Olá meus amores....Beijos devassos e boa leitura!!!
Continuação...
— Ser insignificante? Jorge, quem é essa mulher? Será que podemos conversar a sós? Acho que você tem muito mais coisas para me explicar do que meus olhos podem ver.
— Heloísa, essa é Tamisa, a ex mulher do Bernardo.
— Sim, ex do Bernardo e atual do Jorge. Não que eu lhe deva satisfações, pois, você sequer disse quem é e por que está aqui.
— Ela é a namorada do Bernardo, Tamisa. E eu, não sou nada seu, já disse.
Quanto mais eles falavam mais confusa eu ficava. Se ela era a ex mulher do Bê, e Jorge e ele sempre foram grandes amigos, como ela agora estava ali com Jorge? Será que os dois dividiam a mesma mulher? Ou talvez até ainda dividam. Não pode ser, ou talvez pode. Eu mal os conheço, sou uma idiota que deixou-se enganar mais uma vez.
— Namorada? Impossível, Bernardo não namora. O conheço como a palma de minha mão. Essa mulherzinha sem graça é no máximo a foda da vez, e a julgar pela cara sem sal que ela tem, ele não vai sequer come-la mais de uma vez. Ela não tem perfil de submissa, jamais o satisfaria.
— Cale-se Tamisa, não fale assim com a Heloísa.
— Helô, eu juro que as coisas não são o que parece. Eu posso explicar tudo o que está havendo. Se me permitir, vou até sua casa, assim, aproveito e esclareço toda essa loucura para a minha pequena também.
Eu estava chocada demais para reagir ás palavras daquela mulher. Permaneci parada como uma estátua, com meu queixo lá no chão devido a minha incredulidade. Não posso ter me enganado tanto com ele. Senti meu rosto queimar pela raiva que crescia dentro de mim, e em um minuto me recompus e decidi que não ouviria mais nenhum desaforo de ninguém. Bernardo que me explicasse toda essa bagunça, nem que fosse pela última vez.
— Vocês dois se merecem, ou melhor dizendo, vocês três. Eu vou embora.
— Helô, não é nada disso, eu posso explicar.
— Não quero suas explicações, fique longe da Ester e mantenha sua Narjamisa o mais distante possível. Não se dê ao trabalho de bater em minha porta, pois não deixarei que entre. Passar bem, Jorge.
— Heloísa...Helô, espere... — O ouvia gritar pelo meu nome enquanto corria em direção aos elevadores. Por sorte, tinha um parado naquele andar, entrei e apertei o botão de saída com violência. Minha cabeça estava fervendo com tanta informação e tudo o que precisava era ficar um pouco sozinha. Assim que cheguei na portaria do nosso condomínio, senti aquela mesma sensação estranha de estar sendo observada. Um arrepio gelou minha espinha e olhei para todos os lados a procura de alguma coisa suspeita. E lá estava ele, o mesmo carro preto e luxuoso que havia rondado a região quando foi visto por Ester. Eu sei porque ela fez questão de me contar com detalhes como ele era, para que eu estivesse em alerta. Não foi possível ver nada dentro dele, pois, apesar de ter os vidros escuros estava a muitos metros dali. Acenei com a cabeça para a portaria e subi correndo para casa, a segurança do meu lar era quase tudo o que eu precisava.
O relógio marcava quase dezenove e trinta quando ouvi três leves batidas na porta. Só uma pessoa tinha permissão para subir sem ser anunciado e só ele batia assim, Bernardo. Já vestida em um leve vestido azul e ainda de pés descalços o atendi. Abri a porta na defensiva, pronta para encostá-lo na parede e fazer com que ele esclarecesse tudo o que estava se passando em relação a ex mulher. Bom, teria obtido êxito em meus planos se aquele perfume gostoso e literalmente masculino não estivesse chegado ás minhas narinas entorpecendo-me de desejo. Ignorei minha vontade louca e insana de pular em seu pescoço e embriagar-me com seu cheiro delicioso, apenas me afastei dando passagem a ele. Antes de entrar, uma de suas mãos que estava para trás, revelou-se estendendo um buquê de rosas azuis em minha direção.
— Rosas para a mais bela de todas as rosas.
— Tentando mimar-me, Bernardo Albuquerque de Aldaberon? — Meu tom de voz era puro sarcasmo. Estava na defensiva, havia muito o que ele teria que me explicar. Com aquele leve sorriso de canto de boca que tem o dom de me deixar sem chão, passou por mim parando bem no meio da sala, olhando para os meus pés.
— Vejo que não está pronta, precisa de ajuda?
— Para calçar uma sandália? Acho que não, creio que já consigo me arrumar sozinha.
E eu não queria mesmo sentir seu toque em minha pele, ainda não. Precisávamos conversar. Ouvi-lo contar sua versão da história maluca que envolve sua ex e seu melhor amigo, foi o único motivo que não me deixou desistir de sair para jantar com ele essa noite.
— Sente-se e fique à vontade, eu não demoro.
— Assim espero, estou ansioso para estar a sós com você.
Pelo tom rouco de sua voz, a noite seria bem interessante. E isto significa horas de sexo com ele, e minhas pernas já demonstravam sinais do quanto eu queria aquilo. A simples menção de uma promessa e meu corpo já reage traidor. O sexo com Bernardo é sempre fantástico. Assim que me vi pronta, passei pela sala onde ele me esperava sentado e servido de uma dose de wisk. Levou o copo a boca ingerindo um gole da bebida sem nenhuma pressa enquanto observava meus movimentos. Claro, fiz de propósito, a ideia é sempre provoca-lo. Coloquei agua em um vaso deixando minhas rosas ali para não murchar. Sua impaciência podia ser notada de longe, passamos o dia todo longe um do outro quando os planos era aproveitar ao máximo o final de semana de folga. Ao terminar com as flores, fiz o mesmo caminho de volta para ir até o quarto de Ester. Ela dormia tranquilamente, portanto, deixei apenas um bilhete informando sobre minha saída e que não pretendia demorar. Com minha pequena bolsa em mãos, estava pronta para sair.
— Agora sim, estou pronta. Podemos ir?
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Um devasso nos meus sonhos ( REPOSTANDO)
Literatura KobiecaQuando tudo parece não fazer mais sentido para Heloísa, quando aos seus olhos as cores já não tem mais a mesma vivacidade de antes, eis que que ele surge para fazer a diferença. Bernardo de Albuquerque é um grego lindo e deliciosamente devasso, q...