Um devasso nos meus sonhos ( REPOSTANDO)

Bônus 03

Boa noite minhas rosas, vocês me surpreendem  um pouco mais a cada dia. Conseguimos bater os 2k de visus e aqui estou para cumprir com o prometido. O bônus.

Não imaginam o quanto estou feliz em ver que estão gostando da história e fazendo dela um sucesso. 

Muitíssimo obrigada!

O bônus está bem curtinho, mas eu postei assim mesmo, só para que vocês conheçam o Jorge, no capítulo 09 ele chega pra valer.

Beijos devassos!!!

***

Jorge Mendes

— Eu já disse para não me ligar assim, no meio do dia. Estou arrumando as minhas malas, viajo esta noite.

— Não faz assim, meu lindo. Sabe que vou ligar sempre que der vontade, então não estressa. Acho que você nem precisava ir, não é? O Bernardo é bem grandinho, pode se cuidar sozinho sem precisar de você dando uma de babá dele.

— Tamisa, ele é meu amigo. Eu sempre estarei lá para ele se precisar. Mesmo que ele não me chame, ainda assim eu vou.

— Ta, ta. Mas guarde as minhas palavras, Jorge. Se não voltar em três dias, eu vou atrás de você. Não posso ficar tanto tempo sem o meu cachorrinho.

— Adeus, Tamisa.

Desliguei antes de ouvir sua resposta. Se existe carma, essa mulher o meu.

Meu nome é Jorge Mendes.

Morei em Atenas toda a minha vida, nunca viajei para outro país, mesmo tendo uma situação financeira favorável a viagens e férias internacionais. Quando o senhor Trassus, inaugurou a primeira filial fora da Grécia, o Bernardo fez de tudo para que eu aceitasse o cargo de gerente e me aventurasse pelo mundo como ele. Mas não senti vontade alguma de deixar a minha vida aqui. Nesta época, Tamisa e eu já tínhamos iniciado o nosso caso. Diabo de mulher gostosa, me fisgou com aquela mania de dominação, por mais que eu tente, não consigo me livrar deste desejo louco que sinto toda vez que a vejo ou ouço a sua voz. Sou completamente viciado nela.

Eu sei, vocês estão um pouco confusos, não é? Sim, é a mesma Tamisa, a ex mulher do meu melhor amigo.

Se ele sabe do nosso caso? Ainda não, mas vai saber. Eu mesmo vou contar a ele quando chegar ao Brasil. O Bernardo me ligou no meio da noite muito nervoso e totalmente desnorteado me contando sobre um acidente com uma mulher que ele acabara de conhecer. Pela voz dele, conhecendo o cara como conheço, ela deve ser bem mais que uma amiga. Vou até lá dar uma força e ver o que posso fazer para ajudá-lo.

Nós três crescemos juntos, Bernardo, Tamisa e eu. Quando os dois iniciaram o namoro, já rolava um interesse de minha parte, quanto a Tamisa eu nunca tive certeza. Assim que os dois anunciaram o divórcio eu a procurei para saber o que os levou a isso, já que as duas famílias tinham o casamento planejado a anos. Mas ela me disse uma coisa que eu jamais esqueci. " O coração é terra de ninguém, e é ele quem escolhe o seu próprio dono." Nunca me esqueci. Ela não disse que o sentimento que eu nutria por ela era reciproco, mas também não negou. Isso me deu esperanças e assim esperei até ela tomar a iniciativa de me procurar. Fiquei um pouco assustado com a sua maneira agressiva de me dominar, mas depois acabei me acostumando com as suas loucuras. Ela dominou não só o meu corpo, mas também o meu coração. Pelo menos por algum tempo, pois já não tenho certeza se quero levar o nosso caso adiante. Às vezes eu sinto falta de ter uma vida sexual normal, sem todos aqueles apetrechos que ela gosta e que me deixa constrangido, na maioria das vezes. Acho que não nasci para ser o cachorrinho de ninguém.

Quando desembarquei em São Paulo já era dia e o sol já iluminava toda a cidade. Quatorze horas de viajem em um voo sem escala. Eu tinha pressa em estar aqui. Me sinto exausto, chego ao hotel e vou direto para o quarto que já se encontrava reservado. Tomei uma ducha e me deitei com a intenção de tirar apenas um cochilo antes de ir procurar pelo Bernardo, mas apaguei.