Objetos Mágicos part. II

494 43 0
                                    

Capítulo XI: Objetos Mágicos part. II

Andando de um lado para o outro, Ellie pensava em todas as possíveis situações que pudessem estar passando com Dean e Grace, um pressentimento ruim a avisava que coisas ruins estavam por vir, além de sua preocupação com o que houve com John, o garotinho havia expulsado os anjos, de alguma forma seu choro os fez recuar. Ela estava sozinha agora com o bebê, aguardando qualquer que seja a notícia, para se distrair ela continuou tentando rastrear o candelabro e agora mirava algo maior: o acervo de armas sagradas de Balthazar, aquilo poderia ajuda-los mais ainda.

Fredericksburg, Texas

Sam estaciona em frente a um prédio abandonado, o endereço exato foi dado por Ellie alguns minutos antes, quando ela conseguiu fazer o feitiço com mais precisão, o Winchester mirava a construção afim de procurar indícios de demônios, ou algum monstro do tipo, seu campo de visão era prejudicado, já que tinham muitos prédios amontoados um construído muito próximo ao outro, era um ambiente um tanto sujo. Seus passos são direcionados para o enorme prédio abandonado, suas mãos tremem um pouco ao sentir a velha sensação de estar caçando.

Sua visão embaça de maneira estranha o deixando tonto ao segurar o revolver tão firme contra a palma da mão, sentindo o cheiro de enxofre, suas lembranças de quando esteve sem alma o tocam de maneira tênue sem o agitar muito, mas o suficiente para fazer um pequeno e fino risco na parede que o protege da insanidade causada pelo tempo em que esteve na jaula.

Dentro do ambiente, Sam Winchester cobre o nariz e boca tentando evitar respirar aquela poeira densa, seus pés deixam pegadas e ao notar isso ele começa a seguir os rastros de poeira inusitados que vão de um lado para o outro, o lugar, no presente momento está aparentemente vazio, ele só espera que os demônios não estejam escondidos o esperando. Uma mancha vermelha vai tomando forma e contornando um corredor, ele segue a mancha e próximo ao que parece uma sala, enorme e cheia de janelas cobertas com sujeira, a luz não entra por aquele vidro translucido.

Algumas vezes ele pensa ouvir tossidas nervosas, como se estivessem engasgados, até decidir que definitivamente não era coisa de sua cabeça, passando por uma parede que impedia a completa visão da sala, ele encontra Grace sobre uma mesa de madeira, ela possuía olhos tão arregalados e desesperados que chegou a comover Sam por um segundo, ele corre em sua direção, sua boca, braços e pernas amarrados com cordas grossas dão um ar mais sombrio àquele lugar.

— Grace, o que aconteceu com você? — ele questiona desatando o nó da corda que amarrava sua boca.

Ela não diz nada, apenas aponta para o teto, desenhadas em uma caligrafia borrada e esquisita as letras formavam palavras que imediatamente fizeram sentindo na mente de Sam, ele lia várias vezes

"Bem-vindos a caça às bruxas".

— Quem fez isso? — Sam continua com as perguntas ao mesmo tempo que a solta das amarras, notando agora que o sangue que pinta o teto é dela, vários cortes, alguns coagulados, outros ainda soltam filetes de sangue, o rosto de Grace estava tão pálido e suas veias se sobressaiam.

Antes que ela respondesse, o Winchester a coloca nos braços, pronto para ir embora de uma vez.

— Foram demônios, eles... — ela tenta falar, mas tosse com força cuspindo uma grande quantidade de sangue.

— Tenho que te levar ao médico. — Sam avisa quando estão do lado de fora do prédio, ele corre até o carro tentando não tocar nas feridas abertas na pele de Grace.

— A Ellie pode dar um jeito nisso, eu não gosto de hospitais. — Ela admite abafando uma tosse.

O Winchester concorda e a deita no banco de trás, ele envolve com gaze os machucados que ainda sangram, ele acredita que tenha sido torturada, mas decide não perguntar mais sobre isso, apenas dirigir e continuar no caminho de volta para casa, seus pensamentos tornam a se embaralhar, mas ele não sente isso claramente. Está tão concentrado em voltar para casa que mal percebe as lembranças de quando esteve sem alma.

Mate seus demônios | SobrenaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora