa ? - perguntei.

— O que ? - ele perguntou sorrindo.

— Desculpa se soou inconveniente, mas é que eu não tenho como voltar para casa.

— Ninguém vai te deixar em casa, você vai dormir aqui.

— Eu não ...

— Você pode sim, uma hora dessa Magno deve ta te procurando até no inferno.

— Desde quando você se preocupa comigo ?

— Eu não me preocupo, apenas estou retribuindo o favor que você me fez.

Eu tinha me esquecido do meu plano com o Magno.

— Vem, vamos procurar um quarto para você ficar - ele me puxou para a parte de cima da casa.

Ele entrou em algum quarto aleatório.

Jazmyn veio logo atrás da gente.

— Jazmyn, pega uma roupa para ela - Justin falou.

Ela apenas assentiu e saiu do quarto.

— Eu aconselharia você a banhar - ele disse.

— Não se preocupe, não sou porca, eu só não banhava quando você me mantida em cárcere privado, porque não tinha como.

— Falando nisso - ele disse coçando sua nuca — Eu queria... Queria... Droga.

— Queria ?

— Me desculpar - ele murmurou.

SERIA BEM ENGRAÇADO, se eu não estivesse com muita dor.

— Tanto faz, não preciso me lembrar daqueles dias terríveis - disse dando de ombros.

Jazmyn logo entrou no quarto a roupa e me entregou em seguida.

— Obrigada - eu agradeci.

— Sem problemas - ela sorriu.

Justin se retirou do quarto, me deixando apenas com a Jazmyn.

— Ei - eu a chamei — Você poderia me ajudar a tirar minha blusa ?

Eu não conseguia esticar meu braço, sem contar que minhas costas está toda arranhando.

— Claro - ela disse se aproximando.

Tentamos tirar a blusa, mas de todo jeito que a gente tentava me machucava.

— Acho melhor cortarmos - sugeri.

Ela concordou e foi atrás de uma tesoura.

Ela cortou aquele tecido preto.

Eu estava penas de sutiã e calça jeans.

— Suas costas estão sangrando - ela apontou.

— Está tão feio ? - perguntei.

— Não, bom, mais ou menos.

Ta, ela só queria amenizar a situação.

Ela prometeu que cuidaria das minhas costas mais tarde, depois que eu banhasse. E assim eu fiz.

Fui banhar, aquela água quente me fez me arrepiar toda, eu precisava daquilo, de um banho calmo. Jazmyn logo começou me chamar, o que me fez apressar mais o banho.

Vesti uma regata branca que ela tinha me emprestado e um short não tão curto preto.

A blusa ficou um pouco curta em mim, por ela ser bem mais magra do que eu.

Ou aparecia minha barriga ou meus seios. Uma escolha muito óbvia.

— Vem - ela me chamou para deitar na cama — Vou passar essa pomada nas suas costas.

Ela passou com muita delicadeza, eu nem sentia nada. Só o meu braço que doía para caralho.

— Prontinho - ela disse

— Obrigada - eu disse abaixando a blusa — Você é muito mais simpática do que seu irmão.

— Justin não é tão ruim assim, ele tem seus motivos - ela justificou.

— Bom, mesmo assim, obrigada.

Ela se retirou do quarto, me deixando sozinha com os meus pensamentos.

Eu não poderia dormir, tinha que vasculhar a casa, procurar pelos papéis de Magno.

Já havia passado muito tempo, depois que Jazmyn saiu daqui.

Desci as escadas com muito cuidado, estava tudo escuro, só tinha a claridade de fora da casa.

Estava muito difícil procurar assim.

Passei pela sala, e depois deduzi que estava na cozinha, pela a luz do painel da geladeira. Segui adiante, por pouco eu não tropeço no pé da mesa.

Eu entrei em um corredor, e no final dele dava pra ver uma porta.

Ela estava aberta, acendi a luz, entrei e olha só, era o escritório dele, pelo menos era isso o que parecia. Eu entrei fechando a porta em seguida, era bem grande, e tudo que tinha aqui aprecia custar um fortuna.

Eu revistei tudo, não tinha achado nada que me interessava, tinha uma gaveta na sua grande mesa, mas ela estava trancada, quando eu comecei a força-la para abriri, meu braço começou a doer mais, o que me fez gemer de dor.

Deixei aquilo de lado e sai do cômodo apagando as luzes e deixando ele do jeito que eu encontrei.

Subi as escadas e me deparei com uma figura apenas de cueca no corredor.

Eu coloquei a mão nos olhos.

— A onde você estava ? - ele perguntou desconfiado.

— Eu fui beber água.

— Prefiro que você não ande sozinha pela casa. Como você está ?.

— Meu braço estava doendo um pouco, mas eu aguento.

— Quer que eu der uma olhada ? - ele perguntou se aproximando de mim.

— Não, não precisa - sorri me afastando — Eu acho melhor eu ir dormir - apontei para a porta do quarto — Amanhã talvez eu amanheça melhor.

— Tudo bem - ele assentiu com a cabeça — Boa noite.

Eu não o respondi, apenas entrei no quarto, o fechando em seguida.

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⏰ Última atualização: Jul 18, 2017 ⏰

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