2. Bad Day

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2. Bad day

O que eu sinto mais falta é do meu pai perguntar '' como foi seu dia querida ?'' mas isso não é mais possível por conta de sua miserável doença, a única pessoa que me apoiava era ele, minha mãe nunca me deu atenção, eu sou a filha que desgraçou a vida dela, palavras da própria. Aos meus 11 eu já compreendia o assunto, comecei a entender o porque dela me odiar tanto, mas aprendi aceitar as coisas como ela são.

Acordei de meus devaneios com leves batidas na porta

— Bom dia, Izzy - ouvi a voz da minha Irmã — Posso entrar?

— Claro - falei sem expressão

— Mamãe quer saber porque que suas coisas não estão la em baixo, o caminhão da mudança esta para chegar e você sabe.

— Sim Camila eu sei, só não estou pronta pra deixar a casa onde eu cresci, isso é uma das melhores lembranças que eu tenho da minha infância - disse lhe mostrando a parede ao lado da minha cama, onde havia marca de nossas mãozinhas

— Eu lembro - ela ri - você nesse dia se sujou toda de tinta

— Foi você que me sujou, pirralha - falei fazendo carreta engraçada que a fez cair na gargalhada

— Eu tenho uma solução! - ela levantou o dedo —Podemos arrancar esse pedaço da parede.

— Ow gênio, essa casa é alugada, mamãe iria nos matar - rimos mais uma vez

— Desculpe atrapalhar garotas, mas precisamos ir - Kimberly, vulgo minha mãe chamou — Isabelle que bagunça é essa ?- Levantou o tom de voz.

— Desculpa mãe, eu irei arrumar tudo antes de sairmos - falei com a cabeça baixa

— As suas desculpas não vão arrumar esse seu quarto, te dou 15 minutos para que você arrume isso e desça com suas coisas para podermos despachar o caminhão de mudança.- Disse a mulher a qual eu acabei sua vida

— Tudo bem.

Me levantei assim que ela saiu do meu quarto, eu sabia que não conseguiria fazer isso em 15 minutos, mas eu tentei. Depois de fazer tudo, estava quase na hora de nós irmos, mas tirei um tempo para conversar com meu pai, já que, segundo o médico, isso faria bem a ele. Pegamos um táxi para irmos até o aeroporto.

Camila e minha mãe conversavam animadamente sobre a nova casa, me deixando completamente de lado, naquele momento, apenas o celular me distraía.

"Senhores passageiros do voo 44786 com destino a Atlanta favor comparecer ao portão de embarque 7. Preferenciais como idosos, deficientes, gestantes e pessoas com criança de colo, favor fazer uma fila ao lado."

Me levantei e acompanhei minha mãe, meu pai e Camila até a fila preferencial.

Me sentei no assento que indicava na minha passagem.

"Pelo menos vou ficar na janela" Pensei.

Coloquei meus fones de ouvido e olhei para o lado, vendo um casal se acomodando nos assentos ao lado do meu.

Quando minha mãe comprou as passagens ficou, meu pai, ela e Camila em assentos um ao lado do outro, enquanto o meu era no fundo do avião do lado oposto ao deles.

Quando o piloto anunciou a decolagem, coloquei o cinto e fechei os olhos, apagando minutos depois.

Sinto alguém me balançar com brutalidade, acordei e vi minha mãe me encarando irritada.

—Vamos logo!- Olhei pela janela e já havíamos aterrissado. Tirei o cinto e me levantei, peguei minha bagagem de mão e entrei na fila para sair da aeronave.

Quando já estávamos fora me espreguicei, esperei minha mãe, meu pai e minha irmã e fomos buscar as malas na esteira, com minha mãe sempre ajudando meu pai.

Com as malas já em mãos, fomos ao lado de fora do aeroporto e entramos em um táxi, indo em direção a nossa nova casa.

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Essa história é minha e da unicornssbiebs

Bad Things - J.BOnde histórias criam vida. Descubra agora